quarta-feira, 27 de março de 2013

Agredir a Família Campo-grandense é jogar “farofa” no ventilador “


(*) Valdir Cardoso


As denúncias contra o prefeito campo-grandense Alcides Bernal (PP), por desrespeitar dispositivos legais, administrativamente, e, de caráter particular, por ter o chefe do Executivo adquirido um imóvel no valor aproximado de R$ 2.000.000,00 (cuja verba seria resto de campanha ou dinheiro sem origem), conforme denúncias publicadas por jornais locais, e a tentativa de criação de uma comissão para investigar o desvio de verbas públicas pela antiga administração do Hospital Câncer, então sob o comando do médico Adalberto Siufi, deu “pano prá manga” e oportunidades para nossos políticos, inclusive os mais destacados, nos brindarem com um punhado de asneiras.

De um lado, um grupo de imbecis querendo vincular um grau de parentesco inexistente do médico Adalberto Siufi com os irmãos Trad, com o deputado Luiz Henrique Mandetta e com o vereador Otávio Trad Martins, tentando enlamear tradicionais famílias campo-grandenses que, sem sombras de dúvidas, prestaram relevantes serviços à sociedade da Capital participando ativamente da criação de uma cidade pujante que recebeu de braços abertos muitos dos “sem origem” que aportaram na “Cidade Morena” ao caírem de um caminhão sem freios e que se realizaram politica e economicamente e por isto se julgam no direito de se comportarem como “donos da verdade”.

Não se trata aqui de estar fazendo uma defesa do médico Adalberto Siufi, que até poucos dias atrás era considerado um “homem de bem, um benemérito que ajudou a salvar muitas vidas”, mas que de uma hora para outra passou a ser a “bola da vez” no noticiário devido a envolvimento em um escândalo sem precedentes na área de saúde em nossa Capital.

O que nos chama a atenção neste episódio é o fato de que até pouco tempo a oposição, hoje comandando a Prefeitura da Capital, nunca lembrou que o médico benemérito era primo, cunhado, vizinho, amigo ou conhecido de nenhum dos integrantes das famílias que estão tendo seus nomes e suas histórias enxovalhadas de maneira mesquinha como se todos fossem “leprosos políticos”, “ladrões”, “corruptos” no mesmo patamar de um Zé Dirceu e Zé Genuíno, petistas CONDENADOS em última instância POR ROUBO do dinheiro público. Esta ação idiota é o mesmo que enxovalhar os nomes e as famílias de todos os “Josés”, porque os dois altos dirigentes petistas se chamam José.

Vou citar aqui apenas um exemplo da tentativa de montar “parentesco” (somente agora, no momento do inferno astral do Adalberto Siufi) com o vereador Otávio Trad Martins que é filho da advogada Fátima Trad e do médico Leandro Mazina Martins. É verdade, o vereador tem um parentesco “muito próximo” com o médico acusado de má gestão à frente do Hospital Alfredo Abrão (daqui um pouco vão fazer acusações contra a família do homenageado que deu nome ao Hospital), pois segundo os preceitos bíblicos ambos são descendentes de Adão e Eva.

Neste momento, os detratores se esquecem (não seria esquecimento, pois desconhecem a história de Campo Grande e os nomes que edificaram esta cidade), que o jovem vereador é sobrinho neto do saudoso Procurador de Justiça JOÃO ANTONIO DE OLIVEIRA MARTINS, que os imbecis não conhecem simplesmente porque acham que esta cidade que os acolheu veio do nada e que não foi construída por pioneiros em uma época em que isto aqui era o fim do mundo. Isto sem precisar dizer que ele é neto de Nelson Trad, o verdadeiro, e bisneto do pioneiro da industrialização de Campo Grande, o também saudoso HERCULES MANDETTA e também do comerciante Assaf Trad. Agora o parentesco “próximo” de Otavio Trad com o médico Adalberto Siufi se resume no seguinte: Ele tem uma tia avó que é viúva de um primo em segundo grau (Nasri Siufi) do acusado de má gestão à frente do Hospital. Já os Trad: Marcos, Fábio, Nelsinho e o Mandetta Luiz Henrique são netos do Hercules Mandeta (Pai da Sra. Terezinha e do médico Hélio Mandetta) também não têm ligação consanguinea com a família do médico, que, aliás, já prestou muito mais serviço à sociedade do que muitos que estão fazendo nas acusações com visível interesse político e financeiro. Luiz Henrique também é filho de Hélio e de Maria Olga, ela neta de Elisbério Barbosa.

