segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Corruptos querem comandar prefeituras




Valdir Cardoso (*)
Quando se fala em escândalos envolvendo gestores de prefeituras de Mato Grosso do Sul, alguns nomes surgem em destaque entre prefeitos de importantes cidades sul-mato-grossenses, sendo que o grande campeão neste “grupo do mal” formado por políticos ficha prá lá de suja (imunda) é o peemedebista Fauzi Suleiman, de Aquidauana, que já foi afastado três vezes do cargo por decisão judicial -reformada posteriormente pelo TJ/MS- tem a seu favor o fato de que o seu vice-prefeito é o tucano Vanildo Sabino, dono de um histórico criminal nada abonador. Diante desse fato complicador, a população fica na dúvida qual é pior para o município - Fauzi ou Vanildo?- porque os dois juntos têm feito um estrago maior do que as enchentes que têm castigado a “Princesa do Sul”.



Prefeito de Aquidauana, Fauzi Fauzi Suleiman (Foto: Reprodução)

Como o castigo muitas vezes não vem só da natureza, o eleitor aquidauanense quer fazer justiça com as próprias mãos. Não pensem que vão matar alguém. Longe disso, vão usar as mãos (na urna eletrônica) para sepultar este triste capítulo da história da cidade que já teve homens probos como prefeitos, dentre os quais Fernando Ribeiro (Tico), Felipe Orro, engenheiro Cristóvão, Cláudio Stella e Rudel Espíndola Trindade, mas que hoje só é lembrada pela imprensa da Capital para destacar que a terra escolhida pelo grande corumbaense Dr. José Manoel Fontanillas Fragelli para ser a sua cidade do coração é o celeiro da corrupção em Mato Grosso do Sul.

Os douradenses tiveram mais sorte, pois o desejo do povo foi atendido pela Justiça que afastou e colocou atrás das grades uma leva de homens públicos da pior espécie liderados pelo iletrado Ary Artuzi, que já ameaça os cofres públicos com uma possível candidatura pelo PMN, na sucessão do prefeito Murilo Zauith. 


Mas não pensem que a corrupção que grassa nas administrações municipais seja um monopólio do PMDB/PSDB ou de outros partidos menores e isto fica claro em uma reportagem isenta e realista publicada na edição de hoje do jornal Correio do Estado que dedica três páginas de forte material jornalístico assinado pelos profissionais Adilson Trindade e Danúbia Burema.

São citados além de Fauzi Suleiman (PMDB), Ary Artuzi (ex-PDT e PMDB e agora no PMN), Manoel Nunes da Silva (PR), de Alcinópolis, que saiu recentemente da cadeia e responde a processo criminal onde é acusado de mandante do assassinato do presidente da Câmara de vereadores Carlos Antonio Carneiro, morto por pistoleiros em frente a um hotel na capital; José Antonio Assad e Faria (PT) de Ladário, que é citado em investigação da Polícia Federal sobre possível envolvimento com uma quadrilha que desviava recursos da prefeitura ladarense; Zé Braquiária (PDT) de Paranaíba que também enfrenta problemas sob a acusação de malversação do dinheiro público. Caso atípico ocorre na cidade: o “Zé” deve voltar mesmo para a braquiária, mas o seu opositor deputado Diogo Tita não poderá entrar na discussão porque ele também, que é um peemedebista inflitrado no PPS, também tem algumas pendências para acertar com a Justiça. Espera-se, em Paranaíba, uma terceira via com um candidato com ficha imaculada.

Se por acaso a operosa e cega Justiça de Mato Grosso do Sul, diante dos entreves burocráticos e Leis que protegem os ladrões dos cofres públicos ou mesmo por pressão de outros poderes que se consideram “mais” poderosos, não conseguir evitar as candidaturas dos “ficha suja”, que o povo faça justiça com as próprias mãos, evitando a volta ou a permanência desses cânceres políticos, verdadeiros ratos, no comando das prefeituras. Mais uma vez, na democracia “fazer justiça com as próprias mãos” significa usar os dedos para digitar na urna eletrônica o número correspondente ao nome do adversário dos conhecidos ladrões do dinheiro público. Vingança maligna.

(*) O autor é jornalista e foi presidente da Câmara de vereadores da Capital, deputado estadual e prefeito de Campo Grande. É editor do site http://www.ojornalms.com.br

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