O
imbróglio criado com a prisão do senador Delcidio Amaral está sendo discutidos
por um ângulo que importa para os habitantes de Mato Grosso do Sul e para o
próprio Estado, uma vez que esta unidade componente da Federação vem sendo
penalizada com a ausência de um dos três parlamentares que REPRESENTAM O ESTADO
no Congresso Nacional, o que garante a igualdade representativa dos entes
federativos no Senado da República. Enquanto todos os Estados possuem três
representantes o nosso MS ficou com apenas dois durante 90 dias.
Com a
sua volta ao parlamento, apesar da afirmação do presidente Renan Calheiros de
que ele, o senador Delcidio, reassumirá o cargo “em toda a sua plenitude”, é
claro que teremos um representante mais preocupado em se defender das pesadas
acusações que pesam sobre a sua cabeça do que cumprir com a missão que lhe foi
outorgada pelo eleitorado sul-mato-grossense.
Enquanto analisa se fará uso de uma delação premiada se renuncia ao mandato
para não perder os direitos políticos, o Estado estará acéfalo em sua
representatividade, em desigualdade com os demais Estados brasileiros.
O
correto seria a imediata convocação do suplente Pedro Chaves dos Santos para
prosseguir, ao lado do senador Waldemir Moka e da senadora Simone Tebet com o
trabalho que vinha sendo exercido pelo titular que, não se pode negar, foi
responsável pela aprovação de muitos pleitos do Governo de Mato Grosso do Sul
no âmbito federal beneficiando grandemente as ações do governo Estadual.
O que
se discute hoje na mídia e nas redes sociais é se ele será expulso do PT, do
qual ainda é líder no Senado, se vai poder participar das sessões noturnas uma
vez que está cumprindo prisão domiciliar e poucos atentaram para o fato de que
o maior prejudicado pela prisão do senador “de todos” é sem dúvidas o Estado de
Mato Grosso do sul e até por uma questão de lógica não admissível termos um
presidiário nos representando.
Falam
muito no “constrangimento” dos colegas senadores quando Delcídio reassumir o
cargo, mas ninguém ´fala do nosso constrangimento, vergonha mesmo, de ter um
dos mais expressivos políticos do Estado preso, mesmo que em prisão domiciliar.
Que
acordem os responsáveis pela situação e provoquem a convocação do suplente
Pedro Chaves dos Santos, caso contrário fica a impressão de que o suplente
eleito junto com o titular só assume o cargo se o dono do mandato vier a óbito
ou se fizer um “acerto” com o “companheiro”.
#PEDROCHAVESSENADORJÁ
(*) O autor é jornalista e foi vereador, presidente da Câmara Municipal,
prefeito de Campo Grande e deputado Estadual.
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