(*) Valdir Cardoso
Além da
possibilidade do ex-governador André Puccinelli aceitar o desafio e colocar seu nome na disputa, fato que pode mudar os rumos da
sucessão municipal, a semana também foi farta em notícias prá lá de hilárias,
como foram aquelas relacionadas com a defesa dos denunciados na operação coffee
break; a suspeita defesa do líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima, criticando
“a invasão” da Polícia Federal que foi “bisbilhotar” no “sagrado e inviolável”
apartamento do casal Paulo Bernardo/Gleici Hoffman, ex-secretários do deputado
federal Zeca do PT e ministros de Lula e Dilma, em busca de documentos que
comprovassem as acusações levantadas pelos investigadores da operação Lava
Jato; e a prescrição ou perdão dos crimes, que se transformaram em “deslizes”,
que supostamente teriam sido praticados pelo agora ex-ficha suja deputado
federal Dagoberto Nogueira (PDT) que se apresenta como candidato a tirar Campo
Grande do caos (ou aumentar o estrago já feito pela dupla Bernal/Olarte) e para
completar o clima veio a passagem da “Tocha Broxa” por Campo Grande, com “notáveis”, alguns
poucos com serviços prestados ao esporte e ao nosso Estado”, desfilando pelas
vias bem maquiadas, sinalização perfeita, porém cercadas por ruas esburacadas
por falta de conservação e remendos mal feitos pela água Águas Guariroba, nos
locais por onde passam os dejetos do esgotamento sanitário da Capital que já
foi a cidade ideal para viver. Se continuar desse jeito, diria um poliglota
ex-governador, utilizando o seu fluente idioma pátrio, o Guarany: “Campo Grande Cuê”, que até no
“Portunhol” também arranhado pelo ex-mandatário, significa “Campo Grande já era”.
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André Puccinelli |
1 - RESUMO DA
ÓPERA
Uma rápida análise dos fatos da
semana: A possibilidade aventada por André Puccinelli de deixar de lado a sua
anunciada e precoce aposentadoria da vida pública aceitando o desafio de se
apresentar como candidato à Prefeitura da Capital rendeu um efeito imediato: o
aumento nas vendas de um medicamento chamado Floralyte*, um composto de cloreto
de sódio, citrato de potássio monoidratado e glicose, para combater um surto de
um mal cientificamente denominado colite pseudomembrosa, a popular “diarreia ou
caganeira”, o que tornou o ar dos locais citados insuportável, irrespiráveis
mesmo.
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Plenário da Câmara Municipal de Campo Grande |
2 - VEREADORES
A culpa segundo seus ferrenhos adversários, os problemas de altíssima rejeição
enfrentado pelos vereadores de Campo Grande investigados pela operação Coffee
Breack por suposta venda de votos para cassar o “reconduzido”- acabei de aderir
ao termo- é exclusivamente do Ministério Público Estadual –MPE – GAECO e por jornalistas mal intencionados,
pois os nossos (?) representantes são todos inocentes até provas em
contrário... porém após intensas investigações não surgiram as provas em
contrário. Corre-se o risco agora de entrarem com um pedido de impeachment dos
membros do MPE e de quem mais tentar denegrir ainda mais a imagem limpa e
transparente de suas excelências.
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Dagoberto Nogueira |
3 - CANONIZAÇÃO DO DAGÔ
Com
a campanha iniciada para provar que o deputado se cometeu algum crime em
período anterior a 2006, portanto há mais de 10 anos o ato e fato estão
prescritos, até já se trata mais de crimes e sim” deslizes”. Terminando esta
primeira fase da campanha, começa um movimento de rua, com faixa, cartazes e
grana à vontade para a imprensa maior para exigir a santificação, beatificação
e canonização do parlamentar Dagoberto Nogueira que seria o São Dagô primeiro e
único. E aquele que blasfemar contra sua santidade será punido na forma da Lei
da Impunidade, aquela que protege todos os detentores de mandato,
principalmente para os “canonizados”.
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Gleisi Hoffman e Paulo Bernardo |
4 - PAULO
BERNARDO/GLEYCE HOFFMAN: CASAL 20
A
prisão do ex deputado federal, ex-secretário de Planejamento de MS, ex-ministro
do Planejamento do ex- presidente Lula e da quase ex-presidente Dilma e ainda
atual marido da “senadora biombo”, Gleisi Hoffman, que protestou a diante da “invasão”
de seu domicílio para encontrar provas contra o seu companheiro por pequenos e
grandes crimes supostamente cometidos contra o erário, alegando a imunidade
parlamentar que, por ser casada em regime
de comunhão de bens (tudo que é meu também, meu bem) obrigatoriamente serviria
para cobrir os desvios de conduta do lépido petista, no que foi naturalmente
apoiada pelo “adversário”, líder do PSDB no Senado, senador Cássio Cunha Linha
(PSDB) representante de tradicional família paraibana. Tudo gente da melhor qualidade e
competência na defesa dos seus interesses pessoais.
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Alcides Bernal |
5 - O RECONDUZIDO OLIMPICO E A TOCHA
BROXA
O pleno sucesso da passagem da tocha olímpica por Campo
Grande foi marcado pelo desaparecimento dos buracos e crateras durante todo o
percurso percorrido pelo notáveis – pras negas deles- que conduziram a pira (cuidado,
revisão é pira...) por mais de 40 km de ruas bem maquiadas. Não morreu nenhum
animal, os veados (principalmente esses) jiboias, capivaras e outros bichos
ficaram em casa, evitando os predadores, dentre os quais o nosso atleta
Zequinha Barbosa, que utilizou nome real para ser anunciado para acender a
tocha. Aqueles que pegaram na tocha estão chorando de emoção, afinal de contas
eles também ajudaram a pagar a conta. E o “reconduzido” está feliz da vida por
ter participado do evento que teve como estrela a também atleta esposa de um
secretário de estado, injustamente criticada, pois afinal de contas ela pratica
um esporte altamente desgastante, cansativo mesmo: ao de carregar “um mala sem
alças que é o “capacete iluminado”.
(*) O autor é
jornalista e foi vereador, presidente da Câmara Municipal, deputado estadual,
prefeito de Campo Grande e subchefe da Casa Civil no Governo engenheiro Pedro
Pedrossian.
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