ARTIGO/
* R. Ney Magalhães
A Coluna Bate-Rebate do jornalista Cícero Faria divulgou
as jóias filosóficas deste primeiro ano do governador do MS, que afirmou como as
coisas mais difíceis de fazer são “segurar muro que está caindo, beijar mulher
andando e falar para quem está com fome”. Um papo furado que só comprova e
antecipa a incapacidade administrativa de quem vai gerir os destinos do MS nos
próximos três anos.
Nós produtores rurais que no decorrer dos últimos tempos,
com oito anos de Zeca do PT e mais oito do Pucinelli do PMDB, dois partidos
aliados nacionalmente e sucateando o que existia em estradas de produção,
extinguindo o DERSUL - Departamento de Estradas de Rodagem MS e apenas remendando
pontes de madeira, nos deixou ilhados e paralisou nossas atividades.
SEM ESTRADAS não se Governa e Sem DERSUL não se conservam
Estradas de produção.
As chuvas foram torrenciais e fora do normal, no entanto
neste caso de estradas de terra, se estivessem conservadas com seus
tradicionais aterros abaulados, com o devido cascalho e com os bueiros limpos,
o trafego não seria interrompido e os prejuízos minimizados. Porem, nos últimos
tempos, SEM DERSUL, não existe nenhum serviço de manutenção dessas Rodovias
pomposamente rotuladas MS, mas conhecidas pelos usuários como “enxurradas
estaduais”.
E por falar em enxurradas naturalmente me vêm à memória a
MS 485 e a MS 486 os dois caminhos usuais com grande fluxo de trafego do vale
do Rio Amambai, região produtiva em agricultura mecanizada e bovinocultura de
corte, interligando os asfaltos de Amambaí para Aral Moreira, Amambaí x
Sapucaia e servindo as micro regiões do Guassuty, Rincão dos Matosos, Escola
Agricola, entroncamentos que unem os grandes Armazens/Silos da COAMO. LAR,
Malacarne e Rio Verde e ainda Sperafico nas proximidades de Amambai. Só não
enxerga quem não tem a visão administrativa regional. Nos últimos vinte anos as
estatísticas do fluxo de cargas sumiram desta área e de todo o MS.
Apesar do badalado estado de emergência os governantes
municipais acredito que possam atender apenas a Zona Urbana e SEM DERSUL
Regional o Governador é um mero espectador mal informado.
“Mato Grosso do Sul deve ser o único Estado da Federação
sem um DER, e assim o filosofo de Maracaju poderia acrescentar em sua agenda
que sem um Departamento de Estradas também não é possível governar”.
E o FUNDERSUL senhor Governador, para onde está sendo
desviado o dinheiro desse Imposto indevido, cruel, arbitrário e causador de inflação
no preço dos alimentos?
Quando foi criado tinha a única finalidade de construir e
conservar estradas.
Não desviando o foco da questão, até durante as
comemorações do Natal um dos maiores agricultores do Vale do São João a região
de maior produção e produtividade de Ponta Porã me perguntava por que a Rodovia
Estadual de Terra que parte do antigo Posto Monza e alcança a BR na Capeí não é
asfaltada ou pelo menos aterrada e encascalhada !
Uma pergunta que pode ter diferentes respostas.
Filosofando também, poderíamos sugerir ao Governador que
sem representação política competente ou interessada no desenvolvimento
regional e sem uma tradicional Residência Regional do DER ou DERSUL, S.Excia.
não está recebendo as informações e nem pode ter a visão necessária para
determinar as prioridades de suas ações.
Todos os demais Estados da Federação têm nessas
Residências o Engenheiro Regional Residente, que se torna profundo conhecedor
dos gargalos funcionais a serem priorizados.
A pavimentação destes trinta e três quilômetros evitaria
também o trânsito de mais de 70 % do trânsito de caminhões pelas ruas de Ponta
Porã. Se Deus quiser eu volto em 2016.
ESTE É O ARTIGO DO TRADICIONAL PRODUTOR RURAL DA FRONTEIRA, RAMÃO NEY MAGALHÃES, FUNDADOR DA FAMASUL AO LADO DO SAUDOSO SYLVIO MENDES AMADO. AOS 80 ANOS, NEY CONTINUA NA ATIVA.
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