segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Corruptos querem comandar prefeituras




Valdir Cardoso (*)
Quando se fala em escândalos envolvendo gestores de prefeituras de Mato Grosso do Sul, alguns nomes surgem em destaque entre prefeitos de importantes cidades sul-mato-grossenses, sendo que o grande campeão neste “grupo do mal” formado por políticos ficha prá lá de suja (imunda) é o peemedebista Fauzi Suleiman, de Aquidauana, que já foi afastado três vezes do cargo por decisão judicial -reformada posteriormente pelo TJ/MS- tem a seu favor o fato de que o seu vice-prefeito é o tucano Vanildo Sabino, dono de um histórico criminal nada abonador. Diante desse fato complicador, a população fica na dúvida qual é pior para o município - Fauzi ou Vanildo?- porque os dois juntos têm feito um estrago maior do que as enchentes que têm castigado a “Princesa do Sul”.



Prefeito de Aquidauana, Fauzi Fauzi Suleiman (Foto: Reprodução)

Como o castigo muitas vezes não vem só da natureza, o eleitor aquidauanense quer fazer justiça com as próprias mãos. Não pensem que vão matar alguém. Longe disso, vão usar as mãos (na urna eletrônica) para sepultar este triste capítulo da história da cidade que já teve homens probos como prefeitos, dentre os quais Fernando Ribeiro (Tico), Felipe Orro, engenheiro Cristóvão, Cláudio Stella e Rudel Espíndola Trindade, mas que hoje só é lembrada pela imprensa da Capital para destacar que a terra escolhida pelo grande corumbaense Dr. José Manoel Fontanillas Fragelli para ser a sua cidade do coração é o celeiro da corrupção em Mato Grosso do Sul.

Os douradenses tiveram mais sorte, pois o desejo do povo foi atendido pela Justiça que afastou e colocou atrás das grades uma leva de homens públicos da pior espécie liderados pelo iletrado Ary Artuzi, que já ameaça os cofres públicos com uma possível candidatura pelo PMN, na sucessão do prefeito Murilo Zauith. 


Mas não pensem que a corrupção que grassa nas administrações municipais seja um monopólio do PMDB/PSDB ou de outros partidos menores e isto fica claro em uma reportagem isenta e realista publicada na edição de hoje do jornal Correio do Estado que dedica três páginas de forte material jornalístico assinado pelos profissionais Adilson Trindade e Danúbia Burema.

São citados além de Fauzi Suleiman (PMDB), Ary Artuzi (ex-PDT e PMDB e agora no PMN), Manoel Nunes da Silva (PR), de Alcinópolis, que saiu recentemente da cadeia e responde a processo criminal onde é acusado de mandante do assassinato do presidente da Câmara de vereadores Carlos Antonio Carneiro, morto por pistoleiros em frente a um hotel na capital; José Antonio Assad e Faria (PT) de Ladário, que é citado em investigação da Polícia Federal sobre possível envolvimento com uma quadrilha que desviava recursos da prefeitura ladarense; Zé Braquiária (PDT) de Paranaíba que também enfrenta problemas sob a acusação de malversação do dinheiro público. Caso atípico ocorre na cidade: o “Zé” deve voltar mesmo para a braquiária, mas o seu opositor deputado Diogo Tita não poderá entrar na discussão porque ele também, que é um peemedebista inflitrado no PPS, também tem algumas pendências para acertar com a Justiça. Espera-se, em Paranaíba, uma terceira via com um candidato com ficha imaculada.

Se por acaso a operosa e cega Justiça de Mato Grosso do Sul, diante dos entreves burocráticos e Leis que protegem os ladrões dos cofres públicos ou mesmo por pressão de outros poderes que se consideram “mais” poderosos, não conseguir evitar as candidaturas dos “ficha suja”, que o povo faça justiça com as próprias mãos, evitando a volta ou a permanência desses cânceres políticos, verdadeiros ratos, no comando das prefeituras. Mais uma vez, na democracia “fazer justiça com as próprias mãos” significa usar os dedos para digitar na urna eletrônica o número correspondente ao nome do adversário dos conhecidos ladrões do dinheiro público. Vingança maligna.

