segunda-feira, 30 de julho de 2012

Câmara municipal de Campo Grande: Aumento de vagas garante renovação

O aumento do número de vagas na Câmara Municipal de Campo Grande, que passou de 21 para 29 cadeiras e o surgimento de novas lideranças bem avaliadas pela população são fatores que aliados à desistência de quatro dos atuais integrantes do Legislativo da Capital Sul-mato-grossense e a quase certeza da derrota de ¼ daqueles que detém mandato na atual Legislatura, está garantido o aparecimento de pelo menos 16 “caras novas”, a partir de janeiro de 2013, no Plenário “Oliva Enciso”, onde são realizadas as sessões da Câmara de Vereadores da “Cidade Morena”, presidida pelo vereador Paulo Siufi (PMDB).



MULHERES NA CABEÇA
Bancada Feminina: Profesora Rose (PSDB), Grazielle Machado (PR), Thais Helena (PT) e Magali Picarelli (PMDB)
Contando hoje com apenas quatro representantes do sexo feminino – Professora Rose (PSDB), Graziele Machado (PR), Magali Picarelli (PMDB), e Thays Helena (PT), todas com amplas possibilidades de reeleição pela constante visibilidade na mídia e grande volume de serviços prestados à comunidade durante o exercício do mandato, o Legislativo campo-grandense ganhará, com certeza, um aumento significativo de integrantes da bancada feminina, pois em todas as coligações há candidatas com grandes chances de eleição.

No minúsculo PSC, que possui apenas um vereador (Herculano Borges) espera aumentar a sua bancada exatamente com o bom desempenho que poderão ter suas candidatas Pastora Marta, que mantém forte trabalho comunitário, e Juliana Zurzo, que foi candidata a deputada federal nas eleições 2010. Ambas têm se destacado neste início de campanha eleitoral, conquistando apoios importantes.

No PMDB se destaca ala feminina a advogada Carla Stephanini, presidente do diretório municipal do Partido na Capital e com amplo trabalho como comandante da Secretaria voltada para a política em defesa da mulher, do Governo de André Puccinelli.

Até o PP do deputado Bernal, com uma chapa muito frágil onde se destaca apenas o radialista Cazuza, a candidata Jackeline é uma das esperanças caso a legenda consiga emplacar o número de votos para eleger pelo menos um representante.

Antes os partidos só apresentavam candidatas para preencher os preceitos legais que determinam um percentual de representantes do sexo feminino, agora todos descobriram que aquele já foi chamado “sexo frágil” é muito forte em tudo... inclusive na política e isto ajuda a melhorar o conceito... Até no visual.

Pastora Marta (PCS), Carla Stephanini (PMDB) e Juliana Zorzo (PSC)

RENOVAÇÃO... TAMBÉM TERÁ CARAS “ANTIGAS”


Paulo Siufi, Edil Albuquerque, e Mário César, todos do PMDB
A renovação da Câmara da Capital, que será formada por 29 vereadores e vereadoras, não apresentará apenas “caras novas”, desconhecidas do eleitorado, pois terá o atual vice-prefeito, ex-vereadores, candidatos que disputaram sem sucesso outras eleições, até um ex-governador e um ex-deputado federal.

Neste ritmo tipo “reescrevendo a história”, surge o nome do vice-prefeito Edil Albuquerque (PMDB), ex-presidente da Câmara de Vereadores e titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da administração Nelson Trad Filho e secretário da Receita na gestão de Juvêncio Cesar da Fonseca. Ao lado de outros nomes fortes da chapa considerada a mais pesada desta eleição, formada por PMDB e PR, dentre os quais o ex-deputado federal Antonio Cruz; o presidente atual do Legislativo, Paulo Siufi; Dr. Loester, que deixou o seu velho PDT, mais envelhecido durante a gestão do ex-deputado federal Dagoberto Nogueira; vereadora Magali Picarelli; Dr Jamal; vereador Vanderlei Cabeludo; vereador Mário Cesar,vereadora Grazielle Machado, deverá ser o bloco puxador de votos do grupo com chances de eleger mais de 1/3 das 29 vagas.

