sexta-feira, 18 de julho de 2014

ATENÇÃO, CANDIDATOS NOVOS: ESTÁ PROIBIDO FAZER CAMPANHA POLÍTICA!

(*) Valdir Cardoso

A Legislação Eleitoral em vigor impõe uma série de restrições aos candidatos a cargos eletivos nas eleções para renovação da representação política em nível estadual e nacional, com a escolha, através de eleições “livres e democráticas”, para os cargos de deputados federais, estaduais, senadores, governadores, vice governadores, presidente da República e vice presidente, sob a alegação de que as proibições esdrúxulas impediriam o abuso do “poder econômico” por parrte dos “mais ricos”. Hoje só os presidentes de partido e parlamentares com mandaato podem fazer campanha antecipada durante 4, 6 ou 8 anos antes do pleito. 

Pura balela, quando os nossos dignos representantes no Congresso Nacional, logo após a vitória do presidente Lula na eleição para a Presidência da República, em 2002, iniciaram um processo “embromatório” no ano seguinte, batizado de “Reforma Eleitoral” estabelecendo, a partir daí, o engessamento total das campanhas políticas, começando pela proibição da participação de MÚSICOS PROFISSIONAIS nos shows que atraiam milhares de pessoas aos comícios que se transformavam em grandes eventos democráticos gerando ganhos para os artistas, entretenimento para a população e oportunidade aos candidatos mais humildes a dizer ao eleitor que estavam colocando seus nomes à disposição para representá-lo na Câmara Federal ou Assembléia Legislativa, já que a população corria em massa para ver os seus ídolos no palco e acabava descobrindo que um conhecido seu, um amigo querido era postulante a um cargo público.

Este “minuto de fama” era quase um prêmio para o candidato sem nenhum recurso financeiro, pois jamais ele conseguiria reunir 30, 40 mil pessoas para apenas dizer que era candidato sem gastar nenhum tostão, pois o custo do “show” era bancado pelos candidatos aos cargos na majoritária (Presidente, governador e senador) e o “Zé das Couves” estava lá de carona e todo sorridente, mostrando sua terceira dentição produzida através de implantes em uma clínica famosas de Campo Grande. E ganhava voto com isto.
As restrições foram aumentando nos anos seguintes, gerando DESEMPREGO nas gráficas, serigrafias, micro-empresas produtoras de brindes e nas confecções que colocavam no mercado milhões de camisetas promocionais de candidatos a todos os cargos eletivos.

A justificativa dos legisladores, que sempre LEGISLARAM em causa própria, era de que proibindo a participação de cantores de todos os ritmos nos palanques, eliminando brindes e reuniões regadas a refrigerantes da Frutila, arroz carreteiro ou galinhada, diminuiriam os GASTOS DE CAMPANHA e tornariam as oportunidades iguais,. Pura mentira, enganação e estelionato eleitoral praticado pelos nossos dignos representantes no Congresso Nacional, pois a partir das proibições que GERARAM DESEMPREGO e aumentaram a procura pela BOLSA FAMÍLIA e outras modalidades criadas para engambelar o eleitor, o CUSTO DAS CAMPANHAS ELEITORAIS TRIPLICARAM, pois os poderosos usam, agora, os recursos que seriam para promover a campanha eleitoral, em um único “PROJETO DE CAMPANHA”: que é a pura e desavergonhada COMPRA DE VOTOS, isto porque muitos detentores de mandatos seriam mais vaiados do que a presidente Dilma, quando se atreve a participar de atividades públicas.

E o pior, os “legisladores” seriam vaiados em eventos por eles patrocinados, pois muitos não têm coragem de encarar o eleitor “olho no olho", pois o cidadão acompanha tudo em tempo real e sabe quem trabalha e quem são aqueles que vivem anunciando que liberaram tantos e tantos milhões para os municípios, estados e instituições filantrópicas. Tudo balela. Tudo propaganda enganosa e fruto das maracutaias implantadas a partir da “Constituição Cidadã”, que criou as famigeradas “Emendas Parlamentares”, que servem para deputados e senadores, transformados em office-boy’s de luxo, liberarem dinheiro público – recursos que Estados, municípios e entidades filantrópicas tem direito de participação no Orçamento da União- como se estivessem dando um “presente” e que o recurso lhes pertencesse, chegando ao cúmulo de aumentar seu patrimônio pessoal em milhões de reais, dinheiro proveniente de propinas recebidas através da concessão de emendas parlamentares, fatos comprovados em vários Estados da federação.

Isto vai acabar, sabem quando? Quando as pessoas elegerem representantes que vão Legislar para a maioria, começando por acabar com a REELEIÇÃO EM TODOS OS NÍVEIS, pois os parlamentares legislam em causa própria,mas um novo Congresso vai, com certeza, acabar com os privilégios da classe política, promovendo assim uma verdadeira RENOVAÇÃO nos quadros de representantes do povo, pois a reeleição indiscriminada impede que jovens ou pessoas sem mandato consigam pelo menos dizer ao povo: EU SOU CANDIDATO.

Neste pleito, se não ocorrer uma Reforma Eleitoral verdadeira, usarei pela última vez um recurso que ainda sobra: a pintura de muros com o nome e número do candidato, pois para o pleito de 2016 já estará em vigor mais esta restrição. A volta da participação de artistas em showmícios é um compromisso da minha campanha.

É importante frisar, já que nossos representantes chegam ao cúmulo de criticar a JUSTIÇA ELEITORAL como se ela fosse a responsável pelo engessamento e proibições existentes na Legislação: A JUSTIÇA ELEITORAL, apenas cumpre a sua função que é exigir o cumprimento da Lei e quem elabora as Leis e as aprovam são os membros do Congresso Nacional e, em alguns casos, aprovam MEDIDAS PROVISÓRIAS , emitidas pelo Executivo (outra excrecência).


É hora de votar para mudar,mudar com segurança e renovar com idéias e experiência.

(*) o autor é jornalista e foi prefeito de Campo Grande, vereador por dois mandatos, presidente da Câmara Municipal, deputado estadual, chefe de Gabinete da Secretaria de estado da Saúde e sub-chefe da Casa Civil e assessor especial do Governador Pedro Pedrossian. É candidato a deputado federal pelo PSDB com Reinaldo Azambuja, governador.