quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

No senado, Moka pede para presidente Dilma assumir culpas





  • O senador Waldemir Moka (PMDB) afirmou nesta segunda-feira (16), durante pronunciamento no plenário do Senado, que a presidente Dilma Rousseff tem a obrigação de pedir desculpas aos brasileiros por erros na condução da economia do país.

De acordo com Moka, o governo federal tem sido omisso e até irônico em relação às manifestações. “Ao invés de dizer onde errou, o governo tem insistido em desqualificar os protestos por todo o país”, afirmou.
Moka leu trecho de matéria em que o senador Walter Pinheiro (PT-BA) se diz envergonhado com a falta de diálogo do governo com a sociedade.
“Na minha opinião, esses recados vêm desde a eleição. Não é terceiro turno, é continuidade de recado. Temos que parar e olhar para trás para ter capacidade e coragem para falar dos erros”, afirmou Moka, citando frases do senador baiano.
O sul-mato-grossense disse que as manifestações em Mato Grosso do Sul foram organizadas pela população, sem participação de partidos políticos. O senador afirmou que Campo Grande teve a maior movimentação popular de sua história, com cerca de 30 mil pessoas nas ruas. “Foi um ato espontâneo. Se o governo continuar insistindo com a tese de que o povo quer dar golpe, vai complicar as coisas”,
Moka afirmou que está à disposição do governo federal para discutir pontos do ajuste fiscal, mas exige explicações claras para que as matérias sejam apreciadas.
“O governo está achando que vai empurrar medidas goela abaixo do Senado, sem debates. Eu tenho independência nas minhas atitudes e também no meu voto. Mas estou aqui disposto a ajudar o governo, desde que as propostas tenham o cunho de melhorar a situação do país”, declarou.
O parlamentar afirmou que está sintonizado com o desejo das ruas e que não se afastará dos movimentos sociais, legítimos e independentes.
“Não sou dono do meu mandato. Ele me foi outorgado pela população e é a ela a quem explicações. Estou do lado dos manifestantes porque entendo que falta ao governo olhar na cara das pessoas e dizer por que errou, onde errou e o que precisa ser feito para corrigir”, explicou.
De Brasília

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