O PT aposta firme na candidatura do ex-governador José Orcírio, o Zeca do PT, como puxador de votos que se não conseguir levar o candidato petista para o sonhado 2º turno, pelo menos poderá ajudar na eleição de outros companheiros, que poderão fazer companhia à vereadora Thays Helena e ao esforçado Marcos Alex.

No grupo de ex-vereadores, está o nome do nissei Wilson Oshiro que, apesar de estar afastado da política há mais de 10 anos, ainda mantém uma base eleitoral respeitável e pode ser um dos que voltarão ao Legislativo, com base em um trabalho executado ao longo dos seus dois mandatos como vereador. Está filiado ao PDT do vereador Paulo Pedro que também é candidato à reeleição.

Zeca do PT, Dr; Antônio Cruz (PMDB) e Wilson Oshiro (PDT)

NANICOS OU EMERGENTES ESTÃO NA ONDA


Vereador Carlos Borges - Carlão (PSB), Alceu Bueno (PSL) e Otávio Trad (PTdoB)
Partidos menores contam, com justa razão com expressiva votação para alguns dos seus representantes, dentre os quais o vereador Carlão (Carlos Borges do PSB), Herculano Borges (PSC), e o mais jovem representante da família Trad, o advogado e também apresentador de programa radiofônico, Otávio Trad (PTdoB), filho da irmã do prefeito campo-grandense e do secretário de Saúde do Município, Leandro Mazina. Já o PSL está coberto de razão ao deixar transparecer que poderá emplacar até dois nomes na composição da Câmara para o quadriênio 2013/2017, sendo que um deles será o presidente regional do Partido, empresário Alceu Bueno, que já disputou eleições sempre alcançando ótima votação. Evangélico, Alceu Bueno é uma das lideranças da Igreja Mundial, com milhares de fiéis na Capital, além de ter grande penetração na região norte de Campo Grande e apoio em diversos segmentos. Já o PSD do empresário Antonio João vem apostando em dois nomes: O Coringa, líder comunitário que mantém excelente trabalho na ampla região que integram As Moreninhas e está com uma campanha bem estruturada, e no assessor Delei, que trabalha há vários anos com o deputado Marcos Trad.


Vereador Herculano Borges (PSC) e Coringa das Moreninhas (PSD
VÔO SOLO

Dentre os partidos que buscam emplacar um nome mesmo concorrendo em chapa pura (nem tanto...), o PTB que aqui no MS sempre viveu a reboque do PMDB e nunca conseguiu sucesso (apenas uns “courinhos de ratos” e carrão para a família dirigente) tenta agora “aparecer na fotografia” com a possibilidade de “ter” um vereador na Capital, através de um amontoado de nomes onde se destacam o ex-vereador Robson Martins e o engenheiro Edson Shimabukuro, o My Body, que já concorreu em duas oportunidades, 2004 e 2008, e obteve expressiva votação. Ele é membro de tradicional família de imigrantes japoneses e é funcionário público estadual, começando sua carreira como professor antes mesmo de concluir o curso de engenharia na Universidade Federal de MS (antiga Universidade Estadual). Aluisio Borges, ex-vereador, ex-deputado estadual e diretor regional da Conab (antiga Cobal) esteve entre os prováveis candidatos do PTB, mas por entender que esta será uma eleição atípica abriu mão da disputa para tentar moralizar o PTB municipal. Missão difícil para quem está no Partido do “mensaleiro” e “alcagüete” Bob Jefferson, que deve fazer o velho Getulio se revirar no túmulo.

Robson Martins e Edson Shimabukuro - MyBody  do PTB e Adão da Graça do PTN

Outro partido que está com chapa única e tem apenas um nome viável eleitoralmente é o PTN, que faz sua estréia na eleição da capital, capitaneado pelo batalhador Adão da Graça que foi candidato a vereador e deputado estadual. Sua candidatura na eleição atual é a aposta do Partido para se firmar. Missão difícil, porém não é impossível, sob a graça de Deus.