(*) O autor é jornalista e foi presidente da Câmara de vereadores da Capital, deputado estadual e prefeito de Campo Grande. É editor do site http://www.ojornalms.com.br

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ENCHENTES: CATÁSTROFE PODERIA SER MAIOR

Valdir Cardoso (*)

Catástrofes provocadas pelas mudanças climáticas em conseqüência da degradação do meio ambiente e ausência de obras de contenção de enchentes nos períodos chuvosos castigaram não só Campo Grande como também Belo Horizonte (MG), Jundiaí (SP) e outras inúmeras cidades brasileiras. Os prejuízos materiais sofridos pela população e o desaparecimento de um motociclista dragado pelas águas que inundaram a região do Bairro Universitário, são maiores do que o dinheiro investido pela prefeitura, recurso, na verdade, oriundo em grande parte dos cofres da União.



Forte chuva causa inundações em vários pontos da Capital. (Foto: Reprodução do Facebook)

Em Campo Grande já foi detectado há tempos que as obras de pavimentação da maioria dos bairros da região norte, sem o cuidado com a implantação de uma rede de captação de águas pluviais e obras de contenção e, principalmente, a falta de cuidado da administração pública diante do assoreamento do lago existente no interior do Parque das Nações Indígenas e a necessidade, também comprovada através de estudos técnicos, de implantação de outras duas ou três áreas rebaixadas (áreas de sedimentação) logo abaixo da nascente do córrego Prosa, localizada dentro da área de preservação do Parque dos Poderes.

Estas medidas diminuiriam muito os riscos de enchentes na região do Shopping Campo-Grande como também na Avenida Fernando Corrêa da Costa, que passaram a ocorrer somente após a constatação do assoreamento do grande lago do Parque das Nações Indígenas, sem que providências tenham sido tomadas no passado.

A origem do assoreamento – nome técnico que se dá ao processo acelerado da sedimentação de detritos em áreas rebaixadas, caso específico dos lagos- acontece em razão de um processo natural, decorrente da erosão que é agravada e acelerada devido a vários fatores, dentre os quais a ocupação do espaço geográfico pelo homem, falta de cuidado com o meio ambiente e a cobertura asfáltica que impermeabiliza o solo, bem como a ligação do esgoto doméstico às galerias de águas pluviais, fato corriqueiro principalmente nos bairros e vilas que margeiam os córregos Prosa, Segredo e Ahandui, onde a população sempre utilizou as galerias para escoamento de todo tipo de detritos.

É óbvio que ouvimos técnicos especialistas sobre o assunto e tivemos também acesso a informações junto aos poderes públicos, para fazermos uma análise responsável, sem paixão, isto porque não é possível admitir que um prefeito que tem uma equipe, que ele diz ser competente, não tenha sido alertado de que no período de fortes chuvas não era o momento adequado para iniciar e não concluir uma obra de contenção, que acabou por agravar o problema.

Na verdade não é hora de se criticar a atual ou administrações anteriores da Capital em virtude de uma catástrofe provocada por chuvas acima do normal, mas é bom que se diga que Campo Grande teve uma década perdida, em termos de saneamento básico, entre os anos de 1983 e 1993, quando os investimentos foram insignificantes e obras chinfrins – caso específico da canalização do córrego Prosa, na Avenida Fernando Corrêa da Costa - foram feitas a toque caixa, cuja vazão não suporta o volume que deságua no canal coberto que divide as duas pistas da citada Avenida- em saneamento, provoca, sem dúvidas, o alagamento na região do Shopping Campo Grande.  Outra obra da mesma época canalizou parte dos córregos Ahandui e Segredo, impermeabilizando o solo, ao longo da Avenida Ernesto Geisel.

Como este texto está voltado para um problema que aflige a todos os habitantes dessa cidade e não tem nenhum cunho político, sendo baseado apenas na vivência de um campo-grandense que acompanhou muito de perto o crescimento da capital sul-mato-grossense durante as últimas quatro décadas, é preciso afirmar que não adianta postulantes a cargos eletivos –  que não é o meu caso – tentarem tirar proveito de uma situação constrangedora pela qual passam os atuais administradores de Campo Grande, prefeito, vereadores e secretários municipais.

Por outro lado é preciso reconhecer que as ações iniciadas na administração do ex-prefeito André Puccinelli, antecessor de prefeito Nelsinho Trad, quando foi acelerado o processo de desfavelamento das margens do Córrego Ahandui e adjacências, forçando os moradores a se mudarem para casas construídas pela Emha – Empresa Habitacional do Município – evitou-se uma catástrofe muito maior que poderia estar ocorrendo nos dias de hoje, pois muitas famílias ficariam submersas nas favelas e inúmeras vidas preciosas seriam ceifadas, o que daria subsídios aos “políticos urubus” que viriam a público “comemorar”, em forma de lamentos, os efeitos da grande tragédia. Perderam a chance...

