Valdir Cardoso (*)
Inúmeras vezes postei em tom de deboche ou brincando com amigos e parentes residentes em Dourados, que a segunda cidade mais importante do Estado tinha um eleitorado muito estranho, que “não sabia escolher o melhor candidato a prefeito em seguidas eleições, culminando com a eleição do populista Ary Artuzi, já falecido e que foi um verdadeiro desastre para a cidade.
Inúmeras vezes postei em tom de deboche ou brincando com amigos e parentes residentes em Dourados, que a segunda cidade mais importante do Estado tinha um eleitorado muito estranho, que “não sabia escolher o melhor candidato a prefeito em seguidas eleições, culminando com a eleição do populista Ary Artuzi, já falecido e que foi um verdadeiro desastre para a cidade.
Só parei com
a brincadeira, após a eleição do prefeito MURILO ZAUITH, que recolocou a cidade
nos eixos, reconquistando a credibilidade para a instituição PREFEITURA.
Pode até ser que termine o seu mandato em janeiro do próximo ano com um nível
de aprovação popular até certo ponto abaixo da média, mas deixará uma cidade em condições de ser governada com
tranquilidade por aquele ou aquela que receber o voto do hoje sábio eleitor
douradense. Chance de acertar não vai faltar, pois pelos nomes que vi sendo
cogitados dá para ter esperança, pois tais citações nos trazem os nomes de
Geraldo Resende, deputado federal; Délia Razuk ,vereadora; deputados estaduais
José Carlos Barbosa e Renato Câmara, pessoas capacitadas e com larga folha de
serviços prestados ao nosso MS. O interessante seria que estes bons nomes se unissem para
impedir que alguém de fora, que não cumpre compromisso, vá buscar no fundo do
poço um nome com uma extensa “capivara” e condenações judiciais para
restabelecer anarquia e a desorganização na administração da prefeitura de
Dourados.
Devo lembrar
ainda que quando fazia a brincadeira de mau gosto com meus amigos douradenses,
logo após o “golpe do grupo do pastor Olarte em Campo Grande, algo que me fez
parar com provocação foi quando um velho amigo da região me mandou uma mensagem
in box no meu Face book, dizendo: “Acorda, Valdirzinho, pior estão vocês da
“capitar” que não sabem escolher nem vice prefeito”. Botei a “viola no saco” e
fui cantar em outro lugar... bem longe.
Para me
defender e justificar minha opinião, fazia sempre referências aos prefeitos eleitos ou nomeados para administrar
Campo Grande e que deixaram importantes obras sem jogar o nome da cidade no
lixo, começando lá em 1947, quando a “Capital Econômica do Mato Grosso”, a
nossa Campo Grande elegeu o seu primeiro mandatário, após a redemocratização,
na pessoa do médico udenista humanitário FERNANDO CORRÊA DA COSTA, e nas
eleições seguintes (1950) quando escolheu outro médico, adversário do
“Fernandão”, que foi ARY COELHO DE OLIVEIRA, que, assassinado em Cuiabá, não
teve tempo de concluir o seu trabalho, sendo o seu sucessor escolhido em
eleição para completar o mandato, quando foi eleito pela coligação PSD/PTB o
médico e oficial da Aeronáutica que foi o Dr. WILSON FADUL, que administrou a
cidade até janeiro de 1955, posteriormente se elegeu deputado Federal e foi
ministro da Saúde no Governo João Goulart. Na prefeitura, Fadul foi substituído
pelo udenista, também médico, MARCILIO DE OLIVEIRA LIMA , O “prefeito
Risadinha”, que elegeu o seu sucessor WILSON BARBOSA MARTINS em1958,sendo
sucedido pelo contabilista e advogado e contador ANTONIO MENDES CANALE, do
PSD,em 1962, que administrou a cidade até janeiro de 1967, quando assumiu o
primeiro prefeito eleito pelo MDB, Dr. PLÍNIO BARBOSA MARTINS, que governou por
apenas três anos (janeiro de 67 a janeiro de 1970), quando ANTONIO MENDES
CANALE, pela legenda da Arena, voltou ao cargo.
