segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Eduardo Carvalho: Mais um crime insolúvel?


Valdir Cardoso (*)


O assassinato do proprietário do Site de notícias UH News corre o sério risco de ser incluído no rol dos crimes considerados insolúveis, tais como o de Edgar Lopes de Farias (o Escaramuça), Edgar Pereira, Murilo Boarin Alcaide/Eliane Ortiz, e mais recentemente do desaparecimento de Daniel Alvarez Georges, e ainda as mortes violentas que vitimaram Andrey Galileu Cunha, Paulo Rocaro e de Luiz Henrique Georges (o Tulu), estes dois últimos de Ponta Porã.

Pode parecer estranho que tantos crimes ligados a homens de imprensa ou com fortes ligações com a contravenção e outros sem vínculos com nenhum dos setores (caso de Murilo, que era apenas um garoto) tenham sido cometidos com os mesmos requintes de crueldade e perfeição, sem deixar rastro possível de identificação dos mandantes, o que caracteriza como a autoria sendo de profissionais da pistolagem. O que os coloca no mesmo patamar e muitos deles podem ser facilmente descritos como queima de arquivo ou tentativa de chantagem, e o fato de surgirem “suspeitos” criados para confundir as investigações, deixando os verdadeiros mandantes fora do foco e que, em alguns casos, podem ter o mesmo endereço.

Até um colega jornalista entrou no rol dos “suspeitos fabricados”, políticos e autoridades chegaram a ser acusadas nas redes sociais de terem “ordenado” o assassinato de  polemico e inconsequente Eduardo Carvalho, que fazia questão de falar para quem quisesse ouvir que “tinha as costas quentes e que ninguém teria coragem para tirá-lo de circulação”.

A cortina de fumaça lançada sobre todos estes casos visa proteger alguém muito poderoso, pois a tentativa de envolvimento de autoridades dentre os quais o prefeito Nelsinho Trad se transformou em motivo de chacotas, com pessoas afirmando que, além de relevar passivamente todo tipo de agressão, empurrando tudo com a barriga, o chefe do Executivo da Capital “não é capaz de matar nem um mosquito... da dengue”, quanto mais se vingar violentamente de algum tipo de desafeto.

A ligação entre estes crimes existe, só que ninguém tem coragem de levar uma investigação por este caminho.

E pior: Se por acaso algo for feito neste sentido – para levantar possíveis ligações entre os crimes – uma nova onda de assassinato tende a ocorrer.

Ao fazer esta declaração coloco minhas “barbas de molho”, pois de ameaças já estou de “saco cheio...” Só não quero que elas ( as ameaças) se materializem, pois mais uma vez vou afirmar: Existem ligações entre quase todos os crimes cometidos. Toda semelhança entre eles NÃO É MERA COINCIDÊNCIA. FICA A DICA.

(*) O autor é jornalista e foi presidente da Câmara de Vereadores, deputado estadual de Mato Grosso do Sul e prefeito de Campo Grande. É jornalista e editor do site  http://www.ojornalms.com.br/


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