 E por não ter – e nem quero – procuração para defender este e muito menos aquele – posso afirmar que não é hora de jogar pedras, mas sim de recolhê-las para construir uma cidade melhor e livre das enchentes.

(*) O autor é jornalista e foi Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado da Saúde (MS), presidente da Câmara Municipal, deputado estadual e prefeito de Campo Grande. É editor do Site   http://www.ojornalms.com.br/

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A SEPARAÇÃO DE QUEM NUNCA ESTEVE JUNTO

As discussões entre parlamentares do PT e do PMDB sobre a troca de comando da superintendência da FUNASA em Mato Grosso do Sul, demonstram o “peleguismo” que está impregnado no DNA das duas agremiações que são parceiras na esfera federal e inimigas de morte na maioria das unidades federativas.

Senador Delcidio Amaral e o deputado federal Geraldo Resende (Foto: Reprodução)


Longe de encarar a demissão do ex-dirigente Flávio Brito, ligado ao PPS e protegido do deputado Geraldo Resende, substituído pelo ex-deputado petista Pedro Teruel, como um fato que poderá prejudicar o relacionamento entre as duas agremiações em nível nacional, o episódio deveria ser visto como algo normal, próprio do regime mais ou menos democrático que impera no País Abençoado por Deus e saqueado por um elevado número de representantes eleitos pelos filhos do Criador. Fica tudo em casa.

O cargo é comissionado, portanto, de livre nomeação do Governo e é natural que tais funções sejam preenchidas por pessoas ligadas ao Partido que venceu a eleição, pois quando o eleitor deposita o seu voto na urna ele está passando uma procuração para que os seus escolhidos nomeiem seus auxiliares e administre a cidade, o estado e a nação em seu nome. Se ele, o eleitor, não aprovar ele terá quatro anos para rever sua posição e votar contra.

A alegação do saltitante deputado Geraldo Resende, que já foi do PSDB, PPS e atualmente está agasalhado no PMDB, de que o seu atual partido é da base de sustentação da presidente Dilma e por isso teria que manter o domínio sobre a FUNASA/MS. Até aí tudo bem, porém o parlamentar está pagando caro pela sua falta de comprometimento com a campanha em favor da chapa Dilma/Michel Temer, pois não conseguiu trazer o seu pupilo para a campanha da coligação da qual seu partido fazia parte. Flávio Brito, que jamais foi do PMDB, nunca desmentiu que tivesse seguido a orientação do PPS e participado da campanha de José Serra.

Aqui não se trata de desmerecer o trabalho desenvolvido por Flávio Brito ou a sua inegável competência profissional, até porque o seu sucessor também é altamente competente e preenche todos os requisitos necessários para desempenhar as funções à frente da FUNASA.

Até hoje ninguém reclamou das nomeações feitas pelo governador André Puccinelli que destinou os cargos de Assessor Especial da Casa Civil aos seus correligionários, com salários em torno de R$ 15.000,00. Ocupam, estes cobiçados cargos alguns ex-prefeitos e políticos cooptados pelo governador, dentre os o grupo dos “ZÉ” – o Zé Mijão, o Zé Cabelo, o “Zé” Juvêncio e o “Zé” Bem Hur Ferreira, ex-petista que “tucanou” em favor de André. Neste seleto grupinho restrito e bafejado pela sorte não tem, como se pode notar, nenhum “Mané”. Ou tem?

Como diria o popular “Chico Catarina”, Francisco de Paula Ribeiro, ex-prefeito da querida cidade de Rochedo: “Quem ganha eleição faz o que qué. Quem perde, pega o boné”.

Por outro lado, o senador Delcídio lançou a pérola do dia ao analisar a troca de comando da FUNASA: “Acordo na FUNASA é com o PMDB que apoiou Dilma”.

Neste caso, para ser correto, o petista deveria ouvir o prefeito Nelsinho Trad que foi o primeiro peemedebista a declarar apoio à então candidata do PT, correndo risco de isolamento dentro do seu partido, o que não aconteceu devido à interferência do vice presidente da República, Michel Temer.

