Nada menos que uma dezena de Partidos políticos divulga aos quatro cantos que estão preparados para a eleição que escolherá o sucessor do prefeito Nelsinho Trad na prefeitura municipal de Campo Grande/MS para uma disputa que indica certo equilíbrio, com a realização de um segundo turno como ocorreu em 1996, quando o atual governador André Puccinelli (PMDB) derrotou o também ex-governador Zeca do PT por apenas 411 votos, resultado até hoje contestado pelos petistas.
OS 10 MAIS... OU MENOS
PSD, PMDB, PT, PSDB, DEM, PPS, PDT, PP, PMN e PSDC são os partidos que possuem filiados dispostos a entrar na briga pelo cargo de Prefeito da capital sul-mato-grossense, que nos últimos 20 anos vem sendo administrada pelo PMDB e que hoje é o algo não só do PT, seu aliado a nível nacional e ferrenho adversário no Estado.
PSD, O NOVO QUE VEM FORTE
Antônio João Hugo Rodrigues
O ex-senador e empresário Antonio João Hugo Rodrigues que, além de implantar o PSD em Mato Grosso do Sul, já colocou o seu como pré-candidato do partido comandado nacionalmente pelo prefeito Gilberto Kassab e tem mantido uma série de encontros com lideranças populares e prováveis candidatos à Câmara de vereadores, afirmando sempre não temer o poder da máquina pública durante a campanha eleitoral, uma vez que tem sentido que a população está buscando novos caminhos e “dará mais atenção ao projeto de cada candidato e não ao dinheiro, principalmente se este recurso tiver origem duvidosa ou com a mancha de algum indício de que é oriundo dos cofres públicos”.
Voltando a afirmar que sua candidatura é irreversível, um caminho sem volta, devido ao compromisso que já assumiu com vários candidatos e lideranças comunitárias o pré-candidato do PSD afirma que não lançou seu nome para “brincar de ser candidato”, mas que montou uma estrutura moderna para uma campanha eficaz e com total respeito ao eleitor.
Uma das prováveis candidatas do PSD à Câmara de vereadores é a Sra. Tereza Name , que tem um respeitável trabalho na área social de Campo Grande há vários anos e já foi integrante do Legislativo municipal, onde realizou notável trabalho. A ex=vereadora ainda não confirmou sua candidatura, porém tanto no PSD como em partidos que podem se coligar com o PSD há uma série de companheiros de Antonio João que já estão mantendo contato com a população, dentre os quais vários líderes comunitários com amplo apoio popular.
UNIÃO FORTALECE VANDER
Deputado Federal Vander Loubet
Aparentemente unidos, o ex-governador Zeca do PT e o seu “correligionário” senador Delcídio Amaral, já desencantado com o sonhado apoio do governador André Puccinelli (PMDB) à sua candidatura ao governo em 2014, dão certa tranquilidade ao pré-candidato à sucessão de Nelsinho Trad, o bem avaliado deputado federal Vander Loubet que é nome apoiado por todas as tendências que formam o PT da capital para arcar com a difícil missão de desalojar o PMDB do comando da cidade que governa há mais de 20 anos.
Vander lutou desde o início para unir as duas principais lideranças petistas e o resultado de seu trabalho foi o encontro entre Zeca e Delcídio na cidade de São Paulo e na presença do presidente nacional da agremiação governista, deputado Rui Falcão, o que dá uma garantia de que as desavenças ficaram no passado... Ou não.
Vander Loubet, devido à sua habilidade e trânsito fácil em todos os grupos petistas, conseguindo, com o apoio de Delcídio e a desistência de Zeca, evitar que o partido enfrentasse uma desgastante prévia para escolher o candidato do Partido, que já definiu o seu nome para a disputa de 2012.
Unido, o PT vai longe, afirmou uma liderança petista... Para ganhar ou perder.
EDSON GIROTO, O CANDIDATO DE ANDRÉ E DO PMDB
Deputado Federal Edson Giroto
O deputado federal Edson Giroto, que retornou ao PMDB com a missão de preencher uma lacuna existente que não conseguia localizar entre seus filiados um candidato forte eleitoralmente para brigar pela manutenção do Partido no comando da prefeitura campo-grandense, mesmo com o apoio do governador André Puccinelli e do prefeito Nelsinho Trad. Ele foi eleito pelo PR e foi o votado no Estado (quase 150 mil votos) e na capital, além de ter se destacado em seu primeiro ano de mandato em Brasília, sendo um dos principais relatores do Orçamento da União, graças à experiência adquirida como secretário de obras da prefeitura da capital e do governo do estado de onde saiu para o Legislativo Federal.
Edson Giroto é engenheiro e faz parte da equipe de trabalho do governador Puccinelli desde que fixou residência no Estado há mais de 20 anos.
MANDETTA, CORRENDO POR FORA
Deputado Federal Luiz Henrique Mandetta
O deputado federal Luiz Henrique Mandetta, vice-presidente nacional do DEM, está em uma situação confortável para se candidatar à sucessão do seu primo Nelsinho Trad. Possui ótimo relacionamento com o governador e com a cúpula peemedebista e se acontecer algum “acidente de percurso” com o mais provável candidato do PMDB (Edson Giroto) ele pode ser a opção do grupo governista e ainda ser apoiado pela cúpula nacional dos Democratas que pretendem lançar candidatos em todas as capitais brasileiras, onde o Partido que sucedeu ao PFL esteja estruturado.
