1)
Partido político criado por trabalhadores das indústrias instaladas no
ABC paulista, que aproveitando a abertura política “lenta e gradual” do regime
militar, se organizaram primeiramente em sindicatos, o que teria despertado a
atenção do esperto, para não dizer maquiavélico, general Golbery do Couto e
Silva, chefe da Casa Civil do presidente general Ernesto Geisel, enxergando no
movimento, dizem as más e boas línguas, o caminho para impedir que o recém
chegado exilado Leonel de Moura Brizola tivesse a possibilidade de fazer frente
ao regime militar, através de uma sigla forte que, no caso seria o PTB. Não
teve dúvidas, o “bruxo”, facilitando o ressurgimento do partido getulista entregando-o
à
uma sobrinha do Caudilho, Ivete Vargas e, paralelamente, incentivou “por baixo
dos panos” a criação do Partido dos Trabalhadores, foi quando surgiu um “líder”
que seria uma marionete do Golbery, um tal de Luiz Inácio da Silva. Brizola foi
obrigado a criar o seu PDT, hoje também em mãos espúrias. Portanto o PT nasceu de uma relação “extraconjugal”,
gerado com um pecado original. Não poderíamos esperar outra coisa.
2) O povo que acreditou na proposta
do Partido dos Trabalhadores era formado basicamente por trabalhadores
verdadeiros, depois vieram os intelectuais, jovens universitários, grupos da
esquerda e, por último, oportunistas que ajudaram a implantar a filosofia da
divisão por classes sociais, entre “nós” e “eles”, “os pobres explorados” que
trabalham para os “ricos exploradores”, que geram empregos e recolhem impostos,
representados pelos que “eles” apelidaram de “as zelites”.
3) Esse é o País, que depois de “redemocratizado”
entregou o comando da nação, por via indireta e pregando eleição direta, ao
mesmo grupo de bancou o regime militar, tendo de um lado, no governo, aquele
que foi o vice do presidente que nunca foi, o sr. José Ribamar Sarney,
presidente da Arena que dava sustentação legislativa ao regime, e de outro lado
o mineiro Tancredo Neves que, depois de morto, foi transformado em mártir da
abertura democrática, mas era, na verdade, o único político de “oposição” aceito
sistema dominante. Este é o país onde mudança tem sempre significado
retrocesso.
ESSE É O
PAÍS que teve um governo neoliberal por oito anos, acabou com inflação e
facilitou as coisas para que o poder chegasse às mãos daqueles que hoje
infelicitam uma nação inteira e ainda tem um certo apoio popular devido à
compra de votos através do “bolsa família”, programa criado, embrionariamente,
no período do FHC, líder do partido irmão siamês do PT, o PSDB, que também coloca
em prática a filosofia de que é tirando daqueles que produzem e distribuindo
para desocupados que se faz “justiça social”.
Aqui no Mato
Grosso do Sul, a “praga tucana”, depois de anos mamando nos governos
peemedebistas, chegou ao poder através de promessas falsas, tais como uma que
colocou em prática e deturpa uma orientação do pecuarista Ludio Coelho que ditava
uma teoria óbvia para se ter sucesso na administração pública, que era
basicamente o seguinte: “Não gastar mais do que arrecada”. Na teoria do seu
Ludio para se atingir esta meta era necessário CORTAR GASTOS SUPÉRFLUOS,
investir na capacitação do servidor público e NÃO AUMENTAR IMPOSTOS”, mas a “praga
tucana” eleita depois de tentar sentar no colo petista, aplicou o ensinamento
de Ludio de forma inversa: Para não gastar mais do que se arrecada só há uma
forma: AUMENTAR OS IMPOSTOS, sem cortar gastos principalmente com a imprensa
subvencionada. ESSE É O MATO GROSSO DO NOSSO BRASIL.
(*) o AUTO É JORNALISTA. Foi vereador
por dois mandatos pelo MDB, presidente da Câmara de vereadores da Capital,
prefeito de Campo Grande, deputado Estadual, chefe de gabinete da Secretaria de
Estado da Saúde, subchefe da Casa Civil e assessor especial do Governo do
engenheiro Pedro Pedrossian. Tem 71 anos. É campo-grandense, nascido no Bairro Amambaí.
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