segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

PMDB quer manter aliança na sucessão de Nelsinho

A aproximação cada vez maior do DEM com o PMDB em nível nacional, a sensível melhora no desempenho do prefeito Nelsinho Trad nas últimas pesquisas junto à população da Capital sul-mato-grossense e a recente declaração do governador descartando qualquer possibilidade de apoiar o PT para a sua sucessão, indicam uma grande possibilidade de ocorrer uma reedição da forte aliança que funcionou nas últimas três eleições, que viabilizou a permanência do PMDB no comando da prefeitura de Campo Grande.

Ao mesmo tempo em que reitera sua disposição de se lançar na disputa da prefeitura, o deputado Reinaldo Azambuja (PSDB) ressalva que poderá abrir mão do projeto da candidatura própria se o candidato do grupo for o também deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), que tem garantido sistematicamente “ser um aliado fiel” do prefeito Nelsinho Trad e do governador André Puccinelli.

O deputado federal Reinaldo Azambuja, o prefeito Nelsinho Trad e o deputado federal Luiz Henrique Mandetta.


Como em política a coisa funciona mais ou menos na base do conceito de que “amigo do meu amigo é amigo meu”, o deputado Luiz Henrique Mandetta pode ser o grande elo para a manutenção da vitoriosa aliança sob o comando do PMDB, possibilidade ainda sem muito crédito junto aos analistas políticos, que estão se esquecendo do elevado poder de convencimento do governador Puccinelli e do prefeito Nelsinho Trad, que têm vencido as últimas eleições com ampla vantagem graças ao apoio dos Democratas (ex-PFL) e do PSDB que tinha no seu comando a ex-senadora Marisa Serrano e hoje é dirigido pelo deputado Reinaldo Azambuja.

Diante do adiamento da definição sobre a permanência dos secretários ligados ao PSDB e PPS na administração da Prefeitura da Capital somente para o mês de março significa também que tanto o prefeito como o governador não querem dar motivos para um rompimento da aliança, preferindo apostar em uma possibilidade de entendimento apesar dos dois partidos estarem ameaçando partir com candidatura própria.

FUSÃO É POSSÍVEL

O projeto de fusão do DEM com o PMDB está caminhando a passos rápidos, sob o comando do vice-presidente da República Michel Temer e isto pode ocorrer dentro dos próximos 90 dias o que facilitaria a composição da chapa peemedebista que poderá ser encabeçada pelo deputado federal Edson Giroto (PMDB) ou Luiz Henrique Mandetta (DEM) tendo como vice o vereador Cristóvão Silveira (PSDB) que é o nome mais próximo do deputado Reinaldo Azambuja que passa a admitir a possibilidade de ser o vice de Nelsinho Trad na eleição de 2014 ou candidato a Senado, caso Puccinelli entenda que sua candidatura não será necessária para consolidar a vitória de Trad para o Governo.

O vereador Cristóvão Silveira (Foto: Reprodução)


PESQUISAS E APOIOS

O que tem ficado claro para aqueles que acompanham os entendimentos de bastidores é que o governador Puccinelli e o prefeito Trad Filho levarão em conta não só os indicativos das pesquisas qualitativas e quantitativas, mas também o poder de aglutinação do candidato (Giroto ou Mandeta), porém todos entendem que o prefeito campo-grandense já está realmente integrado ao projeto do governador que visa eleger Edson Giroto prefeito de Campo Grande. Diante desse quadro o deputado Luiz Henrique Mandetta e o presidente do DEM municipal, vereador Airton Saraiva, estarão no palanque do PMDB mesmo que o candidato seja o deputado do PMDB.

Se esta tendência se confirmar nos próximos 30 dias não haverá mais dúvidas de que além de estar bem avaliado, Giroto já avança para conquistar mais apoio e ser indicado com o apoio da grande aliança e tradicional aliança.

Um dos indícios do apoio do prefeito ao candidato preferencial do governador é o grande número de outdoors espalhados pela cidade no qual estão estampadas as imagens dos deputados Edson Giroto e Fábio Trad, irmão do prefeito, tendo como pano de fundo o BM desempenho dos dois parlamentares no primeiro ano de mandato, fato reconhecido pela imprensa nacional.

O deputado federal Edson Giroto e o também deputado federal Fábio Trad (Foto: Reprodução)


E O PPS

 Isolado e sem grandes chances de conseguir recursos para uma campanha com chances reais, o PPS campo-grandense mantém o discurso da candidatura própria, possivelmente com o intuito de ser ouvido na hora da formação da chapa, garantindo pelo menos, além dos cargos que ocupa na administração municipal, uma forte estrutura para a campanha de seus candidatos à Câmara de Vereadores. Naturalmente, se for mesmo para a disputa, o candidato será o vereador Athayde Nery.

O vereador Athayde Nery (Foto: Reprodução)


O INFIEL DA BALANÇA

Em toda eleição existe um partido, um grupo ou mesmo uma liderança que é considerada como fiel da balança, mas na eleição de 2012 surgiu uma figura nova: O INFIEL DA BALANÇA na pessoa do ex-deputado Dagoberto Nogueira (PDT) que propala ser amigo/irmão do pré-candidato do PSD Antonio João Hugo Rodrigues, da mesma forma que é muito ligado ao senador Delcídio e ao pré-candidato do PT, deputado Vander Loubet, mas não deixa de afirmar que apóia Delcídio para o Governo e Puccinelli para o Senado, em 2014. Diante desses fatos, qualquer que seja o rumo que ele tomar era, sem dúvidas, O INFIEL DA BALANÇA.

O presidente regional do PDT Dagoberto Nogueira. (Foto: Reprodução)


 Em tempo: Ele comanda o PDT no Estado e está envolvido em uma enorme ”bronca” na Justiça, sendo acusado do desvio de recursos do DETRAN, na administração do ex-governador Zeca do PT e mesmo assim ele se apresenta como candidato a prefeito de Campo Grande com objetivo de administrar uma cidade com um orçamento R$ 2.424.000.000,00 (Dois Bilhões quatrocentos e vinte e quatro milhões de Reais).

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