Valdir Cardoso (*)
Não nos é permitido aceitar como legítimas as alegações de que as denúncias sobre escabrosas ações que teriam sido praticadas pelo postulante à sucessão do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) no comando da Prefeitura de Campo Grande, deputado Alcides Bernal, acusado de estelionato, lavagem de dinheiro, agiotagem e sonegação fiscal, sejam debitadas como parte de uma campanha que visa atingir a honra do candidato do PP.
Creio firmemente que o campo-grandense escolherá aquele que apresenta as melhores condições de governar a cidade, |
Neste momento em que o STF vem condenando os quadrilheiros envolvidos no vergonhoso episódio do “Mensalão”, quando o governo do presidente Lula comprava apoio parlamentar, alimentando integrantes da base aliada com elevadas somas desviadas dos cofres públicos, é necessário que o eleitor campo-grandense analise com atenção estas denúncias, pois será escolhido aquele que vai administrar um orçamento superior a R$ 2.000.000.000,00 (Dois bilhões de reais) e que é envolvido em uma tentativa de se apropriar de pouco mais de 100 mil reais poderá fazer um estrago muito grande ao ser galgado à condição de gestor de uma soma tão grande quanto à do orçamento da nossa cidade.
Isto é muito preocupante, porém creio firmemente que o campo-grandense escolherá aquele que apresenta as melhores condições de governar a cidade, como sempre fez, elegendo prefeitos do porte de um Plínio Barbosa Martins, Ludio Coelho, Wilson Fadul, Antonio Mendes Canale, Levy Dias, André Puccinelli, Nelsinho Trad e tantos outros, não irá agora “negar fogo”, permitindo que um populista transvestido de “defensor do povo” assuma o cargo máximo da administração municipal.
Dizer que este assunto só agora veio à tona ocorreu porque o senhor Alcides Bernal é candidato a prefeito pode até ser parte de uma verdade, pois a partir do momento em que o cidadão se dispõe a administrar uma cidade com quase um milhão de habitantes e um gordo orçamento, ele passa a ser observado, passa a ser, de fato, uma figura pública e seus passos, principalmente os em falso, são acompanhados por todos. Um exemplo: se o cidadão Alcides Jesus Peralta Bernal tentasse se apropriar de R$ 100 mil de uma cooperativa de trabalhadores e não ele candidato a prefeito de Campo Grande, o máximo que sairia na imprensa seria uma “materinha” no rodapé da página policial com o seguinte texto: O advogado AJPB teria tentado se apropriar de dinheiro de uma Cooperativa. “O caso está sendo investigado”. E só,mas como ele é postulante ao cargo de prefeito de Campo Grande o assunto ganha uma repercussão maior.
O ALERTA DE UM HOMEM DE BEM: ABILIO LEITE DE BARROS
Depois de deixar a sua Corumbá, membro de tradicional família pantaneira, o advogado, escritor e produtor rural ABILIO LEITE DE BARROS (este nome tem que ser grafado com letras maiúsculas mesmo), fixou residência em Campo Grande no final dos anos 50, onde foi secretário de Educação da administração Plínio Barbosa Martins (1966/1970), publica nesta data um vigoroso artigo no jornal CORREIO DO ESTADO, escrito antes da divulgação das denúncias contra Alcides Peralta Bernal, fazendo um duro alerta aos eleitores da cidade que ele escolheu para residir em companhia da esposa professora Carolina Leite de Barros. Ele, grande escritor que é, deve ter sido inspirado por uma força divina para colocar tão claramente sua opinião já revelada em outros escritos.
Dr. Abílio Leite de Barros inicia o seu artigo, sob o título “O VOTO PUNITIVO”, com a seguinte frase: “Não vote em ladrão! Corrupção é roubo e o ladrão precisa ser punido”, afirmando mais à frente que não é possível esperar o julgamento final de uma investigação através da justiça, ele faz uma proposta: “Proponho aos companheiros, nesta campanha punitiva, que nos guiemos por indícios ou simples suspeitas”.
Como seria bom que todos os eleitores de Campo Grande tivessem acesso ao texto primoroso do Dr. Abílio Leite de Barros. Seja um privilegiado e abra o Correio e veja o artigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário