domingo, 29 de novembro de 2015

"A SUSPENSÃO DA OBRA (AQUÁRIO) SE DEU, CREIO, POR INTENÇÃO POLÍTICA"


ARTIGO/



(*) VALDIR CARDOSO



"A suspensão da obra (Aquário) se deu, creio, por intenção política"


Com esta frase do ex-governador André Puccinelli, o jornal CORREIO DO ESTADO publicou extensa entrevista com o peemedebista, agora consultor político, na página 5 do primeiro Caderno, edição de hoje, 29/11/2015, em matéria assinada pela jornalista Cristina Medeiros, na qual ele analisa acontecimentos nacionais e responde a uma série de perguntas sobre a política regional. De maneira firme, sem usar da mesma agressividade empregada pelos "importados marketeiros do atual governo" e bem remunerados "escribas" que usam o "retrovisor" para desmerecer as obras do antecessor, fazendo com que o bisonho governador atual perca o rumo e não tenha uma mínima visão de futuro.

               A matéria, por ser imparcial, o que não deixa de ser surpreendente, merece ser lida por todos aqueles que pregam a política da "terra arrasada", "obras inacabadas", que são aquelas paralisadas pelos atuais gestores, e também porá aqueles que precisam entender a importância da obra emblemática que é o Aquário do Pantanal.

              Digo que a matéria é até surpreendente porque dificilmente a imprensa maior dedica algumas linhas as ex-governantes, exemplo do que foi feito com o ex-governador Pedro Pedrossian, que quando estava governador era paparicado pelo mesmo setor que o abominava no dia seguinte à sua saída do Poder.

              Esta prática é sempre incentivada pelos governantes desprovidos de capacidade para gerir a coisa pública, culpando seus antecessores como se a história de uma cidade, de um Estado ou de uma Nação tivesse início no dia em que um "ser iluminado" chegou ao poder, simplesmente porque ele tem a chave do cofre.   
                               

              Pratica, desta forma, o jornal de maior circulação no Estado, o bom jornalismo que é exatamente o que faz falta atualmente, uma vez que o interesse pelos órgãos da grande imprensa é a mídia governamental, que não leva em conta o número de acesso de um site, a audiência de uma emissora de rádio ou TV, bem como a circulação ou o alcance de um jornal impresso, pois os recursos, que não são pequenos são destinados aos "cupinchas" e até para "órgãos de imprensa" criados exclusivamente para emitir notas e receber polpudas verbas públicas, mesmo não sendo vistos ou lidos por aqueles pagam impostos e precisam acompanhar o que se passa no governo,na aplicação do dinheiro público. 


(*) O autor é jornalista há 45 anos. Foi vereador por dois mandatos consecutivos; presidente da Câmara de Vereadores, prefeito de Campo Grande; Deputado estadual. No serviço público foi sub-chefe da Casa Civil, Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado da Saúde e Assessor especial do governador Pedro Pedrossian. 

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