terça-feira, 21 de julho de 2015

EMPRESA INVESTIGADA PELA "LAMA ASFÁLTICA" TERIA PARTICIPADO DO ESQUEMA PARA CASSAR BERNAL





OJORNALMS – DA REDAÇÃO


Segundo o Ministro Teori Zavascki, o trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público foi tão eficaz durante as investigações que redundaram na Operação LAVA JATO que “Ao puxar uma pena, sai uma galinha”. Aqui no Mato Grosso do Sul, com a operação LAMA ASFÁLTICA pode se dizer que se puxar “uma pena de garça pantaneira sai uma ave preta toda suja de óleo, que bem examinada chega-se à conclusão de que se trata de um urubu”, dada a eficacia nas investigações e na abrangência das descobertas que apontam vestígios de ligações das empresas focadas como possível patrocinadora da “CPI da Inadimplência” que culminou com a cassação do prefeito eleito Alcides Bernal pela Câmara de Vereadores.
Como se sabe os lobistas Luiz Pedro Guimarães e Raimundo Nonato de Carvalho, que assinaram o pedido para a instalação da Comissão Processante contra o chefe do Executivo apresentaram como motivo o relatório da CPI da Inadimplência, presidida pelo vereador Paulo Siufi (PMDB), possibilitando a cassação de Alcides Bernal, que foi substituído pelo seu vice Gilmar Olarte.

PRESSÃO PRO SOLURB

A pressão que o então ocupante do cargo de prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, sofreu por parte dos vereadores, tendo a frente o presidente da Casa, Vereador Mário Cesar, era no sentido de que pagasse imediatamente uma dívida com a Solurb, que girava em torno de 4 milhões de Reais, mas que não vinha sendo quitada por determinação da justiça, que havia concedido uma liminar a outra empresa participante da licitação contestada e tida como fraudulenta. Além do pagamento à Sourb, os vereadores exigiam que outro débito com uma empresa de cobrança –RDM- também fosse quitada.
A participação do empresário João Amorim, da PROTECO, na Solurb  se dá através do acionista majoritário da empresa responsável pela coleta do lixo na capital, Luciano Dolzan, que é seu genro.

SEMY FERRAZ

O ex deputado estadual, engenheiro Semy Ferraz, na ocasião secretário de infraestrutura, foi à imprensa e fez graves denúncias contra a atuação de João amorim dentro da prefeitura, o que teria provocado a sua saida do cargo já na administração de Gilmar Olarte, que teria demitido o secretário oriundo da administração anterior atendendo a exigência do empreiteiro mor da prefeitura há vários anos.

COM OLARTE FICOU TUDO EM CASA

Nas redes sociais, sites e outros órgãos de imprensa não comprometidos começaram a divulgar as irregularidades cometidas na atual administração de Campo Grande , que chegou ao cúmulo de nomear uma “representante do empreiteiro João Amorim, a engenheira Renilda Ota Myiazato, para comandar o setor de Gestão de Contratos da Secretaria de Infraestrutura, Habitação e Transportes, conforme denunciou o site MS NOTÍCIAS, que transcrevemos na íntegra: 


 eloísa Lazarini | 10 de Julho de 2015 às 15:20

“Com "aliada" na Prefeitura, João Amorim pode ter faturado mais de R$ 60 mi em 2015Foto: Correio do EstadoFoto: Correio do Estado

Depois da nomeação da engenheira Renilda Ota Myiasato na Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, a Proteco Engenharia, empresa de João Alberto Krampe Amorim dos Santos, tem aumentado mês a mês os ganhos com serviços prestados para prefeitura de Campo Grande. Renilda chegou a assinar atas como representante da Proteco em licitações da Prefeitura, como das obras de recapeamento da avenida Guaicurus. 

A maioria dos serviços executados pela Proteco são de obras como "Tapa-Buraco" e cascalhamento, embora as ruas da cidade estejam cada vez mais esburacadas, e os valores recebidos pela empresa e por outras duas empreiteiras ligadas a João Amorim somam mais de R$ 30 milhões. 
Coincidência ou não, em três de dezembro de 2014, a engenheira Renilda foi nomeada pelo prefeito Gilmar Olarte para exercer cargo em comissão de Diretora de Gestão de Contratos, justamente na Seintrha, ou seja, é Renilda quem gerencia todos os contratos em andamento na secretaria como obras, manutenção de vias, limpeza, incluindo o contrato bilionário com Solurb, que recebe quase R$ 10 milhões por mês pela coleta e tratamento de lixo na Capital. Em apenas cinco meses, só a Solurb recebe R$ 41.955.126,58.  A Solurb é formada pelas empresas Financial, de Fernando Garcia,LD Construções Ltda, de Luciano Dolzan, genro de João Amorim.
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A LD teve seu capital aumentado de R$ 6 milhões para R$ 35 milhões em menos de um ano, conforme informações da Polícia Federal divulgadas ontem durante operação Lama Asfáltica, que apreendeu documentos e mais de R$ 700 mil em dinheiro na casa de João Amorim. Só a Anfer faturou R$ 8.125.262,97 milhões de janeiro a maio deste ano em serviços prestados para Prefeitura.
E conforme dados do Diogrande, a, suposta, influência que João Amorim exerce sobre contratos da Prefeitura pode ser ainda maior e, atingir esfera federal já que, em 18 de dezembro de 2014, Renilda foi designada para comandar a Unidade de Gerenciamento de Programas Especiais, que trabalha, exclusivamente, com recursos federais.
Renilda é responsável direta pela execução de obras na Capital com recursos do Programas de Aceleração do Crescimento (PAC) I e II que incluem: Programa Pró-Transporte, Mobilidade, Pavimentação e Qualificação de Vias e também Programa Saneamento Para Todos. O PAC Mobilidade Urbana, por exemplo, assinado, em maio de 2014, destinou R$ 180 milhões para Capital. Dentre as obras em andamento, que incluem construção de corredores de ônibus e pavimentação asfáltica, a Proteco figura entre as empresas executores do serviço.


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