VALDIR
CARDOSO/
Decepcionado com tudo que aconteceu
na Capital e no Estado a partir das eleições de 2012, quando o desejo de “mudança”
jogou Campo Grande em uma situação vexatória diante dos conflitos generalizados
entre o Executivo e o Legislativo, com os dois lados jogando sujo para levar
vantagens pessoais, sem se preocuparem com o bem comum (da cidade e seus
habitantes) e na eleição de 2014 elegeu, por exclusão, o ex-prefeito de
Maracaju Reinaldo Azambuja da Silva que chegou ao comando do Estado destilando ódio
contra tudo e contra todos visando implantar um programa de governo para os
próximos 20 anos, perseguindo adversários e beneficiando empresas poderosas com
uma absurda renúncia fiscal (caso JBS) e aumentando impostos até de gêneros de
primeiras necessidades , contrariando desta forma sua pregação de campanha que
começou como candidato ao senado na chapa que seria encabeçada pelo petista
Delcidio Amaral, o eleitor sul-mato-grossense não está aceitando a conversa
mole de que “é preciso mudar e renovar”.
As campanhas mentirosas de
renovação e mudança trouxeram prejuízos irrecuperáveis para Campo Grande com as
duas “administrações” que sucederam ao ex-prefeito Nelson Trad Filho, e no
Estado está flagrante a incompetência dos atuais gestores que estão “nadando de
braçadas” porque tem como respaldo uma Assembleia legislativa submissa e
fisiológica, batendo o recorde do fisiologismo histórico do poder e com o
beneplácito de outros poderes constituídos e notoriamente funcionando como apêndice
do Executivo comandado por um “reizinho aculturado” e assessorado por uma
cambada de analfabetos políticos que se consideram “a última bolachinha do
pacote”e vivem sonhando em galgar postos mais altos através da “força do
governo” como se fossem donos dos cofres públicos usando inclusive de uma falsa
política de transparência eivada de inverdades publicação de dados falsos em
balancetes.
O “esporte preferido” dos incautos
gestores do estado é jogar a culpa no governo anterior, publicando balancetes
falsos nos quais deturpam até os valores deixados em caixa, bem como
paralisando obras importantes e espalhando o pânico entre fornecedores e
funcionalismo como se o estado estivesse falido, para logo em seguida pagar salários
altíssimos aos novos comissionados – que ganham até 70% a mais do que os
ocupantes dos mesmos cargos na administração passada, bem como aumentando
consideravelmente o número de “aspones” em várias secretarias, como é o caso da
Educação onde o número de ocupantes dos cargos de confiança praticamente
dobrou.
Diante do caos implantado na
Capital e no Estado o eleitor não está indo mais na conversa fiada dos novos “ renovadores
e mudancistas” que já estão aparecendo
com proposta mirabolantes para tapar os “buracos” na administração da capital e
do Estado, achando que as outras lideranças estão “mortas e sepultadas”, mas
este é um ledo engano, basta ver os nomes que lideram a corrida pela prefeitura
da Capital neste primeiro momento.
Ninguém quer ser surpreendido novamente
porque é notório que a recuperação das finanças da prefeitura da Capital,
espoliada nos últimos três anos só será possível com uma administração séria e
comandada por alguém com espírito de liderança e não aventureiros que se lançam
apenas para colocar seus nomes no “mercado do voto” e, lógico, levar vantagens
no futuro, mas, com certeza, “vão dar com os burros n’água”.
(*) O autor
é jornalista e foi vereador, presidente da Câmara municipal, prefeito de Campo
Grande e deputado estadual. Hoje, um eleitor comum preocupado com o futuro de
Campo Grande.
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