sexta-feira, 24 de junho de 2016

PACTO PTB/DEM/PSD PODE ATRAIR NOVOS PARTIDOS

(*) Valdir Cardoso




O pacto firmado entre os três partidos – PTB, PSD E DEM – que já tinham pré-candidatos definidos para a Prefeitura de Campo Grande –Nelsinho Trad, Marcos Trad e Luis Henrique Mandetta – que selou definitivamente a paz, pelo menos momentânea, entre os irmãos Trad é fruto de um intenso trabalho do deputado Mandetta, presidente do DEM e primo dos Trad.
Com muita habilidade, o dirigente do DEM mostrou aos companheiros que o confronto seria um desastre político e que só beneficiaria os adversários à direita e à esquerda, que vinham promovendo a discórdia, inclusive oferecendo apoio velado aos dois irmãos, principalmente em um provável segundo turno ou mesmo, no caso dos governistas, até no primeiro turno caso a candidata do Partido não “decolasse”.       



Na verdade, a falsa promessa de apoio era para dividir os concorrentes com maior chance de derrotar o atual prefeito Alcides Bernal (PP) em sua tentativa de continuar à frente da Prefeitura, repetindo o mesmo golpe aplicado no ex-senador Delcidio Amaral (ex-PT) que acreditou que teria o atual governador Reinaldo Azambuja da Silva como candidato ao Senado na sua chapa nas eleições de 2014. Desta vez o maquiavélico plano “Tucano” está indo por água abaixo porque já ficou constatado que o “tucano mor” foi quem recorreu ao então candidato Aécio Neves para conceder uma entrevista ao jornalista Benedito de Paula Filho, o B de Paula, (Boca do Povo) proibindo a coligação PT/PSDB em todos os Estados, portanto também no Mato Grosso do Sul. Simples assim.


AGUARDANDO NOVOS PARTIDOS NO GRUPO

De acordo com relatos de pessoas que têm acompanhado de perto as movimentações do PTB de Nelsinho Trad, o G3 (PTB/DEM/PSD) pode conseguir a participação de novos partidos, se transformando em um G6, G7, G8 OU MAIS, o que ocorreria com a entrada do PMDB, PSB, PDT, PSL que hoje tem pré-candidatos mas não se furtam a negociar uma ampla coligação para reconstruir Campo Grande, hoje vivendo um caos político e administrativo, evidenciado desde 2013 quando a dupla Bernal/Olarte levaram a capital sul-mato-grossense ao mais triste abandono.


Hoje o PMDB tem no deputado Marcio Fernandes o nome mais viável, que não é irredutível na candidatura; o PSB tem a deputada federal Tereza Cristina, que apesar de ter sido “intimada” pela cúpula nacional a disputar a prefeitura da Capital, porém não se propõe a entrar em uma aventura sem estrutura e também não estaria disposta a entregar seu partido ao governador tucano em troca de uma possível candidatura ao senado em 2018, apoiando agora a candidata tucana professora Rose Modesto; enquanto que o PDT, além do deputado Dagoberto Nogueira,  conta com a pré-candidatura da ex-vereadora Tereza Name, que pode ser indicada vice na chapa da “Reconstrução de Campo Grande”. Dentre os partidos emergentes surge das cinzas o PSL, que conta com o empresário Hélio Carrilho, como pré-candidato a prefeito apoiado por várias lideranças e uma chapa formada com 23 pré-candidatos à Câmara de vereadores da Capital. 

(*)  O autor é jornalista e foi vereador, presidente da Câmara Municipal, prefeito de Campo Grande, deputado estadual e sub chefe da Casa Civil do governo do engenheiro Pedro Pedrossian.         

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