E se fosse para premiar os verdadeiros petistas, só poderiam opinar sobre o assunto aqueles que apoiaram Dilma para presidente e Zeca do PT para governador e, como é nem todos os “companhero” vestiram a camisa...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

ELEIÇÕES MOVIMENTAM O INTERIOR DE MS

Enquanto na Capital a escolha do candidato do PMDB à sucessão do prefeito Nelsinho Trad está emperrada, esbarrando no resultado das próximas pesquisas, já que as primeiras não privilegiaram o candidato preferido pela cúpula partidária, no interior de Mato Grosso do Sul as definições estão surgindo com mais naturalidade, com destaque para os municípios mais populosos tais como Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Ponta Porã e Aquidauana, além de Maracaju, Coxim, Amambaí e Nova Alvorada. Murilo Zauith, Paulo Duarte, Ângelo Guerreiro, Gandi Jamil, Odilon Ribeiro, Celso Vargas, Moacir Kohl, Dirceu Lanzarini e Flávio Renato Rocha de Lima são nomes que os eleitores dessas cidades poderão encontrar na urna eletrônica.


DOURADOS

Apesar da insistência dos deputados federais Marçal Filho e Geraldo Resende (PMDB), ambos envolvidos em gravações comprometedoras que revelam indícios que levam à possibilidade de que recebiam propinas através da liberação de recursos de emendas parlamentares, em Dourados, o prefeito Murilo Zauith (PSB) navega em águas tranqüilas e poderá conseguir, além do apoio do PT, aglutinar um grande número de outras legendas na formação de uma ampla aliança que terá como objetivo impedir o retorno da administração ao caos registrado durante o curto mandato de seu antecessor, o sem compostura Ary Artuzi.



Prefeito de Dourados Murilo Zauith (DEM) (Foto: Reprodução)

Segundo observadores da política douradense, Zauith recuperou a credibilidade da administração pública e faz uma administração discreta com o objetivo de deixar a casa em ordem para, em um segundo mandato, executar as obras mais reclamadas pela população do castigado município.


CORUMBÁ

Embalado no elevado índice de aprovação do seu companheiro de partido Ruiter Cunha e em seu prestígio pessoal, o deputado estadual Paulo Duarte vem sendo apontado como o futuro prefeito de Corumbá, uma vez que o Partido está pacificado no município, com o senador Delcídio Amaral, que também possui base eleitoral na cidade, desistindo de apoiar um nome indicado por uma frente formada por vereadores de vários partidos, dentre os quais o PMDB.

Em duas eleições seguidas, Paulo Duarte foi o deputado mais votado no município e pesquisas eleitorais divulgadas no final do ano passado mostravam que além de liderar a preferência do eleitorado com larga margem à frente de prováveis opositores, seu nome tem uma rejeição insignificante. É pule de 10.


Deputado Estadual Paulo Duarte (PT) (Foto: Reprodução)


TRÊS LAGOAS

Em Três Lagoas nem PMDB, PT ou PSDB têm nome forte para desbancar a preferência pelo nome do vereador Ângelo Guerreiro, filiado recentemente ao PSD, partido novo que é presidido pelo ex-senador Antonio João Hugo Rodrigues.

Através do senador Delcídio Amaral, o PT já garantiu apoio à candidatura de Guerreiro, devendo lançar o postulante à vice, enquanto o PMDB insiste no desgastado nome da atual prefeita Márcia Moura.


Vereador Ângelo Guerreiro (PSD) (Foto: Reprodução)

O posicionamento do senador petista acabou ajudando a unidade do PMDB estadual, pois no dia seguinte ao anúncio do senador petista em apoio à candidatura de Guerreiro, o deputado Eduardo Rocha (PMDB), marido da vice-governadora Simone Tebet deu o troco afirmando que o candidato do partido à sucessão do governador André Puccinelli é o “nosso companheiro Nelsinho Trad”, colocando por terra qualquer especulação que poderia levar a crer que Simone estava de olho da vaga.

Apesar da notória liderança de Ângelo Guerreiro, a disputa em Três Lagoas vai ser acirrada, isto porque as lideranças peemedebistas não admitem perder o comando da cidade da vice governadora, que foi dirigida por ela durante duas gestões consecutivas.


NOVIDADES EM PONTA PORÃ


Diante da boa avaliação alcançada pelo prefeito Flávio Kayatt de Ponta Porá, que conclui seu segundo mandato pelo PSDB começaram as especulações para definir quem poderá agregar o maior número de apoio para sucedê-lo.

Pelas primeiras avaliações, o nome que está despontando é o do ex-deputado Gandi Jamil, que além de deputado federal presidiu a Assembléia Legislativa e estava afastado da política há alguns anos.


