segunda-feira, 21 de setembro de 2015

ASSIM COMEÇOU A DERROCADA DE DELCÍDIO:

Traído por Azambuja e sem visão do clamor das ruas,

 “Senador de Todos” perdeu uma eleição ganha.

(*)  VALDIR CARDOSO


   Há mais de dois anos, exatamente na noite de 18 de junho de 2013 começava a derrocada da campanha que visava a volta do PT ao governo de Mato Grosso do Sul, através da candidatura do senador Delcídio Amaral, que desenvolvia nos bastidores da política e da administração do governo Federal, através da liberação de recursos para Prefeituras de todos os Partidos, visando cooptar adversários para a caminhada que se revelou inglória, mas tinha no início a participação ativa do então deputado federal Reinaldo Azambuja da Silva(PSDB) que justificava aos seus correligionários que estava “apenas usando a força do petista para liberar verbas federais para municípios administrados das por Tucanos”.

   O quase esperto senador fingia estar acreditando na “sinceridade tucana”, pois sabia que mesmo se fosse traído poderia tirar algum proveito da parceria promíscua com o maior adversário que era o PSDB.

  Isto ocorreria com a vinda prefeitos dissidentes para sua campanha, caso o projeto da Chapa Delcídio governador e Reinaldo Azambuja da Silva para o Senado não prosperasse, diante de um previsível veto por parte da executiva nacional de um dos partidos – PT e PSDB –. Como se sabe, por determinação da presidente Dilma ao seu partido, foram proibidas as coligações com Partido do seu adversário Aécio Neves e só depois da proibição foi que o PSDB se manifestou também contra o acordo espúrio, e isto jogou por terra o sonho de Reinaldo de ser o senador na chapa de Delcídio, com quem já percorria o Estado participando do Projeto “ Pensado MS”, também conhecido como “Enganando MS”, que foi a base para a elaboração de um projeto de governo que priorizava a Saúde, a Educação e a Segurança Pública  (como se isto não fosse, pelo menos em tese, o conteúdo básico de candidatos em todos os níveis).

  Sem outro caminho, Reinaldo Azambuja da Silva, ex-prefeito por dois mandatos em Maracaju, deputado estadual e federal, portanto com 16 anos de atividade política, se apresentava como o candidato da “Renovação e da Mudança”, mesmo tendo apoiado sempre as administrações do PMDB, comandado pelo governador André Puccinelli, tanto na prefeitura de Campo Grande como no Governo do Estado, foi obrigado a disputar a eleição contra Nelsinho Trad, Delcídio Amaral. Acabou indo para o segundo turno, mesmo tendo muito temor de tocar no “assunto Petrobras”, sempre colocando um candidato da proporcional para sentar “o cacete” no adversário petista, seu ex companheiro de caminhada, ganhando com o apoio de todo o grupo de Nelsinho Trad, que foi o candidato do PMDB.


SENADOR DE TODOS PERDEU PARA ELE MESMO!

   Voltando ao marcante 18 de julho de 2013, quando o senador Delcídio se manifestou, através de sua página no Facebook, sua opinião sobre as manifestações que eclodiram em todo o País, afirmando não ter “entendido o motivo das manifestações de rua”. Tentou apagar o fogo nos dias seguintes mas aí já era tarde, pois havia sido execrado com certa ira por pessoas que diziam que até tinham votado nele mas estavam decepcionada e alusões aos atos de corrupção praticados pelos governos petistas.
Revendo meus textos, artigos e comentários, lembrei de uma coluninha que publiquei naquele marcante 18 de junho, sob o título de ENQUANTO ISSO NO FACE“, no qual transcrevi o comentário do senador e a reação de milhares de pessoas que comentaram e se decepcionaram com o candidato petista, que até então aparecia com mais de 68% das intenções de votos, passando, a partir daí, a cair vertiginosamente nas pesquisas eleitorais.

  Antes desta queda, conversando com o experiente Ramão Ney Magalhães, um dos fundadores da FAMASUL ao lado do saudoso Sylvio Mendes Amado, ouvi algo que me fez acreditar que a eleição seria diferente e nada tinha a ver com o que a mídia vinha divulgando. “Esse Delcídio não vai para lugar nenhum. Ele tem só 68% de intenção de votos... Então ele, que está sozinho no páreo – Reinaldo ainda não havia se decidido pela candidatura ao governo e Nelsinho ainda permanecia em Campo Grande, cuidando da nova família- tem uma rejeição de 32%. Não ganha a eleição e para que isso acontecer ele precisaria ter hoje 80%, pois está candidato e em campanha há mais de 8 anos, completou o produtor rural, que era um dos maiores críticos da aproximação com o PT, que ele chamava de “nossos adversários”. Previsão mais do que acertada.

(*) o autor é jornalista e editor do site www.ojornalms, foi vereador por dois mandatos consecutivos, prefeito interino de Campo Grande, deputado estadual, chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde, Subchefe da Casa Civil e assessor especial do governo do engenheiro Pedro Pedrossian. 
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COMO FOI A REAÇÃO NAS REDES SOCIAIS   
  
Enquanto isso no Face: Delcidio não entende protesto e leva "ralo"

 Os movimentos de protesto que pipocam no Brasil têm em comum com os dos outros países a ausência de lideranças. Eles possuem identidade no mérito mas não se enquadram aos modelos vigentes. Daí a dificuldade em entendê-los.











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