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Suel Ferranti, nascido em Nova Luzitânia, se fixou em Campo Grande. |
A total falta de convivência com os problemas de Campo Grande, fator que está presente na vida pública de alguns dos candidatos à prefeitura da Capital sul-mato-grossense, a mais cosmopolita cidade do Centro-Oeste brasileiro, pois, formada foi por imigrantes e migrantes de todas as regiões do país e do planeta, tem provocado cenas hilárias nos programas inseridos no horário eleitoral gratuito.
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Vander Loubet, deixou a sua Porto Murtinho para viver em Campo Grande. |
É um festival de candidato chorando (seriam lágrimas de crocodilo pantaneiro?), outros dizendo que deixaram Corumbá e vieram estudar em Campo Grande, cidade que oferecia melhores condições de vida, possuía ampla rede de ensino público, do 1º ao 3º graus, ou ainda porque estavam seguindo os passos do campo-grandense Jânio Quadros e tentavam chegar ao eldorado das terras de Piratininga. Outros simplesmente afirmam “eu sou campo-grandense, aqui nasci, estudei e ganhei o caminho da roça, prá cuidar dos meus boizinhos”.
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Reinaldo Azambuja, nasceu em Campo Grande e optou por Maracaju. |
Na verdade entre todos os prefeitos que governaram Campo Grande, a partir da redemocratização –em 1947 – uma ínfima parcela teve o privilégio de ter nascido na “Cidade Morena”. O primeiro foi um cuiabano, médico como André Puccinelli e Nelsinho Trad, Dr.Fernando Corrêa da Costa, que além de prefeito foi governador e senador do velho Mato Grosso.
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Edson Giroto, um que optou por Campo Grande. |
A saga dos “estrangeiros” continuou com a eleição de Ary Coelho- 1951/52 (de Baús, região de Paranaíba), Wilson Fadul -1952/55 (do Rio de Janeiro), Marcílio de Oliveira Lima -1955/59 (Nioaque), Wilson Barbosa Martins 1959/63(nascido em Rio Brilhante e registrado em Campo Grande), Antonio Mendes Canale -1963/67 (Miranda), Plínio Barbosa Martins 1967/1970 (Rio Brilhante), Antonio Mendes Canale - 1970/1973, Levy Dias -1973/77 e 1981/82- (Anastácio/Aquidauana), Marcelo Miranda -1977/80 (Uberaba/MG), Alberto Cubel Brull 1978- (Campo Grande) Albino Coimbra Filho -1980/81 (Rochedo), Leon Denizart Conte – 1981-(Bauru/SP), Valdir Pires Cardoso -1982- (Campo Grande), Heráclito José Diniz de Figueiredo -1982/83 – (Aracaju/Sergipe), Nely Elias Bacha -1983- (Corumbá), Ludio Martins Coelho – 1983/86 e 1989/1993 -(Rio Brilhante), Marilu Guimarães (em substituição ao titular/1990), Juvêncio Cesar da Fonseca –1986/1989 e 1993/1997 (Campo Grande), André Puccinelli – 1997/2005 (Viareggio/Itália) Nelson Trad Filho – 2005/2013).
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Marcelo Bluma, veio para estudar e fixou residência. |
Como se vê, poucos tiveram o privilégio – e privilégio não é virtude – de terem vindo ao mundo em solo campo-grandense, tanto é verdade que o local de nascimento da maioria dos postulantes à sucessão do prefeito Nelsinho Trad é fora do território campo-grandense.
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Alcides Bernal, corumbaense, também escolheu Campo Grande para morar. |
Marcelo Bluma (PV) e Alcides Bernal (PP) são corumbaenses, residindo há vários anos na capital; Vander Loubet (PT) é das barrancas do Rio Paraguai (Porto Murtinho), Sidney Melo (PSOL) é de Guarulhos, Edson Giroto- PMDB - (Oscar Bressane/SP) e está em Campo Grande há quase 20 anos, onde foi secretário de Obras em duas administrações, Suel Ferranti (PSTU) é de Nova Luzitânia/SP e apenas Reinaldo Azambuja – PSDB - nasceu em Campo Grande e se fez politicamente em Maracaju.
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Sidney Melo deixou Guarulhos, na Grande São Paulo, e veio muito novo para MS. |
Na verdade o que exige de um postulante ao cargo de prefeito de uma cidade não é a sua origem, mas sim se ele tem serviços prestados à terra que escolheu para ser “a sua cidade”. Cabe ao eleitor ver a história de cada um.
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