Gandi Jamil Georges (Foto: Gabriel Santos/Midiamaxnews)


O empresário Gandi Jamil ainda não se manifestou a respeito do assunto, porém antigos companheiros vêm se mobilizando no sentido de convencê-lo a entrar na disputa com o do prefeito e de outras lideranças do município e do Estado, podendo juntar em seu palanque políticos do PSDB, PMDB, DEM e até do PT, tornando imbatível na disputa pelo comando do município fronteiriço.

Durante todo o período em que esteve na vida pública Gandi Jamil conquistou companheiros fiéis em todas as agremiações.


AQUIDAUANA EM BUSCA DA PAZ

Oriundo do PT, o atual prefeito de Aquidauana Fauzi Suleiman (PMDB) conseguiu em sua primeira eleição o apoio dos dois partidos e diante de um investimento altíssimo venceu a eleição mais cara do Estado e o tradicional município0 do sudoeste, portal do Pantanal, assistiu pasmo uma administração completamente sem rumos, com o seu prefeito sendo afastado diversas vezes pela Justiça por suposto envolvimento em desvio de recursos públicos.


Odilon Ribeiro (PDT) (Reprodução)

Com seus antigos padrinhos passando ao largo da política aquidauanense, Suleiman mantém na gerencia de obras o seu vice-prefeito, Vanildo Neves, recentemente acusado de praticar atos de corrupção ativa, incompatíveis com a conduta daqueles que representam o povo.

Correm o risco, os dois acusados de improbidade administrativa, terminar o mandato com dívidas com a Justiça e que, se condenados, poderão fazer um curso de “canarinho” em alguma penitenciária estadual.

O candidato que se apresenta com grandes chances de vitória para a prefeitura de Aquidauana é o produtor rural e empresário Odilon Ribeiro, filiado ao PDT e com bom trânsito junto ao PR, PTB e PSDB, outras legendas bem estruturadas na Princesa do Sul.


MARACAJU

Em Maracaju, cidade que teve o comando do PSDB durante doze anos, quando foi comandada pelo atual deputado federal Reinaldo Azambuja (oito anos) e Maurílio Azambuja que foi surpreendido por um candidato que não era levado muito a sério na eleição de 2008, o então vereador e hoje prefeito Celso Vargas, o atual prefeito que venceu sob a bandeira do falido PTB e hoje está agasalhado no PDT.


Prefeito de Maracaju Celso Vargas (Foto: Lucas Copetti)

Acreditam os observadores que a grande “zebra” só ocorreu em Maracaju porque os Azambuja subiram no palanque junto com então deputado estadual Ary Rigo, antigo adversário do grupo. Teriam tentado misturar água com óleo. Deu no que deu...

Agora a história é outra, pois Maurílio terá o importante apoio do PMDB do governador André Puccinelli.



COXIM, A VOLTA DE MOACIR KHOL

Diante da frágil e complicada administração da prefeita Dinalva Mourão, o PMDB, em que pese o inegável prestígio do deputado Junior Mocchi, deverá perder o comando do importante município de Coxim, na região norte do Estado, pois sua correligionárias terá dois oponentes de grande porte pela frente. Seu principal adversário está filiado ao PSB e é nada menos que o ex-prefeito do Município e ex-vice governador Moacir Khol, que é muito bem avaliado e o segundo, que tenta se viabilizar é o advogado Miron Vilela, forte liderança regional.


Moacir Kohl, ex-prefeito de Coxim (Foto: PC de Souza)

DIRCEU LANZARINNI... TRANQUILO

Em Amambaí, o atual prefeito Dirceu Lanzarinni (PR) deve emplacar a reeleição com grande tranquilidade, pois além de pertencer a um grupo poderoso e que não costuma perder eleição, vem fazendo uma administração moderna e competente e seus adversários estão a quatro anos no sereno e completamente desarticulados.


Prefeito de Amambai Dirceu Lanzarini (Foto: Reprodução)

Apesar da anunciada aposentadoria do deputado Londres Machado, presidente do PR e padrinho político de Lanzarini, o prefeito de Amambaí não deverá encontrar maiores dificuldades durante a campanha, isto porque o parlamentar não daqueles que abandonam os companheiros no meio da estrada. Londres vai se aposentar ( ou não?), mas deverá estar presente na campanha dos seus aliados em vários municípios.



NOVA ALVORADA COM RENOVAÇÃO


Atuando há alguns anos em Nova Alvorada, o médico Flávio Renato Rocha de Lima vem tendo o seu cogitado para a sucessão do prefeito Arley Barbosa (PT) que está em seu segundo mandato e já apontou um nome para sucedê-lo, mas que terá pela frente um candidato muito bem articulado.


