quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O TESOURO DO MS


*  R. Ney Magalhães

  
As chuvas da Primavera enfim chegaram, e a semeadura da Safra de verão está na sua faze final. A sorte está lançada.

Um Tesouro que se renova a cada seis meses, girando e movimentando a economia do Estado.
Com a integração da moderna pecuária somada a alta tecnologia aplicada na agricultura forma-se o agro-negócio, que da Terra extrai o Tesouro do MS.

Sob os olhares atentos dos agricultores, suplicando aos céus a clemência de chuvas e luminosidade adequadas para o desenvolvimento das culturas, manejando o combate das ervas daninhas e das pragas e doenças que devem ser controladas, a safra traz esperanças.

E assim, nós produtores rurais, que vivemos a época em que a erva-mate era a Majestade, que perdeu o trono e o cetro para a vaca, mãe do boi, e que agora integrados na produção de grãos, geramos as “comodites” responsáveis pelas primordiais riquezas brutas, vamos cumprindo nosso dever republicano.
E por falar em “REPUBLICA”, hoje é o dia 15 de Novembro. Uma data nacional.

Lendo jornais, e todos os demais tipos disponíveis de noticias, não encontrei em lugar algum, uma simples citação sobre a efeméride. Sinal dos tempos!!!

O Progresso veio do Sul, com agricultores e comerciantes de máquinas e outros insumos, dinamizando o desenvolvimento.

A ocupação das terras e o aproveitamento dos solos foi racional e competente.

Os cidadãos cumpriram e cumprem a sua parte. Produzindo e pagando impostos.

Tristemente, porém, assistimos por parte do Governo Estadual, uma total incompetência e omissão na seqüência desse aprimoramento.

A alta taxa de encargos sociais e financeiros, aliadas a ausência de rodovias e pontes estaduais e municipais transitáveis, inibe o melhor aproveitamento da tecnologia disponível no setor.
Esses fatores estruturais certamente afastam os grandes investidores que por aqui deveriam instalar os Frigoríficos e as esmagadoras de grãos.

O Estado foi criado, após apenas Dez Anos da implantação da agricultura mecanizada e tecnificada.
E tratando-se apenas de agricultura, decorridos agora mais de Trinta Anos, os Governantes que atuaram nesse espaço de tempo, não conseguiram passar ainda para o segundo estágio do simples esmagamento de grãos. Utilizando o jargão preferido de neófitos bairristas ou nacionalistas, podemos alardear... “agregando valores a produção e gerando empregos urbanos”.

Pelo contrario, a maquina estatal ou estadual cresce, incha e cada vez mais exige o aumento de impostos.
O tesouro do MS foi descoberto, e hoje já se sabe que é a produção de carnes e de grãos.
Precisamos transportar e burilar o fruto desse trabalho, sem preconceito e sem protecionismo.
Homens pequenos e com mentes atrasadas dividiram nosso Estadão do MT, alegando discriminação do Norte para com o Sul. E assim, o MS foi mal-criado.

Atualmente o mesmo argumento poderia ser usado pela Grande Dourados, pela Fronteira, e por todo o Cone-Sul, exigindo emancipação ou anexação com o vizinho Paraná, que talvez nem aceite o presente de grego.

O fato é o total descaso e abandono deste Sul Maravilha por parte da administração estadual, principalmente em estradas, que já estão sendo chamadas de “enxurradas estaduais”. Principalmente no atual governo que “terceirizou” os serviços do extinto DERSUL, eximindo-se de governar ou administrar diretamente com precisão.

Tristemente também, observa-se que as Representações de Classe, no caso aquelas responsáveis pelos produtores rurais e pela agro-indústria, que estão totalmente amordaçados pela falta de lideranças efetivas e natas do setor.

Retornou à época do “peleguismo” com subserviência ao poder.
Salva-se nesse campo a ACRISUL e raros Sindicatos Rurais, pelo seus quadros efetivamente independentes, tradicionalistas e competentes.

Produtor Rural.
“agroney@bol.com.br”
 15/11/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário