Valdir Cardoso(*)
Nos primeiros anos de formado a vida não era nada
fácil, pois muitas vezes se deslocava para cidades do interiorzão, quase sempre
em companhia dos seus contemporâneos Juvêncio Cesar da Fonseca e Amantino
Soares Rocha, dividindo um mesmo veículo e as despesas de viagem. Sendo um
petebista histórico, nascido em 30 de outubro de 1930 na cidade de Aquidauana,
filho do comerciante libanês Assaf Trad e Margarida Maksoud Trad, já no seu
tempo de jovem estudante pobre no Rio de Janeiro começou a se destacar no
movimento estudantil chegando à Presidência da União Mato-grossense de
Estudantes no Rio de Janeiro, entidade com grande força na UNE devido ao grande
número de estudantes do velho estado que frequentavam os cursos superiores na
Cidade Maravilhosa, ex-sede do Governo Central.
E foi no Rio de Janeiro que ele conviveu e liderou
um grupo de jovens mato-grossenses, muitos dos quais divergiam politicamente,
mas formavam uma comunidade unida no objetivo de adquirir conhecimentos em suas
áreas de atuação para posteriormente retornarem à terra natal e tirá-la do
atraso ao qual parecia estar condenada. Dentre os seus companheiros da época
muitos se destacaram na magistratura, dentre eles o saudoso desembargador
Nelson Fontoura, e na política partidária como o ex-deputado estadual, federal
e senador da República e líder udenista Ruben Figueiró de Oliveira, hoje
filiado ao PSDB, sendo inclusive o seu presidente de honra. A amizade entre os
três foi tão forte que o então suplente de senador tucano escreveu no jornal
Correio do Estado um artigo carregado de emoção e boas lembranças quando do
falecimento do seu amigo Nelson Trad, sob o título de "ÉRAMOS TRÊS",
se referindo a Fontoura, Trad e ele. Com certeza, Ruben Figueiró não comunga
com as baixarias praticadas por marqueteiros oriundos das Alterosas,que não
conhecem a nossa história e não respeitam as famílias que impulsionaram o
desenvolvimento do nosso estado, mesmo fora da atividade política, e estes
alienígenas são alimentado$ pelo governador Azambuja e seus colaboradores,
dentre os quais um forasteiro chamado de Sérgio Di Paula.
Acusar a família Trad de formar uma oligarquia é uma
imbecilidade completa, até porque devem estar criando uma oligarquia através do
voto, da eleição livre onde é manifestada a vontade da maioria da
população.
Oligarquia se cria com a formação de grupo que tenta
dominar todos os órgãos do poder público, adquirindo apoio dos adversários,
oferecendo vagas no partido atualmente no governo para elementos com ficha prá
lá de suja, como é o caso do prefeito eleito em Corumbá que abandonou o
complicado PT e se agasalhou na agremiação tucana e fazer uma campanha
milionária apoiada pela máquina do governo estadual,
Os candidatos a coronéis não permitem que tenham oposição
ao seu projeto megalomaníaco de poder e não medem esforços para atingir seus
objetivos insanos. Fazem acusações contra o candidato Marquinhos Trad, que
lidera as pesquisas na sucessão da Capital, sem nenhuma prova concreta e feitas
por elemento sem nenhuma credibilidade, o ex comunista e ex-suplente de
vereador Athayde Nery, que funcionou na campanha como uma muleta do projeto que
visa manter o atual grupo no poder até o ano de 2034, possivelmente para manter
as renúncias fiscais ao grupo JBS que investiu mais de R$ 10 milhões de Reais
na campanha do governador Reinaldo Azambuja, que em menos de seis meses à
frente do poder concedeu uma RENÚNCIA FISCAL ao JBS/FRIBOI com a desculpa
de que visava a criação de mais empregos. Pura mentira dos candidatos a
ditadores: com a renúncia fiscal foram fechados vários frigoríficos menores que
não agüentaram a concorrência com o poderoso grupo parceiro do governador e até
hoje não foi criado nenhum novo emprego no setor.
Falar que Campo Grande "não pode errar de novo" é
fácil mas se houve erros o PSDB foi o principal artífice da eleição do atual
prefeito e também o principal articulador da cassação de Alcides Bernal, que
deixa a prefeitura sem ter conseguido administrar com tranqüilidade.
Esta é primeira participação efetiva da minha parte em relação a
este segundo turno e minha opinião pode até ser considerada parcial dada a minha
amizade com a família Trad, desde a época do cônsul Assaf Trad com todos os
seus filhos Nelson, Marcelo, Norma e Ricardo. Além mais fui vice-líder do Dr.
Nelson na Assembléia Legislativa e vereador ao lado de Ricardo por seis anos na
Câmara da capital. Campo Grande não vai errar e eu não vou me omitir.
(*) o autor é
jornalista e foi vereador, presidente da Câmara Municipal, prefeito de Campo
Grande e deputado estadual.
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