quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Senador Delcídio: A Casa Caiu!

Senador Delcídio: A Casa Caiu!

(*) Valdir Cardoso

Em campanha para a sucessão do governador André Puccinelli e “na estrada” há quase duas décadas, o senador Delcídio do Amaral Gomez (PT/MS), nascido em Corumbá, cidade que abandonou ainda na pré-adolescência para residir nos altos do Morumbi, próximo do seu São Paulo FC, clube fundado por germânicos partidários de Adolf Hitler, tem se destacado por assumir atitudes dúbias e até certo ponto de uma forma tão maquiavélica que faria corar o pensador italiano Nicolau Maquiavel, autor da teoria aplicada pelo “senador dos outros” que é definida pela célebre frase:” Os fins justificam os meios”, porém desta vez ele “deu o tapa, mas não conseguiu esconder a mão”. Se afastando estrategicamente do prefeito Alcides Peralta Bernal quando sentiu que seu indicado estava em maus lençóis, evitando assim um desgaste natural diante das aberrações cometidas pelo tresloucado prefeito de Campo Grande, prestes a ser defenestrado do cargo.

Antes parceiro, agora está fugindo de Bernal


DOIS COELHOS...

Mesmo se afastando publicamente do prefeito Bernal, o senador petista não abriu mão de levar alguma vantagem junto à máquina municipal, caso o atual prefeito se mantenha no cargo, visando à eleição de 2014 quando disputará o Governo do Estado pelo PT.

Para não se expor, o senador petista mandou a sua “tropa de choque” – ou chatos, como querem outros- capitaneada pelo deputado federal Vander Loubet, sobrinho e ex-parceiro do vereador Zeca do PT, cooptado ao “esquema delcidiano” logo após a eleição de 2010, quando o ex-governador foi descaradamente traído por Amaral Gomez e sua “trupe” camaleônica, liderada pelo ex-vereador Marcos Garcia, outra invenção do trêfego senador.

Depois de, nos bastidores autorizar seus “pica fumo” – Loubet e Garcia – a indicar em nome do PT seu suplente Pedro Chaves (PSC) para ocupar a secretaria de Governo do prefeito Peralta Bernal, o senador agiu como sempre, foi a público criticar a aproximação do seu partido com o alcaide que está prestes a perder o mandato. Esta atitude que é característica dos políticos que pregam uma coisa e fazem outra, tentando enganar a mídia e consequentemente o povo.

Na verdade, o objetivo do esguio homem público era “matar dois coelhos com uma só cajadada”, sendo o principal era promover o desgaste da bancada petista na Câmara de Vereadores e em especial o seu criador José Orcírio Miranda dos Santos, o ex-governador que colocou em risco a sua reeleição em 2002 para eleger pela primeira vez o “neo petista” Amaral Gomez, que logo nas eleições seguidas “retribuiu” com seguidas traições as benesses recebidas do então governador. Ao mesmo tempo apostava ainda na possibilidade de Peralta Bernal conseguir se livrar da cassação e aí ele teria a enorme máquina da Prefeitura a apoiá-lo em sua intenção de suceder o governador André Puccinelli.

Quando sentiu o efeito negativo criticou seus próprios “pau mandados”, Vander Loubet e o ilustre desconhecido presidente do PT regional Marcos Garcia, como também o seu suplente professor Pedro Chaves dos Santos.

MAIS UMA VEZ EM AÇÃO “MÃOS ESCONDIDAS”

Assim ele agiu após a eleição de 2002, quando procurou o governador André Puccinelli visando sepultar politicamente o seu criador Zeca do PT e posteriormente continuou “dando o tapa e escondendo a mão”, como ocorreu na tentativa de impedir a eleição do atual prefeito de Corumbá, Paulo Duarte (PT), incentivando o lançamento da candidatura de um vereador apoiado por todo o Legislativo Corumbaense, como se a Câmara de Vereadores tivesse status de agremiação partidária. Pego com a “boca da botija”, voltou atrás até porque Duarte, leal ao ex-governador Zeca do PT, era imbatível conforme comprovou nas urnas.

Outros episódios marcaram a vida pública do senador sul-mato-grossense nestes quase onze anos de mandato, dentre os quais quando procurando cair nas graças da presidente Dilma deitou falação contra o ex-presidente Lula, ao afirmar em sua página em uma rede social que o sonho da oposição era ter o ex-presidente como candidato na sucessão de Dilma, dando a impressão que o maior líder petista estava morto politicamente.

No episódio dos protestos foi rápido para mudar de opinião depois de criticar as manifestações ao afirmar que tal movimento não tinha um objetivo definido. Ledo engano do maquiavélico senador: o objetivo dos protestos era, sem dúvidas, contra a ação dos mensaleiros petistas e também contra políticos que pregam uma coisa publicamente e agem de forma contrária na calada da noite.

Mais uma vez, senador Amaral Gomez a “Casa Caiu”.

(*) o autor é jornalista e foi vereador, presidente da Câmara da Capital, prefeito de Campo Grande/MS, deputado Estadual. É diretor do Site www.ojornalms.com.br

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