Aos que estão fazendo parte da forte e bem remunerada campanha de desmoralização, aconselho que se informem sobre os nomes e a história das famílias citadas para entenderem que estão, com um fato isolado, manchando a própria história de Campo Grande, que para eles não tem nenhum valor.

Que o médico Adalberto, se comprovada a sua culpa, deve pagar pelo deslize cometido não há menor dúvida, o que não se pode aceitar é o envolvimento de pessoas que nada têm a ver com o episódio que provocou a competente ação do Ministério Público.

Estou temeroso porque também poderei ser envolvido no episódio porque o saudoso Nasri Siufi trabalhou comigo um período na Secretaria Estadual de Saúde, nos idos de 1979, quando perseguido pela direção da Universidade por suas convicções políticas foi requisitado para prestar serviços ao recém-criado MS. Eu era o chefe de gabinete do Secretário de Saúde deputado Federal Walter de Castro e recebemos o Siufi por indicação do amigo Dr. Heldir Ferrari Paniago. Com Siufi foram também Edmir e Eldo Padial. Mais um agravante, quase todos os finais de semana eu me reunia com o saudoso deputado Nelson Trad em sua residência e com toda a sua família e o querido Nelson tinha dois concunhados da família Siufi... Isto hoje é muito grave.

Apesar da campanha difamatória contra tradicionais famílias campo-grandenses, todos os citados têm orgulho da amizade e do grau de parentesco, quando existe, com a família Siufi e me incluo entre os amigos de muitos deles.  

SE A MODA PEGA ...

 Se esta palhaçada continuar por mais tempo o que pode ocorrer é o início de divulgações de nomes de parentes de alta autoridade municipal que foram envolvidos em crime de abigeato (roubo de gado... no Pantanal corumbaense), isto há mais de 38 anos e também a origem da fortuna de pessoas “ilustres” que poderiam estar por trás da campanha difamatória, que envolveria o enriquecimento através da agiotagem com passagens humilhantes na vida de pessoas humildes que “pegavam” dinheiro a juros escorchantes e perdiam bens matérias como máquinas de costura, carrinho de bebê, vaca de leite e terras, principalmente terras.

BOBAGEM PRÁ TODO LADO...

Ao se pronunciar sobre o episódio, o deputado Fábio Trad (PMDB/MS) conseguiu me decepcionar mais uma vez, pois entrou na onda, talvez por solidariedade, e propôs uma “negociação” à Câmara de Vereadores: Se criasse a CPI da Saúde, que implantasse uma CPI uma para “investigar a compra do apartamento de luxo pelo prefeito Alcides Bernal e os atos administrativamente falhos cometidos pelo prefeito”.  Partindo do deputado federal que foi incluído entre os “10 MELHORES DO BRASIL”, para “nosso orgulho” eu me preocupo tremendamente e não quero nem passar perto dos piores. Ora, meu Deus, tamanha imbecilidade não poderia partir de um parlamentar que é, sem sombras de dúvidas, um competente advogado e ex-presidente da OAB/MS. Se fosse o Tiririca, o Popó ou outro iletrado eu aceitaria. Do Fábio, não. Se entre nós “Ele” estivesse, com certeza diria ”O Fabinho emburreceu).

A bem da verdade é preciso dizer que a Câmara de Vereadores agiu certo ao desistir da CPI da Saúde, posição muito bem explicada pelo vereador Alex, líder do prefeito, pois de fato o pedido de abertura da CPI não tinha um “fato definido”, e por outro lado as investigações já estão sendo feitas, com competência, pelo Ministério Público.

Por outro lado se há indícios de corrupção, malversação de dinheiro público, desrespeito as Leis pelo prefeito Alcides Bernal a Câmara de Vereadores tem OBRIGAÇÃO de investigar a fundo até que, as acusações se infundadas, livre o prefeito da campanha também difamatória que vem sofrendo. E para isso não seria necessária a intervenção indevida do deputado federal que deve se preocupar mais com os trabalhos em Brasília, para onde nós o mandamos para nos representar. E que o faça com competência.

Este comentário conclusivo, o faço até para demonstrar que não estou a serviço dos meus conhecidos de longa data e filhos do saudoso amigo de verdade Nelson Trad e que não tenho procuração para defendê-los, até porque pelo menos um deles poderia, na hora do aperto, negar a própria assinatura.

