Descendo
do muro somente nos primeiros dias da semana passada e depois do episódio que
marcou o depoimento do ex-presidente Lula da Silva, levado à presença da
Polícia Federal através de uma condução coercitiva, por ato ordenado pelo
promotor Sergio Moro, grande parte dos “tucanos” que estava encolhida em seu rico
“ninho” botou as “asinhas” de fora e tentou tirar proveito do movimento popular
e apartidário que pede o impeachment da presidente da República Dilma Rousseff
e até a prisão do ex-presidente.
Aécio,
que andava sumidão, apareceu na Avenida Paulista ao lado do governador Geraldo
Alckmim e, quando identificado, foi vaiado por uma pequena parcela de
manifestantes, demonstração de que a população não quer servir de massa de
manobra para alavancar projetos pessoais e partidários.
A
pregação visando bloquear políticos das manifestações partiu, pelo menos aqui
no MS de grupos ligados ao governo do PSDB que tentou ser o “pai da criança”
,mesmo tendo surgido no movimento “depois da onça morta”, quando o governador
Reinaldo Azambuja, logo que foi eleito se referia à dona Dilma como “ PRESIDENTA”,
apareceu defendendo o afastamento da petista, abrindo espaço para a teleguiada
vice governadora Rose Modesto, também sugerir ingenuamente a renúncia imediata
da ocupante do cargo máximo da Nação
Ao lado
dos indecisos “tucanos”, que preferiam a cassação da chapa Dilma e Temer, visando
uma eleição suplementa imediata para chegar ao comando do governo antes do
pleito de 2018, os movimentos de direita muito bem articulados também
embarcaram na “canoa” visando o afastamento dos políticos das manifestações com
o objetivo de derrubar a presidente através de uma “intervenção militar
constitucional”, permitindo a instalação de um governo autoritário “por um
breve período”.
Um dos
poucos políticos filiados ao PSDB que pode sair nas ruas de cabeça erguida é o
senador José Serra, único nome na oposição que tem condições de unir o país
pela sua insuspeita história política e por não estar envolvido em denúncias ou
citado por delatores na Operação lava jato, como é o caso do ex-governador
mineiro Aécio Neves.
Se
aceitar as sugestões para abandonar o PSDB que não o aceita mais como candidato
à Presidência da República e se filiar ao PMDB, PSB ou até ao PPS, José Serra
seria a ponte para o restabelecimento da ordem pública e volta do país aos
caminhos do desenvolvimento.
Isto
prova que em todos os partidos existem a banda podre e a banda boa, aquela que
prima pelo respeito ao sistema democrático e também à boa aplicação dos
recursos públicos e se opõe à prática de assaltos aos cofres públicos e toma
posição e não fica em cima do muro.
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