terça-feira, 12 de março de 2013

Aberta a temporada do diálogo



Mesmo sem querer colocar a “carreta na frente dos bois”, o governador André Puccinelli dá demonstrações que está retornando à prática que o levou a sucessivas vitórias políticas desde que aportou em Campo Grande no início dos anos 80, quando assumiu o comando da secretaria estadual de Saúde, procurando manter diálogo franco e aberto com todas as correntes políticas do Estado.

E é através do diálogo que o governador vai conseguir conquistar seus objetivos
Nem a memória curta do presidente regional do PSDB, deputado Reinaldo Azambuja, cujo partido foi o mais apoiado e melhor aquinhoado em todos os governos do PMDB, impedem que governador acene com certo carinho e sem nenhum tipo de mágoa com os ingratos tucanos.

Depois de ter apoiado os candidatos tucanos à Presidência da República em todas as eleições a partir de 1994, o PMDB de Mato Grosso do Sul patrocinou a eleição de dois senadores tucanos (Ludio Coelho e Marisa Serrano), bem como premiou os dirigentes partidários com cargos de Conselheiros no Tribunal de Contas do Estado (Waldir Neves e Marisa Serrano) investiu pesado e com extrema lealdade nas campanhas de Ricardo Bacha (1998) e de Marisa Serrano (2002), sem contar que a Secretaria de Educação do município, tão criticada durante a campanha de Reinaldo, sempre foi comandada por integrantes do PSDB e que, aliás, continua com a presença do professor José Chadid, agora na administração de Alcides Bernal.

Ao afirmar que política não se faz com “o fígado”, o governador está demonstrando que a prepotência, a arrogância e o” salto alto” estão – como sempre estiveram – do “outro lado” e o que ele mais quer é terminar o seu segundo mandato como governador com boa aprovação popular e eleger um sucessor que dê continuidade à obra de recuperação da credibilidade do poder público, implantada desde que recebeu um Estado sem moral perante a população e com seus dirigentes sendo processados por improbidade administrativa.

E é através do diálogo que o governador vai conseguir conquistar seus objetivos, pois ninguém consegue eleger o sucessor sem um amplo entendimento. Só o PT acredita que o seu candidato, já derrotado uma vez por André Puccinelli, tem força suficiente para vencer a eleição para governador.

E se isto acontecer a maioria das lideranças atuais estarão sepultadas, enterradas e riscadas do mapa, pois o senador “petista” tem como projeto enterrar os seus próprios companheiros, como é o caso do ex-governador Zeca do PT que, para o senador, está no seu verdadeiro tamanho político, ocupando o cargo de vereador da Capital.

Neste caso, engana-se o lépido senador, pois com a sua experiência, José Orcírio será um ícone na Câmara de Vereadores, pois não perdeu a humildade e muito menos o respeito dos seus verdadeiros companheiros.

Enquanto procura, como sempre fez, destruir lideranças emergentes dentro do seu partido, como tentou fazer com Paulo Duarte na “sua” Corumbá, o senador continua a sua luta para se tornar a única opção para a sucessão do governador André Puccinelli.

Nomes existem hoje e como ocorreu em Campo Grande, podem surgir surpresas em 2014.

Quanto à temporada do diálogo, aberta por iniciativa de Puccinelli, Delcídio não se entusiasma, pois se julga um novo messias, aquele que vai sanar todas as mazelas atuais da política de MS para, simplesmente, implantar aquelas que atendam apenas os seus interesses pessoais.

 

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