CÂMARA DA CAPITAL É REFERÊNCIA E VITRINE

Uma das reclamações da população que acompanhava com interesse os assuntos debatidos no Legislativo campo-grandense antes mesmo da cidade ser elevada à categoria de Capital do Estado se relaciona ao fato de que há alguns anos a principal atividade dos vereadores tem sido a apresentação de homenagens até a figuras meia-bomba, socialites emergentes, empresários envolvidos em falcatruas e títulos de “visitantes ilustres” até para jogador de futebol aposentado, havendo esporádicas ações que beneficiem realmente a comunidade que os edis dizem representar.

A Câmara Municipal teve entre seus membros figuras que entraram para a história de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, dentre os quais Arnaldo Estevão de Figueiredo, que foi eleito governador de Mato Grosso na eleição que marcou o fim da ditadura Vagas em 1945; Arthur D’ávila Filho, o advogado e escritor Oclécio Barbosa Martins (homem de coragem extraordinária e autor do livro “Em Defesa da Soberania Nacional”, Plínio Barbosa Martins, Joaquim Guilherme ( o primeiro vereador eleito pela UDN com votação exclusiva no Bairro Amambaí), Paulo Coelho Machado,  Oliva Enciso, Maria Widal Roma, Roberto Vasconcelos, Nelson Trad (o Pai), Willian Maksoud, Paulo Simões Corrêa, Roberto Vasconcelos ( cassado pelo golpe militar de 1964),  David Balaniuc, S. Eloy Pereira, David Balaniuc, Pedro Pereira Dobes, Félix Balaniuc,Valter Pereira de Oliveira. Chafic João Thomaz, Rudá Azambuja Santos, Eduardo Contar Filho, Humberto Canale Junior, Francisco Giordano Neto, Antonio Braga, Yvon Moreira do Egito, Albino Coimbra Filho, Ricardo Trad, Leon Denizart Conte, Marisa Serrano, Aurélio Cance Junior, Juvêncio Cesar da Fonseca, João Pereira da Silva, Willian Puía e mais recentemente Nelson Trad Filho e Youssif Domingos e tantos outros.


Acima- Vereadores Dr Ricardo Trad (Arena), Armando Tibana (Arena), Plínio Barbosa Martins (MDB), o prefeito Marcelo Miranda (Arena), vereadores Eduardo Contar (Arena), Albino Coimbra Filho (Arena), Aurélio Cance Júnior (MDB) e Tetsuo Arashiro (Arena). Abaixo - vereadores Leon Denizart Conte (Arena), Odilon Nakazato (MDB), Marisa Serrano (Arena), Valdir Cardoso (MDB), Felix Balaniuc (Arena), Nelly Bacha (MDB) e o vice-prefeito Alberto Cubel Brull. Vereadores eleitos em 1976 - não estão na foto Chafic João Thomaz e Ivom Moreira do Egito Filho, ambos da Arena.
 Assim como a Taça São Paulo de Futebol, que reúne equipes recheadas de futuros craques, servindo de vitrine para o crescimento na carreira profissional, a Câmara de Vereadores da Capital é a vitrine que revela figuras que cresceram muito na política estadual, com destaque para o ex-vereador e ex-governador Arnaldo Estevão de Figueiredo, exemplo seguido por Plínio Barbosa Martins, que foi prefeito, voltou a ser vereador e teve dois mandatos de deputado federal, Juvêncio Cesar da Fonseca, que foi presidente da Câmara, senador da República e prefeito de Campo Grande, Oliva Enciso, Antonio Braga, Eduardo Contar, que foram eleitos deputados estaduais depois de presidir a Câmara Municipal, e Albino Coimbra, que depois da presidência foi prefeito e deputado federal, assim como Valdir Cardoso que depois da presidência foi prefeito interino e se elegeu deputado estadual e Marisa Serrano que além de vice-prefeita na primeira eleição de Nelson Trad Filho, foi candidata ao Governo de MS em 2002 e se elegeu senadora em 2006, na primeira eleição do governador André Puccinelli. Atualmente Nelsinho Trad é o representante da “vitrine Câmara Municipal”, tendo sido eleito deputado Estadual como o mais votado na eleição de 2002 e, depois se elegeu prefeito da Capital, sendo reeleito em 2008. É nome mais cotado para a sucessão do governador André Puccinelli, pelo PMDB.     

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