Flavio Renato (à esquerda), Zaqueu Nascimento, André Puccinelli e  Edil Albuquerque (Foto: Flávio Paes/A Crítica)

Na verdade há no município uma forte corrente que prega a união entre PT e PMDB em apoio à candidatura de Flávio Renato que deixou o PDT para se filiar ao PMDB atendendo convite do governador André Puccinelli.

O município de Nova Alvorada é um dos que mais cresce no Mato Grosso do Sul em virtude da implantação de novas indústrias ligadas ao setor sucroalcoleiro, gerando novos empregos e registrando um aumento populacional.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Câmara Municipal: Experiência fará diferença na próxima Legislatura

Dois experientes parlamentares já integraram a Câmara Municipal de Campo Grande, Edil Albuquerque e Youssif Domingos, já decidiram que disputarão as eleições de 2012 visando retornar à Casa que presidiram com reconhecido êxito.

Ambos estão filiados ao PMDB e deverão ser os puxadores de votos da legenda, uma vez que ambos, além de serem muito bem articulados politicamente, possuem uma irretocável folha de serviços prestados à comunidade campo-grandense.

Ao lado das vereadoras Rose Modesto (PSDB), Magali Picareli (PMDB), Thays Helena (PT) e dos vereadores Carlão (PSB), Cristóvão Silveira (PSDB), Marcos Alex (PT), Paulo Pedra (PDT) e Dr. Loester (PMDB), entre outros, o atual vice-prefeito Edil Albuquerque e o suplente de deputado estadual advogado Youssif Domingos deverão fazer a diferença em um Legislativo com 29 integrantes e que deverá ser composta por representantes dos segmentos mais importantes da nossa sociedade, dentre os quais inúmeras lideranças comunitárias.

Mesmo sendo um dos nomes que foram cogitados para suceder o prefeito Nelsinho Trad, o vice-prefeito e secretário da SEDESC (Secretaria de Desenvolvimento Econômico) Edil Albuquerque não vê problemas em retornar ao Legislativo porque “é de lá que vou acompanhar o desenvolvimento dos projetos que ajudamos a implantar e outros ainda em fase de estudos e que serão concretizados na próxima administração”.

Já o ex-deputado e primeiro suplente da bancada Estadual do PMDB, Youssif Domingos também entende que poderá com a sua experiência colaborar para o sucesso da próxima administração.
Uma das vantagens destes dois políticos é que eles se apresentam novamente ao eleitorado em um momento muito importante da vida nacional, exatamente quando há um clamor pela eleição de representantes que tenham um perfil diferente do que grassa por aí, pois mesmo tendo ocupados importantes cargos no Legislativo e na administração pública, se mantém com suas fichas imaculadas. Raridades na política atual.

Vice-prefeito Edil Albuquerque e ex-deputado Youssif Domingos


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

PSDB e DEM mais próximos do PMDB

Conforme já havíamos antecipado, a mídia mais tradicional e com direito a informações privilegiadas, começou a aceitar a tese de que há um enorme caminho aberto para a repetição da forte aliança entre PMDB, PSDB e DEM com vistas à sucessão do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) na Prefeitura da Capital, tendo como candidato a prefeito o deputado Luis Henrique Mandetta (DEM) ou Edson Giroto (PMDB) com um companheiro de chapa vindo do PSDB, conforme ocorreu na eleição de 2004, quando o atual prefeito se elegeu tendo como vice a hoje conselheira Marisa Serrano.


O deputado federal Edson Giroto e o deputado federal Luis Henrique Mandetta



SEM RECLAMAÇÃO

Na verdade nem o PSDB e muito menos o DEM (ex-PFL) têm algo a reclamar do PMDB que cumpriu quase todos os acordos firmados quando da composição da chapa.

O partido do governador André Puccinelli e do prefeito Nelsinho Trad contemplou os aliados com cargos no primeiro escalão da Prefeitura e do Governo Estadual e também bancou a eleição da ex-senadora Marisa Serrano na eleição de 2006, bem como premiou o aliado de primeira hora com dois cargos vitalícios no Tribunal de contas do Estado, hoje ocupados pelo conselheiro Waldir Neves, ex-deputado tucano, e pela própria ex-senadora, que mesmo oficialmente fora da política ainda exerce certa influência no “ninho tucano”. Isto tudo sem levar em conta que graças ao trabalho pessoal do governador Puccinelli o eterno candidato da oposição, ex-governador José Serra, derrotou a presidente Dilma Rousseff em Campo Grande, por larga margem, e no Estado todo. Isto tudo sem deixar de lado o fato de que mesmo antevendo a vitória de Lula em 2006, Puccinelli foi o responsável direto pela expressiva votação de Geraldo Alckmin, apesar do amorfo, inodoro e incolor candidato tucano apropriadamente apelidado de “Picolé de Chuchu”.