Poderia
parar por aqui, mas se tornou impossível, pois CANALE foi substituído pelo
jovem LEVY DIAS (Arena) (jan/73) que passou o bastão para o seu então
correligionário MARCELO MIRANDA SOARES, que governou apenas dois anos (77/79)
quando renunciou ao mandato para assumir o governo do Estado em substituição ao
governador nomeado Harry Amorim Costa. Assumiu o presidente da Câmara , ALBINO
COIMBRA FILHO, que posteriormente foi nomeado, renunciando o mandato de
vereador, mas perdeu o cargo com a posse do engenheiro PEDRO PEDROSSIAN no
comando do Estado. Depois de um período de sucessivas trocas de prefeitos, com
a passagem como interinos (o presidente da Câmara passou a ser o primeiro na
linha sucessória, pois o vice ALBERTO CUBEL BRUL, havia sido eleito deputado
estadual. Neste período os vereadores que assumiram o cargo de prefeito foram
LEON DENIZART CONTE (1980), substituído por LEVY DIAS (nomeado) que deixou o
cargo em 1982 quando ,como presidente da Câmara, assumi até 12 de maio/82 deixei o cargo para
disputar a eleição de deputado estadual, sendo o mais votado do meu partido na
Capital sul-mato-grossense, com o governador PEDRO PEDROSSIAN nomeando o
engenheiro HERÁCLITO JOSÉ DINIZ DE FIGUEIREDO, que governou por quase um ano e
passou o cargo para a vereadora NELLY ELIAS BACHA (Fev/83), que foi substituída
pelo pecuarista LUDIO MARTINS COELHO,nomeado pelo governador WILSON BARBOSA
MARTINS. Com o retorno das eleições diretas para prefeito das capitais e
cidades da área de Segurança Nacional (municípios da fronteira) Campo Grande elegeu
o advogado egresso do Ministério público, JUVÊNCIO CESAR DAFONSECA,PMDB) que
foi o primeiro campo-grandense a assumir o cargo de prefeito da cidade, isto em
1985, sendo substituído , através de eleição direta, pelo sr. LÚDIOCOELHO
(PTB)(1988), que tinha como vice a jornalista MARILU GUIMARÃES. Em 1992
JUVÊNCIO CESARDA FONSECA (PMDB/PDS) volta ao comando da prefeitura, tendo como
vice o engenheiro HERÁCLITO JOSÉ DINIZ DE FIGUEIREDO. A partir daí começou o
domínio do PMDB na administração da capital, com a eleição e reeleição de do
médico ANDRÉ PUCCINELLI (1997/2005), quando passou o “bastão” para o seu pupilo
NELSINHO TRAD (2005/2013), que passou o comando da cidade ao advogado e
jornalista ALCIDES DE JESUS BERNAL, que escolheu como “companheiro” de chapa o
cantor e pastor evangélico gilmar
olarte, que golpeou o companheiro de partido(PP) e implantou a desorganização e
a pilantragem na prefeitura da nossa “Cidade Morena”. Bernal voltou ao cargo,
por força de uma liminar concedida depois de passar mais de um ano fora do
cargo para o qual foi eleito, voltando sem força e tempo para recolocar Campo
Grande nos eixos.
O outro
PREFEITO que não pode ser esquecido aqui é aquele que muito fez por Campo
Grande sem nunca ter sido o chefe do executivo municipal: É comum a gente ouvir
aqui em de gente do povo uma afirmação do tanto que alguns prefeitos são
lembrados pela população: “SE RETIRAREM AS OBRAS DE PEDROSSIAN E O QUE FOI
CONSTRUÍDO NO PERÍODO PÓS 1992 até início de 2013 PELOS PREFEITOS ELEITOS,CAMPO
GRANDE VOLTA SER UMA CURRUTELA”.”. Faz sentido.
(*) O autor
é jornalista e foi vereador por dois mandatos consecutivos, presidente da
Câmara Municipal, prefeito de Campo Grande e deputado estadual.
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