Mandetta é médico e foi secretário de Saúde da atual administração e foi eleito deputado estadual ao lado do primo Fábio Trad, com o apoio do prefeito Nelsinho Trad, e é filho do ex-vice prefeito Hélio Mandetta, que também é médico na capital.
REINALDO AZAMBUJA, O EX-ALIADO
Deputado Federal Reinaldo Azambuja
Nascido em Campo Grande, duas vezes prefeito de Maracaju e deputado estadual mais votado no Estado, o deputado federal em primeiro mandato Reinaldo Azambuja se prepara para enfrentar seus ex-companheiros do PMDB na disputa pela prefeitura da capital. Na última oportunidade em que o PMDB esteve distante do PSDB foi em 1996, quando teve enormes dificuldades para iniciar o seu domínio em Campo Grande, quando só não fez chover para derrotar o PT em um segundo turno dificílimo. Agora, depois de perder sua principal liderança, a ex-senadora e agora conselheira do Tribunal de Contas, Marisa Serrano, o PSDB tenta atrapalhar a vida do antigo parceiro, que teria providenciado a ida de Serrano para o TCE para desestabilizar o ninho “tucano” e desarmá-lo para a disputa municipal. Esqueceram, entretanto, de combinar com as bases do PSDB e principalmente com o deputado Reynaldo que já está colocando seu “bloco na rua” para entrar na briga com alguma chance de ser decisivo ou ir´pra o segundo turno. A candidatura de Azambuja marca o fim de uma união que parecia estável... Mas não era eterna.
DAGOBERTO, A MORTE PRECOCE DE UMA LIDERANÇA
Presidente Regional do PDT/MS Dagoberto Nogueira
Mesmo anunciando ser candidato pelo PDT à prefeitura da Capital, o ex-deputado Dagoberto Nogueira passou do céu para o inferno tão rapidamente que mais parecia obra de um passe de mágica. Depois de ser eleito deputado federal com expressiva votação, o pedetista era cotado para ser o segundo senador eleito em 2010, mas acabou em quarto lugar, perdendo os senadores eleitos Delcídio Amaral (PT) e Waldemir Moka (PMDB) e ainda para o então vice governador Murilo Zauith, atual prefeito de Dourados.
Sem o mandato de deputado federal, deixou de lado seus desentendimentos com o governador André Puccinelli, a quem criticou violentamente durante a última campanha eleitoral, indo procurar guarida junto ao ex-adversário. Foi atendido, sendo, por orientação do governador, colocado “`à disposição da Assembléia Legislativa, com ônus para a origem “, no caso o DETRAN que o tem no quadro de funcionários concursados.
Como se não bastasse a humilhação de pedir socorro ao ex-adversário, Dagoberto está vendo ruir seu reinado no comando do PDT de Mato Grosso do Sul, atacado por duas frentes distintas: uma interna e outra externa.
Internamente ele é acusado de manipular recursos do partido em benefício próprio e o grupo liderado pelo advogado Paulo Renato Dolzan pede sua expulsão do Partido, e, externamente, a Justiça aceitou recentemente denuncia de peculato que teria cometido quando, no Governo de Zeca do PT, desviado algo em torno de 30 milhões dos cofres da autarquia que ele presidiu durante três anos.
A denúncia contra Dagoberto Nogueira Filho, feita pelo Ministério Público Federal –MPF – com base no processo número 0000619-74.2005.4.03.6000 – é uma ação penal e tem réus, ao lado de Dagoberto , funcionários públicos e empresários dentre os quais Djanira Machado Recalde, João Roberto Baird, Juarez Lopes Cançado e Roberto Telles Barbosa. A denúncia já foi aceita pelo Juiz Odilon de Oliveira e os envolvidos são acusados de cometerem crimes contra o sistema financeiro nacional.
Nesta época em candidatos “ficha limpa” Dagoberto corre o risco de ser eliminado antecipadamente e execrado pela opinião pública.
PPS VAI DE ATHAYDE
Vereador Athayde Nery
O PPS recebeu em Campo Grande o presidente nacional da agremiação sucessora do “Partidão” e garantiu que Athayde Nery será candidato a prefeito de Campo Grande e sem nenhuma ajuda financeira da cúpula nacional, o que não desanimou o vereador que comanda o partido e mantém vários aliados em postos chaves da Prefeitura e no Governo do Estado.
Em recentes declarações, Athayde achou normal que o prefeito peça os cargos ocupados pelos seus companheiros, mas não deixou de dizer que a aliança com o PMDB era para “quatro anos de mandato”.
Sem ajuda financeira e sem cargos na administração a candidatura do PPS pode ser um grande fiasco, ou acabar desistindo para participar do projeto do PSDB, com o lançamento do vice que não poderá ser outro que não o próprio Athayde.
NANICOS COM FORÇA
Alcides Bernal, Iara Costa e Elizeu Amarilha
Além dos sete pré-candidatos já citados (Antonio João, Vander Loubet, Edson Giroto, Luiz Henrique Mandetta, Reynaldo Azambuja, Athayde Nery e Dagoberto Nogueira Filho) há outros postulantes, dentre os quais o deputado Alcides Bernal que, apesar de liderar algumas enquetes não científicas mas que mostram um elevado grau de conhecimento junto ao eleitor não, conseguiu formar um grupo forte em torno do seu nome. Ao contrário de agregar companheiros, terá dificuldades até para formar uma chapa de candidatos à Câmara de vereadores, apesar de ter em seus quadros um vereador atuante como Lídio Lopes, que está distante de Bernal e se preocupa com os rumos que o Partido está tomando sob o comando desarticulado do presidente da Comissão provisória Regional.
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