(*) Valdir Cardoso é jornalista e foi presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador por dois mandatos consecutivos, prefeito interino da Capital e deputado estadual. É diretor do site http://www.ojornalms.com.br/

terça-feira, 19 de março de 2013

MOKA PODE SER A OPÇÃO CONTRA DELCÍDIO


*) Valdir Cardoso

Citado pelo governador Eduardo Campos (PSB/PE), pré-candidato a Presidência da República,  como um nome forte para a disputa da sucessão do governador André Puccinelli, o senador Waldemir Moka (PMDB/MS), demonstrando a maturidade de sempre não se mostrou “picado pela mosca azul”, mas seus companheiros do PMDB se mostraram satisfeitos com mais esta opção do Partido para as eleições de 2014.

Moka surge como uma nova opção e não significa nenhum tipo de problema para os correligionários do governador André Puccinelli
Durante a solenidade do lançamento da programação da 75ª EXPOGRANDE, ontem (18) à noite, no Tatersal da ACRISSUL, único senador presente ao evento que marcou também uma significativa homenagem ao ex-governador Wilson Martins, Waldemir Moka foi muito cumprimentado pela e pela sua recente eleição para presidir importante Comissão Técnica do Senado e também pela sua postura leal e partidária ao longo da sua vida pública o que o credencia a voos mais altos com o apoio inclusive de outras legendas de expressão na política sul-mato-grossense.

PENSANDO BEM...

Se até o momento o PMDB ainda não havia ventilado a possibilidade do lançamento de Moka para o Governo por ter dois nomes já colocados com muita antecedência – o ex-prefeito Nelsinho Trad e a vice- governadora Simone Tebet – o surgimento, agora, de uma nova opção não significa nenhum tipo de problema para os correligionários do governador André Puccinelli, muito pelo contrário, mostra a pujança do Partido, enquanto que o adversário, no caso o senador Delcidio Amaral, filiado ao PT age de forma aberta com o intuito de sepultar politicamente o ex-governador e atual vereador da Capital José Orcírio, o Zeca do PT, que o patrocinou quando ele era um ilustre e desconhecido “filhote de tucano abandonado no ninho”.
Ex-prefeito Nelsinho Trad é um dos pré-candidatos do PMDB ao governo
Como o ex-prefeito Nelsinho Trad, apesar da boa aceitação na Capital, depende exclusivamente da estrutura partidária no interior e tem certa rejeição por parte daqueles que o apoiaram no passado e que hoje “torcem o nariz” quando o seu nome é citado como “único nome do PMDB” para a sucessão de Puccinelli e aquela que seria a segunda opção partidária, a vice-governadora Simone Tebet, já demonstrou não ter interesse em “encarar” o pré-candidato petista, com quem teria um acordo de bastidores, com base em “trairagens” praticadas pelo senador na eleição municipal de Três Lagoas, é natural o surgimento de outros nomes em um partido com tantas lideranças de peso.

CANDIDATO ÚNICO?

Conforme o atento e independente jornalista Laureano Secundo postou em sua página no Facebook, o senador Delcídio Amaral “... é muito sabidinho, pois em 2012 pregou a pulverização de candidaturas e estranhamente, para 2014 se irrita quando surgem novos nomes”, dando a clara impressão que deseja ser candidato único à sucessão do governador Puccinelli sem assumir compromisso com ninguém... nem com o PT e tentar aniquilar de vez com o correligionário José Orcírio, como tentou impedir a eleição de Paulo Duarte em Corumbá.
Senador Delcídio parece quer ser candidato único ao governo em 2014
Possivelmente por se considerar “a última bolachinha do pacote”, “o Antonio Fagundes do Pantanal” ou o famoso “Bebê Johnson” da eleição de 2002, o senador que se diz de todos e não é de ninguém parece ter envelhecido muito rápido, não tão rápido como parece, até porque quando aqui aportou em meados dos anos 90 já era mais “rodado” que as antigas prostitutas da Avenida Costa e Silva e tinha mais hora de voo que um urubu pantaneiro depois das enchentes.

Mandou bem o senador Waldemir Moka quando afirma (em entrevista concedida ao Correio do Estado) que o senador “Pantaneiro de Florianópolis” pensa em vencer por WO, sem adversários e com uma meia dúzia de seguidores para implantar a sua oligarquia na política de MS.

