VALDIR CARDOSO (*)///
O DEPUTADO Felipe Orro já decidiu o seu futuro
político após deixar o PDT por divergências com o presidente regional do
partido brizolista no MS, Dagoberto Nogueira. A opção foi desembarcar no
apêndice do PSDB, o PPS, partido governista por excelência que desde a primeira
eleição direta para governador após a redemocratização nunca deixou de manter
uma efetiva participação nas periferias do poder, quando nada algumas
“boquinhas” para abrigar conhecidos pelegos que continuam agindo a todo vapor.
Orro poderá encontrar problemas
também em sua nova agremiação, isto porque faz questão de se manter como
integrante da base do governador Reinaldo Azambuja da Silva (PSDB) que abriga
seus companheiros em importantes cargos na administração estadual, enquanto os
“donos do Partido”, que comandam a agremiação com mãos de ferro, dentro da
filosofia do Centralismo Democrático, ex-vereador Athayde Nery e a vereadora
Luiza “Catraquinha” Ribeiro, os quais não têm o menor pudor para mudar de lado,
indo de acordo com a força do vento, tal qual biruta de aeroporto.
Atahydinho comanda uma secretaria
prá lá de polivalente (Cultura, Turismo e Empreendedorismo) no governo tucano,
enquanto a vereadora Luiza Ribeiro defende com unhas e dentes a política do
prefeito Alcides Bernal (PP), com forte influência na área da Educação onde
manda “prender e manda soltar”, como também determina demissão de diretoras que
não rezam em sua carteira e nomeia outras mais dóceis e ao mesmo tempo se cala
quando o prefeito deixa de cumprir com os compromissos assumidos com os integrantes
do grupo magistério. Enquanto isso, Flavio Brito, marido da vereadora, ocupa o
segundo cargo mais importante na Casa Civil do “Tucanato”, por indicação do
deputado Geraldo Resende (PMDB). Tudo
indica que são verdadeiros mágicos, pois conseguem colocar os pés em duas, três
e até “quatro canoas”.
O deputado
Felipe Orro deve ter feito opção pelo PPS na esperança de ser candidato a
prefeito da Capital e com a imagem que trouxe de casa, onde sempre ouviu, desde
muito jovem, que o então PARTIDÃO (PC) era uma organização séria e formada por
dirigentes éticos. E era mesmo, mas esse sucedâneo é isto que está aí: um lixo.
Pode até ser candidato, mas é
óbvio que não terá o apoio integral do Partido, pois cada um vai defender os
seus interesses pessoais: Luiza vai sair “rasgando” na campanha pela reeleição
do Bernal; Athayde vai obedecer ordens do governador tucano e Flávio Brito vai
perguntar ao deputado Geraldo Resende: “O que eu faço; O que eu sou, prá onde
eu vou?”. Se o experiente deputado fugiu do “ninho de cobras”, que é o PSDB,
acabou caindo nas garras de espertas serpentes...
DENÚNCIAS DE VEREADORA PODEM SER
VISTAS COMO “DELAÇÃO PREMIADA”
Corre solto nos meios políticos a jocosa observação de
que as denúncias da vereadora Luiza Ribeiro (PPSdoB) contra o ex-governador
André Puccinelli, bem como contra seus pares na Câmara Municipal podem ser
vistas como uma espécie de “delação premiada”, uma vez que além de participado
dos governos peemedebistas e de Zeca do PT esteve sempre na sobra do poder e
como vereadora de como agem os membros do legislativo campo-grandense, com a
sua efetiva participação.
(*) O autor é jornalista e foi
vereador, presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, prefeito da Capital e deputado estadual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário