quinta-feira, 16 de julho de 2015

SUCESSÃO MUNICIPAL: NANICOS SONHAM EM REPETIR BERNAL

       

          Os chamados grandes partidos enfrentam uma situação diferente na fase de articulação para a campanha eleitoral de 2016 com rejeição alta, pré-candidatos pensando em deixar suas fileiras e buscar partidos médios e pequenos para terem melhores condições de disputa . A falta de nomes fortes deixa PT, PMDB e até mesmo o PSDB numa situação complicada para a montagem de uma chapa competitiva. PT e PMDB têm nos dois ex-governador Zeca e André Puccinelli, nomes que seriam mais fortes, de acordo com pesquisas mas que também têm rejeição devido ao tempo em que estão na vida pública. Curiosamente as duas siglas também sofrem com outros potenciais candidatos que estão de malas prontas para deixar suas fileiras para concorrerem ao pleito exatamente por pequenos partidos. Marquinhos Trad tenta ingressar no PSD e Ricardo Ayache luta pelo mesmo partido e ainda negocia com o PTB. O PSDB, que conquistou o governo do estado em 2014 tem na vice-governador Rose Modesto o nome que seria sua principal aposta para dar sequência a escalada de poder da sigla. Rose , no entanto, ainda enfrenta fortes desconfianças dentro do próprio ninho dos Tucanos sendo que há pelo menos dois projetos alternativos para a sua candidatura que não aparecem com destaque nas principais pesquisas.
 Na verdade o partido do governador tem procurado desviar a conversa quando aparece o nome da conselheira Marisa Serrano como provável candidata dos tucanos.   Pequenos Por conta dessa fragilização das siglas consideradas como maiores , pequenos passam a ter maiores possibilidades para entrar na disputa com melhores condições de que, se emplacar um discurso certo, possam até ganhar a principal prefeitura do estado. Os pequenos partidos tentam repetir a façanha do PP em 2012 que conseguiu conquistar a prefeitura com Alcides Bernal vencendo PT, PSDB e PMDB até com uma certa folga.

BERNAL: FORTE E FIRME

O grande problema daqueles que sonham repetir a façanha de Alcides Bernal (PP) é que o advogado e radialista continua vivo e liderando todas as pesquisas eleitorais realizadas por diferentes institutos, pois mesmo sem mandato e sem chance de exercer a sua profissão na imprensa, tem sido alvo de manifestações de carinho por parte da população que o escolheu para dirigir Campo Grande no pleito de 2012 e que agora exige o seu retorno, até como forma de vingança contra a ação da maioria dos vereadores campo-grandenses e do seu ex-companheiro de chapa, o obscuro e atabalhoado Gilmar Olarte, que tem uma rejeição acima dos 70% e nem deve cogitar uma candidatura a “reeleição” em 2016.
O prefeito eleito em 2012 tem aproveitado o tempo livre para manter contato com lideranças e com a população da periferia da Capital, mas em nenhum momento se diz disposto a entrar a na disputa, até porque aguarda uma definição por parte da Justiça em relação aos processos que estão engavetados e que se tiverem andamento podem dar fim à triste gestão de Olarte. Desta forma não seria nenhum absurdo afirmar que o único postulante a repetir feito de Bernal no próximo pleito é um cidadão com o nome de Alcides Peralta Bernal.  

SÃO MUITOS OS QUE ACEITAM ASSUMIR O “ABACAXI” A SER DEIXADO POR OLARTE

Se prevalecer a disposição da verdadeira multidão de postulantes a tentar assumir o “abacaxi” a ser deixado por Gilmar Olarte em janeiro de 2017, se não cair antes, Campo Grande terá um recorde no número de candidatos a prefeito, com destaque para os “nanicos” que querem repetir o feito de Bernal.



PMDB – EXPERIÊNCIA NO PODER

Desgastado pelo excesso de exposição durante os mais de 20 anos que comandou o Estado, o PMDB insiste em sonhar com uma improvável candidatura do seu líder maior, o ex-governador André Puccinelli, que dá demonstrações claras de que pretende organizar o Partido e só esperar 2018 e “ouvir a voz do povo” para saber se voltará a disputar uma eleição, no caso “se estiver bem de saúde e com chances claras demonstradas por pesquisas”. Enquanto isso, diante da anunciada saída do deputado Marquinhos Trad, o PMDB ainda tem nomes fortes como o da deputada Maria Antonieta Amorim, com eficiente serviços prestados na área social, principalmente no período de quase oito anos, como Primeira Dama do Município. Os vereadores Mário Cesar, que se diz “pronto para ser prefeito” sabe que Campo Grande também está pronta para rejeitá-lo e Paulo Siufi, que no auge da família Trad fazia questão de ser parente, mais precisamente “brimo”, está mantendo uma certa distância de uma forma que não possa se afastar quando bem entender e, ao mesmo tempo, possa se aproximar de novo, quando julgar proveitoso. Tem predigree, entretanto, ninguém no PMDB acredita na pré-candidatura de Siufi, que esboça o movimento levar algum tipo de vantagem. Está mais fácil uma coligação para apoiar algum ou alguma emergente, com preferência clara pela deputada Tereza Cristina.
  


OS “EMERGENTES”

PTdoB

Dentre os, digamos “partidos emergentes” destaca-se o PTdoB que se apresenta com três pré-candidatos que aceitam partir para o “sacrifício”: A atuante e bem articulada deputada Mara Casero, ex-prefeita de Eldorado; o jovem parlamentar Marcio Fernandes, que tem tem focado sua atuação na busca da solução dos problemas de Campo Grande; e o vereador Flávio Cesar, que foi reeleito com expressiva votação e que foi muito ligado ao ex-prefeito Nelsinho Trad, do qual foi líder no Legislativo Municipal.

PULANDO DE GALHO EM GALHO, PDT ENCOLHE

 Partido idealizado e fundado pelo gaucho que foi governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizzola, o PDT, que já teve até sete parlamentares  - a maior bancada na Assembléia Legislativa – passou a ser “médio”, logo em seguida, “pequeno”, “nanico” depois da chegada do deputado Dagoberto Nogueira e agora “emergente”, graças à eleição de três deputados – George Takemoto, Beto Pereira e Felipe Orro -, sendo que os dois últimos se dispõem a representar o Partido na disputa pela Prefeitura, mas isto atrapalha os planos do “Bruxo Dagô”, que também se apresenta como pré-candidato com o intuito de vender, emprestar ou alugar a sigla, de preferência para pagar dívida de campanha... E para seu credor a opção é esta: “pagar... ou pagar”.
Sorte teve o ex-governador Leonel Brizola, que se elegeu antes do Dagoberto chegar ao Partido, pois se lá estivesse chamaria o líder trabalhista de “aventureiro”. Dificilmente Orro ou Pereira conseguirão fazer com que o Partido tenha candidato próprio, pois Dagoberto tem apoio do ex- ministro Lupi, o dono da sigla em nível nacional. Dando sequência ao seu projeto de inchamento do PSDB a qualquer custo, o governador Reinaldo Azambuja já emitiu sinais de que gostaria de ter os três parlamentares no venenoso “ninho Tucano”. E os argumentos de Azambuja, quando faz convites, são altamente convincentes... agora para cumprir depois é outra história.
 
PSB
Eleita com expressiva votação, a ex-secretária da Produção no Governo de André Puccinelli, onde realizou um excelente trabalho, a deputada federal Tereza Cristina Correa da Costa Dias, presidente do partido fundado por Miguel Arraes e foi liderado pelo seu neto Eduardo Campos, é uma aposta altamente positiva para Campo Grande e já está se movimentando para ser a escolhida pelo Partido para disputar a prefeitura da capital e só não será se não quiser, pois na pior das hipótese elegerá uma boa bancada de vereadores, acabando definitivamente com a polarização entre o PT e a dupla PMDB/PSDB que se mantiveram juntos nos últimos 20 anos. O partido tem um brilhante deputado estadual em primeiro mandato, José Carlos Barbosa, o “Barbosinha”, e um vereador com grande penetração na periferia, principalmente na região norte de Campo Grande, que o Carlos Borges, o Carlão. A deputada tem tudo para angariar apoio de outras legendas menores.

PSOL, OPÇÃO À ESQUERDA

Além da ótima performance do professor Sidnei Melo, como candidato ao Governo nas eleições de 2014, o PSOL de tradicional “Nanico” já pode ser guindado à condição de “emergente”, pois está sendo “namorado” por políticos que querem abandonar o barco à deriva que é o PT e buscar abrigo em partido com histórico de esquerda e aparentemente sem manchas, até poirque ainda não chegou ao poder. O problema é que esse grupo de “arrependidos”, deixando a sigla que foi dos trabalhadores e hoje é do Lula e Dilma, levam para onde forem a “catinga”, o mau cheiro mesmo daqueles que saquearam os cofres públicos a partir da Petrobras. Na verdade, o melhor candidato do PSOL é o próprio Sidnei Melo.
  1.  