A presidente Dilma é candidata a reeleição pelo PT
A CERTEZA DE TRÊS CANDIDATURAS

Com certeza, faltando mais de um ano para a eleição de 2014 é muito difícil precisar o número de candidatos que concorrerão à sucessão do governador André Puccinelli, mas, em qualquer dos cenários que hoje se apresentam nunca teremos menos de três postulantes, uma vez que assim como o PMDB não vence a eleição sozinho, dependendo de aliança com PSDB, PDT, PSB ou até o PR, bem como diante do fato de que inevitavelmente teremos três no mínimo candidaturas fortes à Presidência da República – Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Senador Aécio Neves pré-candidato do PSDB a presidência
O número de candidatos dependerá da opção peemedebista:

 Prefeito de Dourados, Murilo Zauith pode ser convocado pelo PSB para se apresentar como candidato ao governo
Se ficar com Aécio, pode ter Reinaldo Azambuja como candidato ao Senado, se acertar com Eduardo Campos (PSB) forçará a candidatura do tucano que teve mais de 100 mil votos para prefeito da Capital, sem contar ainda com a possibilidade do prefeito de Dourados, Murilo Zauith ser convocado pelo PSB para se apresentar como candidato ao governo para dar palanque ao correligionário Eduardo Campos, que pode ser a grande novidade na eleição presidencial, tal como o senador Waldemir Moka pode ser a grande opção para Mato Grosso do Sul.

Governador de Pernambuco, Eduardo Campos desponta
Portanto, o sonho do lépido senador “petista” não tem a menor possibilidade de se tornar realidade, pois ele terá pela frente fortes concorrentes e sairá candidato por um partido rachado devido as suas ações e omissões em relação ao ex-governador Zeca do PT, que certamente não se acomodará no exercício do mandato de vereador, onde Delcídio pretende isolá-lo.

O resto não passa de um “sonho de verão”.  

(*) O autor foi vereador, prefeito de Campo Grande e deputado Estadual. É diretor do jornal eletrônico http://www.ojornalms.com.br/

terça-feira, 12 de março de 2013

Aberta a temporada do diálogo



Mesmo sem querer colocar a “carreta na frente dos bois”, o governador André Puccinelli dá demonstrações que está retornando à prática que o levou a sucessivas vitórias políticas desde que aportou em Campo Grande no início dos anos 80, quando assumiu o comando da secretaria estadual de Saúde, procurando manter diálogo franco e aberto com todas as correntes políticas do Estado.

E é através do diálogo que o governador vai conseguir conquistar seus objetivos
Nem a memória curta do presidente regional do PSDB, deputado Reinaldo Azambuja, cujo partido foi o mais apoiado e melhor aquinhoado em todos os governos do PMDB, impedem que governador acene com certo carinho e sem nenhum tipo de mágoa com os ingratos tucanos.

Depois de ter apoiado os candidatos tucanos à Presidência da República em todas as eleições a partir de 1994, o PMDB de Mato Grosso do Sul patrocinou a eleição de dois senadores tucanos (Ludio Coelho e Marisa Serrano), bem como premiou os dirigentes partidários com cargos de Conselheiros no Tribunal de Contas do Estado (Waldir Neves e Marisa Serrano) investiu pesado e com extrema lealdade nas campanhas de Ricardo Bacha (1998) e de Marisa Serrano (2002), sem contar que a Secretaria de Educação do município, tão criticada durante a campanha de Reinaldo, sempre foi comandada por integrantes do PSDB e que, aliás, continua com a presença do professor José Chadid, agora na administração de Alcides Bernal.

Ao afirmar que política não se faz com “o fígado”, o governador está demonstrando que a prepotência, a arrogância e o” salto alto” estão – como sempre estiveram – do “outro lado” e o que ele mais quer é terminar o seu segundo mandato como governador com boa aprovação popular e eleger um sucessor que dê continuidade à obra de recuperação da credibilidade do poder público, implantada desde que recebeu um Estado sem moral perante a população e com seus dirigentes sendo processados por improbidade administrativa.

E é através do diálogo que o governador vai conseguir conquistar seus objetivos, pois ninguém consegue eleger o sucessor sem um amplo entendimento. Só o PT acredita que o seu candidato, já derrotado uma vez por André Puccinelli, tem força suficiente para vencer a eleição para governador.

E se isto acontecer a maioria das lideranças atuais estarão sepultadas, enterradas e riscadas do mapa, pois o senador “petista” tem como projeto enterrar os seus próprios companheiros, como é o caso do ex-governador Zeca do PT que, para o senador, está no seu verdadeiro tamanho político, ocupando o cargo de vereador da Capital.

Neste caso, engana-se o lépido senador, pois com a sua experiência, José Orcírio será um ícone na Câmara de Vereadores, pois não perdeu a humildade e muito menos o respeito dos seus verdadeiros companheiros.

Enquanto procura, como sempre fez, destruir lideranças emergentes dentro do seu partido, como tentou fazer com Paulo Duarte na “sua” Corumbá, o senador continua a sua luta para se tornar a única opção para a sucessão do governador André Puccinelli.

Nomes existem hoje e como ocorreu em Campo Grande, podem surgir surpresas em 2014.

Quanto à temporada do diálogo, aberta por iniciativa de Puccinelli, Delcídio não se entusiasma, pois se julga um novo messias, aquele que vai sanar todas as mazelas atuais da política de MS para, simplesmente, implantar aquelas que atendam apenas os seus interesses pessoais.

 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Murilo Zauith terá papel decisivo na eleição de 2014


O prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB) saiu tão pres­tigiado das elei­ções de 2012 que parece compelido a disputar o governo do Estado em 2014, ainda que não queira. Seu nome tende a ganhar ainda mais visibilidade na medida em que o seu segundo mandato deslanchar. Cauteloso, prefere dizer que vai exercer papel destacado em 2014, mas não como candidato.

O Prefeito tem a convicção de que o sucesso de sua gestão o levará naturalmente a ser disputado pelos candidatos ao governo
Embalado por um alto índice de aprovação, -ele encerrou 2012 com 58% de aprovação segundo o IBOPE, o pre­feito trilha uma trajetória invejável — que chama a atenção dos principais grupos polítcos do Estado, liderados pelo Senador Delcídio do Amaral PT, pré-candidato ao governo em 2014 e pelo governador André Puccinelli (PMDB), que deseja eleger seu sucessor no ano que vem.

Murilo não descarta a possibilidade de vir a disputar o governo do Estado. Até sonha com esta possibilidade, mas não tem pressa. Tem certeza que a oportunidade virá e que para aproveitá-la bem terá que estar preparado. Governar Dourados para ele é o exercício neces­sário para se habilitar a novos desafios. Para o prefeito, fazer um bom governo é mais do que uma obrigação. É a oportunidade que tem para acumular capital político indispensável no futuro.

O Prefeito tem a convicção de que o sucesso de sua gestão o levará naturalmente a ser disputado pelos candidatos ao governo. Isso se confirma, tanto que na última quara-feira (6) manteve encontro reservado na Capital com o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) que tem se mobilizado para viabilizar sua candidatura ao governo do Estado em 2014.

O ex-prefeito da Capital foi cuidadoso ao comentar sobre a reunião. “Murilo é meu amigo pessoal de muitos anos, desde o tempo do meu pai, o saudoso deputado federal Nelson Trad, de quem ele também era muito amigo”, afirmou.

A pior opção para Murilo é cruzar os braços e não participar. E isso parece que ele não vai fazer. Tem dado declarações que pretende exercer papel decisivo nas eleições. Diz que vai fazer o máximo de empenho para o Mato Grosso do Sul seguir crescendo.

Murilo pode apoiar um nome da oposição que tenha chances de vencer as eleições. O Senador Delcídio do Amaral (PT) é o nome mais provável para enfrentar os governistas. Mas será que o prefeito o apo­iaria? Ambos mantêm relacionamento político que indica algum grau de reciprocidade.

Neste segmento Murilo teria ainda a possibilidade de compor a chapa majoritária como candidato a vice ou ocupar vaga de candidato a senador.

Muirlo tem ainda a op­ção de apoiar um candidato do governo. Seria bem recebido no palanque e não precisaria fazer muito esforço para contribuir com o processo. Sua presença no palanque bastaria. Em caso de eleição do governista — tudo indica que o candidato será o o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) —, Murilo teria peso aparente no governo.

Murilo pode e deve participar de forma efetiva, contribuindo decisivamente para o Mato Grosso do Sul avançar. Se não quer ser candidato, deve a­poiar um nome da sua confiança. Ganhando ou perdendo estará marcando posição e fazendo o exercício da política, fortalecendo a democracia e reforçando o seu nome para os próximos embates. Par­ticipar é o caminho.