Marisa Serrano e Waldir Neves, conselheiros abençoados por Puccinelli (Foto: Reprodução)

Apesar do comando nacional do PSDB aconselhar o lançamento de candidatura própria, Mato Grosso do Sul pode ser uma exceção, pois o objetivo e criar um esquema forte de apoio à provável candidatura do ex-governador Aécio Neves à Presidência da República em 2014, e o governador já declarou que o PMDB apoiará o nome de Nelsinho Trad para o Governo e não quer muita intimidade com o PT estadual, o que praticamente o mantém no apoio ao projeto “Tucano”. Se for para montar um esquema para Aécio, porque não usar aquele que já está pronto? Alegam os defensores da manutenção da aliança tradicional.

Esta postura do governador dificultou os seus primeiros passos para refazer seu fácil acesso ao Palácio do Planalto, obstáculos que foram removidos graças à habilidade do vice-presidente da República, Michel Temer, e entrega total da bancada federal comandada pelo governador, que sistematicamente tem votado a favor das iniciativas do Governo Dilma no Congresso Nacional, de olhos fechados e até contrariando desejos pessoais.     

Governador André Puccinelli, garantia de acordo em 2012 e 2014 (Foto: Reprodução/Diário do Congresso)


Quanto ao ex-PFL, transformado em DEM, que diminuiu de tamanho com a saída do prefeito Murilo Zauith, hoje presidindo o PSB no Estado, só ressuscitou graças ao forte esquema que elegeu o deputado Luis Henrique Mandetta, novo mandatário do Partido no MS, a situação é idêntica, pois os democratas além de cargos conseguem há vários anos a reeleição do vereador Airton Saraiva, em Campo Grande, com campanha cara e abertamente custeada pelos cofres peemedebistas.

RUIM COM “ELE”... PIOR SEM “ELE”

O que deve estar norteando a retomada do diálogo entre os antigos parceiros-DEM, PSDB e até o “irredutível” PPS do Athayde Nery (há vários PPS, alguns respeitáveis) é uma análise simples da história dos partidos em Mato Grosso do Sul ao longo do período em que convivem com o “Império de Puccinelli”, como coadjuvantes – é claro- e o saldo para a grande maioria dos caciques partidários é altíssimo e estimulante.

Diante do grande poder de convencimento do governador, “tucanos” e democratas devem estar concluindo que ficar contra o poderoso governador não será um bom negócio: “Ruim com ele... Pior sem ele”.
Não gostar do estilo autoritário do governador, pensam os aliados, “é um direito nosso, mas dar tiro nos próprios pés é burrice”.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

PMDB quer manter aliança na sucessão de Nelsinho

A aproximação cada vez maior do DEM com o PMDB em nível nacional, a sensível melhora no desempenho do prefeito Nelsinho Trad nas últimas pesquisas junto à população da Capital sul-mato-grossense e a recente declaração do governador descartando qualquer possibilidade de apoiar o PT para a sua sucessão, indicam uma grande possibilidade de ocorrer uma reedição da forte aliança que funcionou nas últimas três eleições, que viabilizou a permanência do PMDB no comando da prefeitura de Campo Grande.

Ao mesmo tempo em que reitera sua disposição de se lançar na disputa da prefeitura, o deputado Reinaldo Azambuja (PSDB) ressalva que poderá abrir mão do projeto da candidatura própria se o candidato do grupo for o também deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), que tem garantido sistematicamente “ser um aliado fiel” do prefeito Nelsinho Trad e do governador André Puccinelli.

O deputado federal Reinaldo Azambuja, o prefeito Nelsinho Trad e o deputado federal Luiz Henrique Mandetta.


Como em política a coisa funciona mais ou menos na base do conceito de que “amigo do meu amigo é amigo meu”, o deputado Luiz Henrique Mandetta pode ser o grande elo para a manutenção da vitoriosa aliança sob o comando do PMDB, possibilidade ainda sem muito crédito junto aos analistas políticos, que estão se esquecendo do elevado poder de convencimento do governador Puccinelli e do prefeito Nelsinho Trad, que têm vencido as últimas eleições com ampla vantagem graças ao apoio dos Democratas (ex-PFL) e do PSDB que tinha no seu comando a ex-senadora Marisa Serrano e hoje é dirigido pelo deputado Reinaldo Azambuja.

