sexta-feira, 11 de março de 2016

QUAL O “SEGREDO” DO PRESTÍGIO ELEITORAL DE NELSINHO TRAD?







VALDIR CARDOSO

               Muita gente ainda pergunta porque o médico e ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, mesmo diante do natural desgaste devido ao longo período em que foi detentor de mandatos (Diretor do extinto PREVISUL, vereador, deputado estadual, prefeito por dois mandatos consecutivos e secretário de estado na administração do ex-governador André Puccinelli) aparece com grande destaque em todas as pesquisas de intenção de votos para as próximas eleições para escolha do prefeito da Capital sul-mato-grossense.

                Para seus seguidores, que são em grande número, o “segredo” está no fato de que o neopetebista (voltando às origens), foi ao lado de André Puccinelli e Levy Dias, um dos melhores prefeitos que a “Cidade Morena” teve ao longo da sua história.

                Seus adversários, que também representam um número considerável, não admitem e chegam ao ponto de, torcendo o nariz, afirmar que Nelsinho recebeu uma Prefeitura administrativamente “redondinha”das mãos do seu criador, o ex-governador André Puccinelli, e que ele “apenas” manteve o ritmo de obras e conseguiu grandes recursos provenientes do PAC e asfaltou grande número ruas e avenidas ligando a periferia ao centro da cidade.

               Como não deve dar crédito aos elogios de companheiros e muito menos às críticas dos adversários, as vezes gratuitos outras vezes bem remunerados, é preciso uma opinião isenta, independente mesmo, para explicar o fenômeno eleitoral chamado Nelsinho Trad.

               Além de um forte trabalho na área social, principalmente na melhoria do sistema educacional da REME, que lhe deu dezenas de prêmios nacionais, como também as belas e amplas avenidas, apesar da falta de qualidade na pavimentação asfáltica e um considerável investimento na mídia através da grande imprensa e jornalecos de circulação duvidosa e pagos apenas para aplaudir, pode ser a soma de tanto prestígio eleitoral para o principal político da família Trad.

                Por mais estranho que possa aparecer, o maior legado dos oito anos da administração Nelsinho Trad e de outros administradores não pesa nas pesquisas de opinião pública porque não aparece “a olho nu” e só mostra seus efeitos vários anos depois. Trata-se da ampliação da rede de coleta de esgotos, que é acima de tudo um investimento preventivo na área de SAÚDE, pois pouco adianta construir postos de saúde, UPAS hospitais e criar projetos tipo “caravana da catarata” e não investir nas causas do surgimento de inúmeras doenças endêmicas, que assolam os grandes centros urbanos.

               É certo que o contribuinte paga pela captação e tratamento de esgoto, mas qual é o serviço público que não é pago pelo espoliado contribuinte?

               O saudável convênio feito entre a Prefeitura da Capital, na administração de Nelsinho Trad e a empresa ÁGUAS GARIROBA, está tirando Campo Grande da vergonhosa situação de ter apenas 15% das residências ligadas à rede de esgoto e depois do SANEAR MORENA deve chegar à até a casa dos 86%.

               Também Levy Dias, na década de 70, com o projeto SALVE nas escolas da REME, fez um trabalho de base e investiu também em pavimentação asfáltica com drenagem e captação de águas pluviais, porém a cidade cresceu muito e este trabalho praticamente nunca foi devidamente divulgado, como não se pode esquecer dos investimentos na erradicação de favelas, recuperação e urbanização das áreas de fundo de vale, trabalhos levados a efeito durante as gestões de Marcelo Miranda, Juvêncio Cesar da Fonseca, Ludio Coelho, Heráclito Figueiredo e André Puccinelli. Quem não se lembra do favelão que as margens do córrego Ibirussu antes da administração Puccinelli na prefeitura da Capital, onde os bairros Santa Emília, São Conrado e Caiobá eram separados da “cidade” por um vergonhoso FAVELÃO que começava atrás das áreas militares e quase chegava ao anel rodoviário, depois da CopaVila e Jardim Tarumã, na divisa com a Fazenda Novo Imbirussu?
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“Enxergar o óbvio, sem nenhum interesse pessoal deve doer muito”. A frase é do autor deste artigo que tenta ver a política sob um ângulo diferenciado. Um dia eu chego lá. 

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