quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Sucessão municipal: ELEITOR ESTÁ ARISCO DIANTE DAS PROPOSTAS DE “MUDADANÇA E RENOVAÇÃO"




VALDIR CARDOSO/

            Decepcionado com tudo que aconteceu na Capital e no Estado a partir das eleições de 2012, quando o desejo de “mudança” jogou Campo Grande em uma situação vexatória diante dos conflitos generalizados entre o Executivo e o Legislativo, com os dois lados jogando sujo para levar vantagens pessoais, sem se preocuparem com o bem comum (da cidade e seus habitantes) e na eleição de 2014 elegeu, por exclusão, o ex-prefeito de Maracaju Reinaldo Azambuja da Silva que chegou ao comando do Estado destilando ódio contra tudo e contra todos visando implantar um programa de governo para os próximos 20 anos, perseguindo adversários e beneficiando empresas poderosas com uma absurda renúncia fiscal (caso JBS) e aumentando impostos até de gêneros de primeiras necessidades , contrariando desta forma sua pregação de campanha que começou como candidato ao senado na chapa que seria encabeçada pelo petista Delcidio Amaral, o eleitor sul-mato-grossense não está aceitando a conversa mole de que “é preciso mudar e renovar”.
            As campanhas mentirosas de renovação e mudança trouxeram prejuízos irrecuperáveis para Campo Grande com as duas “administrações” que sucederam ao ex-prefeito Nelson Trad Filho, e no Estado está flagrante a incompetência dos atuais gestores que estão “nadando de braçadas” porque tem como respaldo uma Assembleia legislativa submissa e fisiológica, batendo o recorde do fisiologismo histórico do poder e com o beneplácito de outros poderes constituídos e notoriamente funcionando como apêndice do Executivo comandado por um “reizinho aculturado” e assessorado por uma cambada de analfabetos políticos que se consideram “a última bolachinha do pacote”e vivem sonhando em galgar postos mais altos através da “força do governo” como se fossem donos dos cofres públicos usando inclusive de uma falsa política de transparência eivada de inverdades publicação de dados falsos em balancetes.
            O “esporte preferido” dos incautos gestores do estado é jogar a culpa no governo anterior, publicando balancetes falsos nos quais deturpam até os valores deixados em caixa, bem como paralisando obras importantes e espalhando o pânico entre fornecedores e funcionalismo como se o estado estivesse falido, para logo em seguida pagar salários altíssimos aos novos comissionados – que ganham até 70% a mais do que os ocupantes dos mesmos cargos na administração passada, bem como aumentando consideravelmente o número de “aspones” em várias secretarias, como é o caso da Educação onde o número de ocupantes dos cargos de confiança praticamente dobrou.
            Diante do caos implantado na Capital e no Estado o eleitor não está indo mais na conversa fiada dos novos “ renovadores e mudancistas” que  já estão aparecendo com proposta mirabolantes para tapar os “buracos” na administração da capital e do Estado, achando que as outras lideranças estão “mortas e sepultadas”, mas este é um ledo engano, basta ver os nomes que lideram a corrida pela prefeitura da Capital neste primeiro momento.
            Ninguém quer ser surpreendido novamente porque é notório que a recuperação das finanças da prefeitura da Capital, espoliada nos últimos três anos só será possível com uma administração séria e comandada por alguém com espírito de liderança e não aventureiros que se lançam apenas para colocar seus nomes no “mercado do voto” e, lógico, levar vantagens no futuro, mas, com certeza, “vão dar com os burros n’água”.

(*) O autor é jornalista e foi vereador, presidente da Câmara municipal, prefeito de Campo Grande e deputado estadual. Hoje, um eleitor comum preocupado com o futuro de Campo Grande. 

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