O senador Waldemir Moka (PMDB) afirmou nesta terça-feira (22), durante
pronunciamento no Senado, que a comissão especial encarregada de analisar o
pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff derruba argumentos do
governo e do PT de que o processo é “golpe”. Com 65 membros, o colegiado foi
instalado semana passada pela Câmara dos Deputados.
O senador destacou que o rito do impeachment seguirá determinação do
Supremo Tribunal Federal, cuja decisão foi bastante comemorada pelos
parlamentares petistas no Congresso Nacional, dado o rigor imposto pelos
ministros para que a Câmara dos Deputados instalasse a comissão.
“O processo terá um caminho longo e caberá, primeiramente, aos membros
da Comissão decidirem se o processo será aberto ou não. Em seguida, segue para
o plenário da Câmara, onde deverá ter ao menos 342 votos. Depois, terá que ser
aprovado por 54 dos 81 senadores. Isso não é golpe. Faz parte do processo
democrático”, explicou.
Moka destacou que o processo de impeachment será decidido por
parlamentares eleitos pela população de cada Estado. “São 594 parlamentares,
entre senadores e deputados, eleitos democraticamente. Ora, são representantes
do povo. Tudo será decidido pelo voto, em que cada um poderá se manifestar”,
frisou.
O senador divulgou carta aprovada pelo diretório estadual do PMDB em que
os membros da agremiação pedem o rompimento imediato com o governo e a entrega
de todos os cargos ocupados, como de ministros e diretores de estatais.
Em aparte ao pronunciamento de Moka, a senadora Simone Tebet (PMDB)
reafirmou o posicionamento da sigla no Estado, mas criticou a cúpula atual do
partido, comparando suas ações e atitudes com a política do velho MDB.
Citou figuras ilustres do PMDB em nível nacional, como Tancredo Neves,
Teotônio Vilela, Ulysses Guimarães, e em Mato Grosso do Sul o ex-governador
Wilson Barbosa Martins e o ex-senador Ramez Tebet, que era seu pai.
Também fizeram aparte e concordaram com o posicionamento de Moka, os
senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Ana Amélia (PP-RS), Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), José Medeiros (sem partido-MT) e Magno Malta (PTB-ES).
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