sexta-feira, 1 de julho de 2016

POSSIBILIDADE DE ANDRÉ ENTRAR NA “BRIGA” AGITA OS MEIOS POLÍTICOS DE CAMPO GRANDE

(*) Valdir Cardoso
André Puccinelli, em seu primeiro mandato como prefeito.
O anúncio do ex-governador André Puccinelli admitindo discutir sua candidatura a prefeito de Campo Grande acirrou o assédio do PSDB para ter o apoio do PMDB à candidatura da vice-governadora Rose Modesto, bem como recrudesceu a pressão que se faz em cima do líder partidário para que ele aceite o desafio de entrar na disputa que visa, não um “bem maior”, mas a oportunidade de tirar Campo Grande do caos administrativo no qual se encontra desde 2013, que sem sombras de dúvidas seria o verdadeiro bem maior.

ASSÉDIO AO DEM
Os democratas liderados pelo deputado federal Luis Henrique Mandetta, têm sido assediados para formar na coligação com o PSD de Marquinhos Trad e também pelo PSDB, partido que mesmo não tendo prestigiado o deputado mais votado da coligação que elegeu Azambuja em 2014, o vê hoje como peça chave no encaminhamento da sucessão municipal, e pelo grupo que deseja a candidatura do ex-prefeito André, que destaca o bom trabalho que Mandetta vem realizando em Brasilia.



DEPUTADA SOFRE ACUSAÇÃO HILÁRIA



Já com o PSB acontece um fato quase hilário, pois a presidente regional da agremiação, deputada Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, desde o início  tem manifestado o desejo de continuar ao lado do ex-governador André, de quem foi Secretária de Produção, tendo recebido total apoio do então chefe do Executivo para sua eleição em 2014, pois ao mesmo tempo em que é assediada pelos tucanos, com propostas altamente vantajosas, a cúpula nacional do seu partido insiste para que o PSB tenha candidato (a) à prefeitura da Capital neste caso o nome em destaque é o dela. Não acreditando muito nas propostas “tucanas” que englobam itens como “apoio a uma eventual candidatura da parlamentar ao Senado em 2018. Além de outras vantagens não divulgadas. Por seu turno, o “articulador” da política tucana para Campo Grande, o ex-gerente de banco e oriundo de Dourados, Sérgio de Paula, tem manifestado internamente uma grande preocupação com o futuro posicionamento da deputada socialista Tereza Cristina, acusando-a de ser “uma pessoa muito leal ao ex-governador André Puccinelli”. Perfeitamente explicável uma vez que no jeito “tucano” de fazer política “ser leal e ética são defeitos graves”...

COMO GANHAR O APOIO DO PMDB?


Usando uma estratégia que não deu certo no passado, quando um grupo tentou implantar uma estrutura partidária que seria denominada de “PEDRISMO SEM PEDROSSIAN”, isto é, queriam utilizar o potencial político eleitoral do ex-governador Pedro Pedrossian, porém sem a presença do líder que acabou sendo eleito governador em 1990, os tucanos querem agora “O PMDB do André... sem o André”.  A história se repete: Vão dar com os “burros n’água”.
Lógico que através do articulador palaciano de nome Sérgio de Paula, secretário chefe da Casa Civil do governo Azambuja e secretário de Fazenda da profícua administração do ex-prefeito de Dourados Humberto Teixeira, busca junto ao presidente regional do PMDB e da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi o apoio peemedebista à candidatura tucana, aceitando até a retirada do nome de Rose Modesto, lançando outro nome e garantindo a reeleição de Mochi na AL, mesmo o PSDB tendo a maior bancada na Casa, fato conquistado depois de ter destroçado a maioria peemedebista e reduzindo em 75% a bancada do PDT com a aquisição dos adesistas Beto Pereira e Felipe Orro.
A estratégia do PSDB, tão maquiavélica quanto a teoria de que “os fins justificam os meios” consiste ainda em mais vantagens ao PMDB sem André: garantia de apoio à reeleição do senador Waldemir Moka, em 2018, proposta esta que ainda não foi colocada na mesa simplesmente porque o senador peemedebista tem também o mesmo grave defeito da  deputada Tereza Cristina: é um político partidário, ético e leal e isto na visão distorcida do "tucanato" é algo inaceitável. 