DEM COM MANDETA NA CABEÇA

O antigo PFL transformado em Democratas, quase em extinção em termos nacionais, só se salvando pela atuação do senador goiano Ronaldo Caiado, só não desceu ao mesmo nível do PTB da família Louzada em MS, graças a três lideranças que não costumam conviver com a derrota: o deputado federal Luis Henrique Mandeta, reeleito em uma coligação na qual não era privilegiado; deputado estadual Zé Teixeira, que sempre se elegeu com seus próprios recursos e prestígio na região de Dourados, participando ativamente da campanha dos candidatos nas eleições majoritárias; e em Campo Grande o vereador Airton Saraiva, o mais antigo integrante da legenda na capital. O médico Luis Henrique Mandeta é o nome do partido para disputar a eleição na capital em 2016. Se ocorrer realmente a proliferação de candidaturas, ele tem chances de emplacar sua presença em um segundo turno. Tem o dom da oratória e grande poder de convencimento. Superando problemas circunstaciais e a falta de recursos financeiros, poderá ser a grande supresa do pleito.

PTB –“nanico por natureza”

O PTB, desde que Antonio João, o AJ, foi defenestrado do comando pelo seu então escudeiro Ivan Louzada, que transformou o partido em um feudo familiar e mantido com recursos do Fundo Partidário, de “Nanico” passou a ser legenda de aluguel e se continuar neste ritmo de “naniquinho” será rebaixado para “garnizé”, e acabará perdendo a vaga conquistada na Câmara de vereadores pelo engenheiro Edson Shimabukuro. Sem nomes fortes para a disputa, só está a espera de uma melhor oferta, aguardando a chegada de um “endinheirado” para alugar a legenda. Tentou-se engambelar o empresário Sérgio Marcolino Longem, presidente da FIIEMS, que acordou em tempo e saiu "vazado", quando lhe propuseram a vaga de candidato ao Senado nas eleições de 2014 por uma quantia “insignificante: “Três milhões de Reais”. Integrante do grupo de notáveis criado pelo ex-governador Zeca do PT e com intensa atuação em todo o Estado, através do sistema “S”,  o empresário se acomodou muito bem durante os oito anos do Governo de André Puccinelli e hoje já está de “malas prontas” para desembarcar no “ninho tucano”, com as bençãos do governador Reinaldo Azambuja.


SOLIDARIEDADE –SDD – EM NOME DE JESUS!

Partido criado pelo sindicalista Paulinho da Força (SDD/SP) que colocou a legenda à disposição do governador André Puccinelli, que através do então deputado federal Edson Giroto (PR) que indicou o seu amigo Alessando para presidir a legenda no estado e trabalhar  a eleição do evangélico Elizeu Dionízio para deputado federal na coligação que apoio o governador eleito. Bem articulado, o então vereador Elizeu, eleito no PSL ao do “irmão” Alceu Bueno, acabou, com amplo apoio financeiro da estrutura “tucana”, conquistando a primeira suplência, na chapa que elegeu Luiz Henrique Mandetta (DEM), o mais votado, e Márcio Monteiro (PSDB), assumindo a cadeira na Câmara Federal com escolha de Monteiro para a Secretaria de Fazenda.
Se apresentando como pré-candidato a prefeito, Elizeu Dionízio deverá migrar para outro partido, pois vive as turras com o partido que lhe deu legenda para concorrer nas eleições de 2014.  



MUITOS QUEREM O NOME NA RODA

Com 32 partidos registrados no TER/MS e com a falta de um nome que condições de formar uma grande frente, pois os “nanicos” são dirigidos por profissionais da política que se encostam nos grandes e negociam tempo no horário gratuito, tirando vantagens pessoais, o número de candidatos à sucessão municipal são vários, dentre os quais: Alcides Bernal (PP), Marquinhos Trad, Antonieta Amorim(PMDB), Luiz Henrique Mandeta (DEM), Tereza Cristina Correa da Costa(PSB), Rose Modesto PSDB), Marisa Serrano (que precisa se aposentar do Tribunal de Contas para ter condições de voltar à Política), Teresa Name (que deixou o PSD), Felipe Orro (PDT), Beto Pereira (PDT), Sidney Melo PSOL), Pedro Kemp (PT), Zeca do PT, Ricardo Ayache (PT), Tatá Marques (sem partido),    


 


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