quarta-feira, 23 de março de 2016

Senador Moka: Comissão do impeachment é legítima e democrática






            O senador Waldemir Moka (PMDB) afirmou nesta terça-feira (22), durante pronunciamento no Senado, que a comissão especial encarregada de analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff derruba argumentos do governo e do PT de que o processo é “golpe”. Com 65 membros, o colegiado foi instalado semana passada pela Câmara dos Deputados.
            O senador destacou que o rito do impeachment seguirá determinação do Supremo Tribunal Federal, cuja decisão foi bastante comemorada pelos parlamentares petistas no Congresso Nacional, dado o rigor imposto pelos ministros para que a Câmara dos Deputados instalasse a comissão.
         “O processo terá um caminho longo e caberá, primeiramente, aos membros da Comissão decidirem se o processo será aberto ou não. Em seguida, segue para o plenário da Câmara, onde deverá ter ao menos 342 votos. Depois, terá que ser aprovado por 54 dos 81 senadores. Isso não é golpe. Faz parte do processo democrático”, explicou.
         Moka destacou que o processo de impeachment será decidido por parlamentares eleitos pela população de cada Estado. “São 594 parlamentares, entre senadores e deputados, eleitos democraticamente. Ora, são representantes do povo. Tudo será decidido pelo voto, em que cada um poderá se manifestar”, frisou.
       O senador divulgou carta aprovada pelo diretório estadual do PMDB em que os membros da agremiação pedem o rompimento imediato com o governo e a entrega de todos os cargos ocupados, como de ministros e diretores de estatais.
        Em aparte ao pronunciamento de Moka, a senadora Simone Tebet (PMDB) reafirmou o posicionamento da sigla no Estado, mas criticou a cúpula atual do partido, comparando suas ações e atitudes com a política do velho MDB. 
       Citou figuras ilustres do PMDB em nível nacional, como Tancredo Neves, Teotônio Vilela, Ulysses Guimarães, e em Mato Grosso do Sul o ex-governador Wilson Barbosa Martins e o ex-senador Ramez Tebet, que era seu pai.
    Também fizeram aparte e concordaram com o posicionamento de Moka, os senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Ana Amélia (PP-RS), Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), José Medeiros (sem partido-MT) e Magno Malta (PTB-ES). 

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