terça-feira, 19 de março de 2013

MOKA PODE SER A OPÇÃO CONTRA DELCÍDIO


*) Valdir Cardoso

Citado pelo governador Eduardo Campos (PSB/PE), pré-candidato a Presidência da República,  como um nome forte para a disputa da sucessão do governador André Puccinelli, o senador Waldemir Moka (PMDB/MS), demonstrando a maturidade de sempre não se mostrou “picado pela mosca azul”, mas seus companheiros do PMDB se mostraram satisfeitos com mais esta opção do Partido para as eleições de 2014.

Moka surge como uma nova opção e não significa nenhum tipo de problema para os correligionários do governador André Puccinelli
Durante a solenidade do lançamento da programação da 75ª EXPOGRANDE, ontem (18) à noite, no Tatersal da ACRISSUL, único senador presente ao evento que marcou também uma significativa homenagem ao ex-governador Wilson Martins, Waldemir Moka foi muito cumprimentado pela e pela sua recente eleição para presidir importante Comissão Técnica do Senado e também pela sua postura leal e partidária ao longo da sua vida pública o que o credencia a voos mais altos com o apoio inclusive de outras legendas de expressão na política sul-mato-grossense.

PENSANDO BEM...

Se até o momento o PMDB ainda não havia ventilado a possibilidade do lançamento de Moka para o Governo por ter dois nomes já colocados com muita antecedência – o ex-prefeito Nelsinho Trad e a vice- governadora Simone Tebet – o surgimento, agora, de uma nova opção não significa nenhum tipo de problema para os correligionários do governador André Puccinelli, muito pelo contrário, mostra a pujança do Partido, enquanto que o adversário, no caso o senador Delcidio Amaral, filiado ao PT age de forma aberta com o intuito de sepultar politicamente o ex-governador e atual vereador da Capital José Orcírio, o Zeca do PT, que o patrocinou quando ele era um ilustre e desconhecido “filhote de tucano abandonado no ninho”.
Ex-prefeito Nelsinho Trad é um dos pré-candidatos do PMDB ao governo
Como o ex-prefeito Nelsinho Trad, apesar da boa aceitação na Capital, depende exclusivamente da estrutura partidária no interior e tem certa rejeição por parte daqueles que o apoiaram no passado e que hoje “torcem o nariz” quando o seu nome é citado como “único nome do PMDB” para a sucessão de Puccinelli e aquela que seria a segunda opção partidária, a vice-governadora Simone Tebet, já demonstrou não ter interesse em “encarar” o pré-candidato petista, com quem teria um acordo de bastidores, com base em “trairagens” praticadas pelo senador na eleição municipal de Três Lagoas, é natural o surgimento de outros nomes em um partido com tantas lideranças de peso.

CANDIDATO ÚNICO?

Conforme o atento e independente jornalista Laureano Secundo postou em sua página no Facebook, o senador Delcídio Amaral “... é muito sabidinho, pois em 2012 pregou a pulverização de candidaturas e estranhamente, para 2014 se irrita quando surgem novos nomes”, dando a clara impressão que deseja ser candidato único à sucessão do governador Puccinelli sem assumir compromisso com ninguém... nem com o PT e tentar aniquilar de vez com o correligionário José Orcírio, como tentou impedir a eleição de Paulo Duarte em Corumbá.
Senador Delcídio parece quer ser candidato único ao governo em 2014
Possivelmente por se considerar “a última bolachinha do pacote”, “o Antonio Fagundes do Pantanal” ou o famoso “Bebê Johnson” da eleição de 2002, o senador que se diz de todos e não é de ninguém parece ter envelhecido muito rápido, não tão rápido como parece, até porque quando aqui aportou em meados dos anos 90 já era mais “rodado” que as antigas prostitutas da Avenida Costa e Silva e tinha mais hora de voo que um urubu pantaneiro depois das enchentes.

Mandou bem o senador Waldemir Moka quando afirma (em entrevista concedida ao Correio do Estado) que o senador “Pantaneiro de Florianópolis” pensa em vencer por WO, sem adversários e com uma meia dúzia de seguidores para implantar a sua oligarquia na política de MS.

A presidente Dilma é candidata a reeleição pelo PT
A CERTEZA DE TRÊS CANDIDATURAS

Com certeza, faltando mais de um ano para a eleição de 2014 é muito difícil precisar o número de candidatos que concorrerão à sucessão do governador André Puccinelli, mas, em qualquer dos cenários que hoje se apresentam nunca teremos menos de três postulantes, uma vez que assim como o PMDB não vence a eleição sozinho, dependendo de aliança com PSDB, PDT, PSB ou até o PR, bem como diante do fato de que inevitavelmente teremos três no mínimo candidaturas fortes à Presidência da República – Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Senador Aécio Neves pré-candidato do PSDB a presidência
O número de candidatos dependerá da opção peemedebista:

 Prefeito de Dourados, Murilo Zauith pode ser convocado pelo PSB para se apresentar como candidato ao governo
Se ficar com Aécio, pode ter Reinaldo Azambuja como candidato ao Senado, se acertar com Eduardo Campos (PSB) forçará a candidatura do tucano que teve mais de 100 mil votos para prefeito da Capital, sem contar ainda com a possibilidade do prefeito de Dourados, Murilo Zauith ser convocado pelo PSB para se apresentar como candidato ao governo para dar palanque ao correligionário Eduardo Campos, que pode ser a grande novidade na eleição presidencial, tal como o senador Waldemir Moka pode ser a grande opção para Mato Grosso do Sul.

Governador de Pernambuco, Eduardo Campos desponta
Portanto, o sonho do lépido senador “petista” não tem a menor possibilidade de se tornar realidade, pois ele terá pela frente fortes concorrentes e sairá candidato por um partido rachado devido as suas ações e omissões em relação ao ex-governador Zeca do PT, que certamente não se acomodará no exercício do mandato de vereador, onde Delcídio pretende isolá-lo.

O resto não passa de um “sonho de verão”.  

(*) O autor foi vereador, prefeito de Campo Grande e deputado Estadual. É diretor do jornal eletrônico http://www.ojornalms.com.br/

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