VALDIR CARDOSO (*)
Aplaudi
discretamente a opinião de jornalistas de um movimentado grupo no Wahtssap, do
qual participo talvez por indicação de algum colega das antigas, uma posição
assumida por vários e destacados profissionais da imprensa sul-mato-grossense
criticando aqueles que foram beneficiados pelo ex-senador Delcídio Amaral,
durante o período em que ele esteve poderoso e hoje, depois que ele caiu em
desgraça, fazem de tudo para eliminar qualquer vestígio de fatos ou fotos que
pudessem “denunciar” o relacionamento próximo com o então líder do governo no
Senado. Alguns, mais “cara de pau” chegaram ao cúmulo de deletar postagens nas
redes sociais nas quais teciam loas ao poderoso conterrâneo.
Afirmo que
curti discretamente as postagens de desagravo ao ex-senador, que em nenhum
momento o eximiram de culpa nos episódios que o levaram à perca do mandato que
lhe foi confiado por mais de 800 mil eleitores, exatamente porque já havia me
manifestado em solidariedade ao desabafo emocionado e plenamente justificável
da filha do engenheiro Delcidio Amaral.
Fico enojado
quando vejo a ingratidão aflorar com tanta facilidade nas atitudes de
“mamadores contumazes” que ontem enalteciam a elegância e bom gosto da esposa
do então poderoso senador e hoje só faltam se ajoelhar aos pés da atual
primeira dama do Estado, esposa daquele que mais se beneficiou do prestígio do
ex-líder do governo para trazer apoio aos seus prefeitos enquanto armava sua
candidatura, mesmo sabendo que nem o seu partido, o PSDB, muito menos o PT de
Dilma admitiriam a aliança apelidada na época de “chapa com cabeça de cobra e
corpo de jacaré”, que teria Delcidio governador e Reinaldo senador. O autor da
manobra, naturalmente traiu aquele que foi seu “parceiro de viagem” durante os
eventos da caravana do programa eleitoreiro “Enganando MS”, período
pré-eleitoral, quando “Del” e “Rei” se apresentavam de “mãozinhas dadas“ e
felizes da vida, perante um público que se surpreendia e era usado na
divulgação do projeto de um pacto político impossível.
Hoje esses
mesmos “mamadores” profissionais só se referem à atual Primeira Dama, como
“Fafá”, cujo nome é Fátima Azambuja, postando de amigos de infância. Lógico que
esposa do governador não tem a menor culpa por esta “desinteressada e gratuita
simpatia”.
Sorte
tiveram esses “baba ovos”, pelo fato do ex-senador não ter caído em um rio
caudaloso ou mesmo em uma piscina olímpica naquele período de gloria, pois se
isso ocorresse tais estrumes não teriam sobrevivido: morreriam afogados...
Um dos fatos
que motivou meu quase desabafo nesta oportunidade foi a maneira deselegante,
maldosa e aética como determinado órgão da imprensa local tratou o novo pedido
de licença da deputada Antonieta Amorim, ex primeira Dama da capital, por estar
se recuperando de complicada cirurgia, feita em hospital da capital paulista.
No lamentável texto é focado apenas “que a deputada investigada em operação da
Polícia Federal, entrou como novo pedido de licença médica” sem mencionar em
nenhum tópico da “notícia”, com certeza pautada por um ser mal-amado e de
péssima índole, qual era, naquele momento, o estado de saúde da parlamentar que
tem um histórico de grandes serviços prestados à população mais humilde de
Campo Grande.
O elemento que pautou esta matéria “jornalística”
teve, em tempos idos, a sua vida salva exatamente pelo pai dos filhos da
deputada, que é médico e estava com ele no momento em que este ser abominável
sofreu um mal estar, que foi diagnosticado como um AVC, sendo socorrido e
levado ao PRONCOR . Na verdade, não se sabe ao certo se foi a presteza com que
Nelsinho Trad atendeu o doente que impediu a sua passagem ou foi o Capeta que
se recusou a receber tal figura em seus domínios, temendo que a presença do
dito cujo no local poderia transformar o inferno em um lugar ainda mais
inabitável.
(*) o autor é jornalista. Foi
vereador, presidente da Câmara Municipal, prefeito de Campo Grande e deputado
estadual.
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