Diante do adiamento da definição sobre a permanência dos secretários ligados ao PSDB e PPS na administração da Prefeitura da Capital somente para o mês de março significa também que tanto o prefeito como o governador não querem dar motivos para um rompimento da aliança, preferindo apostar em uma possibilidade de entendimento apesar dos dois partidos estarem ameaçando partir com candidatura própria.

FUSÃO É POSSÍVEL

O projeto de fusão do DEM com o PMDB está caminhando a passos rápidos, sob o comando do vice-presidente da República Michel Temer e isto pode ocorrer dentro dos próximos 90 dias o que facilitaria a composição da chapa peemedebista que poderá ser encabeçada pelo deputado federal Edson Giroto (PMDB) ou Luiz Henrique Mandetta (DEM) tendo como vice o vereador Cristóvão Silveira (PSDB) que é o nome mais próximo do deputado Reinaldo Azambuja que passa a admitir a possibilidade de ser o vice de Nelsinho Trad na eleição de 2014 ou candidato a Senado, caso Puccinelli entenda que sua candidatura não será necessária para consolidar a vitória de Trad para o Governo.

O vereador Cristóvão Silveira (Foto: Reprodução)


PESQUISAS E APOIOS

O que tem ficado claro para aqueles que acompanham os entendimentos de bastidores é que o governador Puccinelli e o prefeito Trad Filho levarão em conta não só os indicativos das pesquisas qualitativas e quantitativas, mas também o poder de aglutinação do candidato (Giroto ou Mandeta), porém todos entendem que o prefeito campo-grandense já está realmente integrado ao projeto do governador que visa eleger Edson Giroto prefeito de Campo Grande. Diante desse quadro o deputado Luiz Henrique Mandetta e o presidente do DEM municipal, vereador Airton Saraiva, estarão no palanque do PMDB mesmo que o candidato seja o deputado do PMDB.

Se esta tendência se confirmar nos próximos 30 dias não haverá mais dúvidas de que além de estar bem avaliado, Giroto já avança para conquistar mais apoio e ser indicado com o apoio da grande aliança e tradicional aliança.

Um dos indícios do apoio do prefeito ao candidato preferencial do governador é o grande número de outdoors espalhados pela cidade no qual estão estampadas as imagens dos deputados Edson Giroto e Fábio Trad, irmão do prefeito, tendo como pano de fundo o BM desempenho dos dois parlamentares no primeiro ano de mandato, fato reconhecido pela imprensa nacional.

O deputado federal Edson Giroto e o também deputado federal Fábio Trad (Foto: Reprodução)


E O PPS

 Isolado e sem grandes chances de conseguir recursos para uma campanha com chances reais, o PPS campo-grandense mantém o discurso da candidatura própria, possivelmente com o intuito de ser ouvido na hora da formação da chapa, garantindo pelo menos, além dos cargos que ocupa na administração municipal, uma forte estrutura para a campanha de seus candidatos à Câmara de Vereadores. Naturalmente, se for mesmo para a disputa, o candidato será o vereador Athayde Nery.

O vereador Athayde Nery (Foto: Reprodução)


O INFIEL DA BALANÇA

Em toda eleição existe um partido, um grupo ou mesmo uma liderança que é considerada como fiel da balança, mas na eleição de 2012 surgiu uma figura nova: O INFIEL DA BALANÇA na pessoa do ex-deputado Dagoberto Nogueira (PDT) que propala ser amigo/irmão do pré-candidato do PSD Antonio João Hugo Rodrigues, da mesma forma que é muito ligado ao senador Delcídio e ao pré-candidato do PT, deputado Vander Loubet, mas não deixa de afirmar que apóia Delcídio para o Governo e Puccinelli para o Senado, em 2014. Diante desses fatos, qualquer que seja o rumo que ele tomar era, sem dúvidas, O INFIEL DA BALANÇA.

O presidente regional do PDT Dagoberto Nogueira. (Foto: Reprodução)


 Em tempo: Ele comanda o PDT no Estado e está envolvido em uma enorme ”bronca” na Justiça, sendo acusado do desvio de recursos do DETRAN, na administração do ex-governador Zeca do PT e mesmo assim ele se apresenta como candidato a prefeito de Campo Grande com objetivo de administrar uma cidade com um orçamento R$ 2.424.000.000,00 (Dois Bilhões quatrocentos e vinte e quatro milhões de Reais).