quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Qualquer semelhança não é mera coincidência


Valdir Cardoso (*) 

De tempos em tempos aparecem os “Salvadores da Pátria”, com soluções milagrosas para problemas que afligem as populações das cidades de pequeno, grande e médio porte, dos menores e dos mais desenvolvidos Estados da federação, como se fossem superiores, mais inteligentes, mais honestos (como se ser honesto não fosse o dever de cada um) e portadores de uma fórmula mágica que, se eleitos, eliminariam todos os problemas da população, principalmente aqueles enfrentados pelos mais humildes, grupo que tem tudo para acreditar nas promessas dos populistas demagogos que visam apenas e tão somente melhor a própria vida praticando verdadeiros assaltos aos cofres públicos.



Dourados, segunda maior cidade Mato Grosso do Sul, cuja população cosmopolita, formada por descendentes dos pioneiros que implantaram um polo econômico importante para o pleno crescimento de nosso Estado como grande produtor de alimentos que são consumidos aqui e também exportados para as mais diferentes regiões do Planeta, com todo este potencial foi entregue em mãos incompetentes e sujas que mancharam a história política da cidade que já foi chamada de “Município Modelo”, modelo de desenvolvimento, de trabalho e de poder para superar s crises provocadas pela difícil convivência entre habitantes formados por culturas tão diferentes.

Com a eleição de um populista demagogo (Ary Artuzi) que agia como se fosse um homem de bom coração, que se desmanchava em lágrimas em velório de pessoas que ele nunca tinha visto como se fosse um parente muito próximo do pobre defunto, cuja família dependia de auxilio para não ser obrigada a sepultar o seu ente querido em uma vala comum, porque o humilde cidadão não tinha mesmo “onde cair morto”, o Município fundado por Marcelino Pires e berço de famílias tradicionais como os Torraca, Matos, Souza, Martins, Raslan, Azambuja, Câmara, Alves, Almeida, Machado e tantas outras ficou mais para “modelo de corrupção e roubalheira” porque a maioria do eleitorado foi na conversa de um, apesar de semi alfabetizado, bem falante demagogo chamado Ary Artuzi. 

O homem acabou sendo defenestrado do poder por uma ação comandada pela Polícia Federal e acabou preso por determinação da Justiça, que agiu rápido e impediu a continuidade dos atos de corrupção comandados por Artuzi e sua quadrilha que era formada também vários vereadores. 

Isto tudo ocorreu depois que o vivaldino, vendendo uma imagem de “santo e salvador da Pátria” ter sido eleito vereador, por um partido inexpressivo, e deputado estadual por duas legislaturas para então atingir os seus objetivos através do voto popular: ficar com a guarda dos cofres municipais.

Neste ano eleitoral tem candidato a vereador, que desconhece até qual é a função da Câmara Municipal no conjunto da administração pública, prometendo resolver os crônicos problemas da saúde pública, da educação e dos transportes coletivos, mas na verdade só querem mesmo o gordo salário que recebem os representantes do povo.

 Um problema é certo que alguns vão resolver o problema relacionado com seu próprio meio de transporte, deixarão de andar de Ônibus lotados para desfilar em modernos modelos nacionais ou importados. Há também candidatos a prefeito, na nossa ou na sua cidade, até candidatos ao Executivo que nunca administraram nada e só enriqueceram quando se elegeram para ocupar cargo público, se apresentando como “salvadores da pátria”.

É bom que o eleitor de Campo Grande, que sempre votou no melhor, no mais preparado e competente, preste atenção no exemplo de Dourados, que só agora retomou o processo normal, após a eleição de Murilo Zauith, para não entregar o comando da Prefeitura da Capital nas mãos de incompetentes metidos a “donos da verdade e salvadores da Pátria”.

(*) o autor é jornalista e foi vereador, presidente da Câmara, deputado estadual e prefeito de Campo Grande.

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