quarta-feira, 11 de abril de 2012


Sucessão ou Samba do Crioulo Doido?



PT quer “parceria” com PSDB e Dagoberto se lança vice de Giroto

Dois fatos relativos à sucessão do prefeito Nelson Trad Filho, do PMDB, movimentaram de forma intensa os meios políticos de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul: primeiro a tentativa do PT de se aproximar do PSDB em pelo menos 18 municípios interioranos e acenando com uma possibilidade de parceria em um provável segundo turno na Capital para enfrentar o candidato peemedebista, deputado federal Edson Giroto; e, em segundo lugar, a estranha adesão do ex-deputado federal e aliado petista na última eleição, Dagoberto Nogueira (PDT), ao projeto capitaneado pelo governador André Puccinelli e pelo prefeito Trad Filho.

Presidente Regional do PDT, Dagoberto Nogueira
O primeiro fato não chega a ser surpresa para aqueles que acompanham a política local, uma vez que, em busca de apoio para o seu projeto de voltar ao Governo do Estado na eleição de 2014, o PT, comandado pelo ex-governador José Orcírio e pelo senador Delcídio Amaral, tem acenado com apoio do partido a uma ainda não decidida candidatura do governador André Puccinelli (PMDB) ao senado, pedindo em troca o apoio ao nome do senador Amaral para o Governo do Estado. Rechaçado por Puccinelli e toda a bancada peemedebista na Assembléia o petista José Orcírio continuou se insinuando para o seu mais ferrenho adversário, provocando respostas hilárias do atual governador que, em determinado momento chegou a afirmar que “eles (petistas) querem se aproximar dos bons, mas eu e o PMDB já temos candidato à minha sucessão, no caso o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, que só não será candidato se não quiser, mas ele quer”.

De forma mais incoerente ainda os petistas partiram agora para uma nova empreitada: conquistar o apoio do PSDB do deputado Reinaldo Azambuja para enfrentar o PMDB de Nelson Trad Filho e de André Puccinelli, batendo o recorde nacional no quesito “proposta indecente”. O “tucano”, que de bobo não tem nada, ouviu a “cantada” e se “fechou em copas”, evitando fazer qualquer tipo de comentário sobre a inusitada aproximação com o PT, uma vez que aceitando a “união promíscua” vai rachar o seu partido e, ao mesmo tempo, abrir espaços para aqueles que defendem internamente à manutenção da aliança com os peemedebistas. Ao mesmo tempo dará motivos para agentes do PMDB assediem as bases do PMDB que não admitem “pica pau petista” no “ninho tucano”. Figura proeminente do PSDB chegou a afirmar, preocupado: “vai dar caca e nós vamos acabar perdendo a oportunidade de conquistar o apoio do Luis Henrique Mandeta (deputado federal do DEM)”.
Deputado Federal Reinaldo Azambuja (PSDB)


DAGOBERTO, O DESISTENTE, FICOU SURDO

Propalando aos quatro cantos que tem mantido permanente contato com o Conselheiro João Leite Schimidt, o presidente do PDT sul-mato-grossense, ex-deputado Dagoberto Nogueira, parece estar com sérios problemas de audição, uma vez que sai da conversa com o hábil ex-presidente do Partido, age de forma ingênua, utilizando-se de “jogadinhas” infantis que não enganam a mais ninguém, principalmente as “cobras criadas” que habitam a selva da política sul-mato-grossense.

Agora, por exemplo, começou uma conversa com o PMDB, depois de passar um ano tentando ser o único candidato das oposições para enfrentar o candidato a ser lançado por Puccinelli e Trad, e nem esperou a conclusão dos entendimentos para se auto-proclamar como candidato a vice prefeito na chapa encabeçada pelo deputado federal Edson Giroto, colocando o “carro na frente dos bois”.

Isto tudo depois de ter ficado mais de um ano afirmando que apoiaria o senador Amaral para governador em 2014, com a esperança de ser convidado para assumir a Diretoria Financeira da Eletrosul (vixi!), onde certamente aplicaria seus profundos conhecimentos na gestão do dinheiro público, adquiridos durante o governo de Zeca do PT, quando comandou o DETRAN/MS. Cansado esperar pela nomeação na Eletrosul, abriu mão do cargo para o qual nunca foi convidado, avisando que seria “candidato a prefeito de Campo Grande”, coisa que ninguém acreditou, pois havia uma quase certeza absoluta de que Dagoberto estava querendo apenas negociar a posição de vice na chapa peemedebista.

Depois de “ser desistido” do alto cargo federal, para o qual não foi convidado, o pedetista aceita, antes mesmo de ser chamado, ser o vice na chapa do PMDB, temendo que apareça alguém que tenha o perfil desenhado pela cúpula partidária para ser companheiro (a) de Edson Giroto: a) Pertencer a outro partido que não o PMDB; b) Ser Mulher; c) Ter conduta ilibada. Bem pensado, o ex-deputado só preenche o primeiro critério: não pertence ao PMDB.

Como já desistiu do cargo federal e de ser pré-candidato a prefeito de Campo Grande, tudo indica que ele poderá desistir da pré-candidatura a vice.

Pré-candidatos a prefeito de Campo Grande

Diante da linha de não “inserir toucinho em capado gordo”, o Site O JORNALMS não dá espaço para aqueles que se lançam como pré-candidatos à sucessão municipal com o único objetivo de transformar a “candidatura” em moeda de troca. Portanto consideramos que, neste momento, são postulantes a uma indicação partidária para concorrer à sucessão do prefeito Nelson Trad Filho os seguintes políticos: Edson Giroto (PMDB/PDT), Vander Loubet (PT) Reinaldo Azambuja (PSDB), Antonio João Hugo Rodrigues ou Alcides Bernal (PSD/PP), Athayde Nery (PPS), Elizeu Amarília (PSDC) e Iara Costa (PMN).   

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