VAGA PARA O SENADO: MOEDA DE TROCA?

Além da oferta feita por De Paula da vaga de senador a Tereza Cristina e ao senador Moka, o próprio “tucano mor”, governador Reinaldo Azambuja já sinalizou ao deputado federal Zeca do PT que o PSDB não lançaria candidato ao senado em 2018, o que abriria o caminho para a eleição do petista ao Senado, que é o sonho já declarado do ex-governador. O duro é que os três já não acreditam em “papai Noel” e sabem de antemão palavra deste grupo tucano não vale mais do que um risco na água.

PAVIMENTANDO UMA AVENIDA, SEM BURACOS PARA BERNAL
Prefeito Alcides Bernal(PP). Foto midiamax

Com políticos sem nenhum compromisso com a história ou que já tenha prestado qualquer tipo de serviço a Campo Grande decidindo o futuro político da Capital sul-mato-grossense, o tiro poderá sair pela culatra e, mais uma vez, o PSDB do “Coronel Azambuja” e do títere Sérgio de Paula estarão abrindo uma enorme avenida, sem buracos, para que o advogado, radialista e despreparado prefeito da cidade, Alcides Bernal (PP) seja de fato “reconduzido” ao cargo que hoje ocupa por determinação da Justiça e Campo Grande pode se preparar para conviver com a estagnação por mais quatro anos.


PR PODE PULAR FORA


Setores do PRPartido da República estranham o recuo do PSDB em relação ao nome do pré-candidato a vice-prefeito na futura chapa tucana. Claudio Mendonça, lançado com pompa e depois praticamente destituído da composição, através de afirmações de tucanos dando conta de que não havia nada decidido. O fato pode ter desagradado uma figura emblemática e que não admite brincadeira com coisa séria, que o empresário Osvaldo Possari, que é sogro do dirigente do SEBRAE/MS. Isto acontece quando analfabetos políticos assumem funções que exigem conhecimento de causa. Até o “capacete iluminado” agiria de forma diferente, até porque vive em Campo Grande há mais tempo.





MANDETTA OU PEDROSSIAN NETO COMO VICE DE ANDRÉ


As movimentações de bastidores, as quais quase sempre acabam vazando para um seleto grupo, que mantém tudo no mais absoluto segredo, dão conta que forte movimento de peemedebistas no sentido de indicar ao ex-governador André Puccinelli o nome do deputado FEDERAL Henrique Mandetta, presidente regional do DEM e do jovem economista Pedro Pedrossian Neto, filiado ao PSB e ex-superintendente da Secretaria de Produção na época que a deputada Tereza Cristina deixou a secretaria para se dedicar à campanha de 2014, como opções em caso de uma coligação entre o PMDB/DEM/PSB. O assunto vem sendo mantido em segredo, mas sempre vasa. Isto tudo deve ser avaliado em ampla pesquisa.


ZECA DO PT PODE SER “INTIMADO” PELO PT PARA ENTRAR NA DISPUTA

Ainda em virtude da possível entrada do ex-governador André Puccinelli (PMDB) na disputa pela prefeitura da Capital já vem provocando um verdadeiro reboliço nas hostes petistas, com um forte grupo do desgastado Partido dos trabalhadores aventando a possibilidade de “intimar” o deputado federal Zeca do PT a reeditar a disputa de 19996 quando foi derrotado por André por uma pequena margem de votos. O parlamentar petista não foi localizado para confirmar se está sendo chamado para   representar o partido em uma chapa que poderia ter um deputado estadual, Cabo Almi, Pedro Kemp ou Amarildo Cruz. Fala-se também no nome do ex-deputado federal Antonio Carlos Biffi como vice de Zeca, já que ele seria beneficiado em caso de uma vitória petista, pois é o primeiro suplente da bancada petista. O nome do deputado Vander Loubet não foi lembrado...

 (*) Valdir Cardoso é jornalista. Foi vereador por dois mandatos, presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, prefeito da Capital, chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde de MS, subchefe da Casa Civil e Assessor especial do governador Pedro Pedrossian. Estadual   


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