(*) Valdir Cardoso
Ao conseguir a aprovação da Câmara de Vereadores para contratar
empréstimo de R$ 420.000.000,00 (Quatrocentos e vinte milhões de Reais), processo
iniciado na administração do seu antecessor N. Trad Filho, o prefeito “Alcides PP11
Bernal "As Pessoas em Primeiro Lugar”, jogou por terra todas as críticas e
acusações que fez contra as administrações de André Puccinelli e Trad Filho,
quando ao assumir, sem ter conhecimento da real situação financeira da
Prefeitura de Campo Grande ao afirmar que recebia um município praticamente
quebrado e sem dinheiro em caixa.
Prefeitura que tem mais de 600 milhões de Reais em Caixa e
CAPACIDADE DE ENDIVIDAMENTO para pleitear empréstimos de quase Quinhentos
Milhões para aplicar em obras de infraestrutura e mobilidade urbana não pode de
forma alguma ser incluída no rol dos municípios com problemas financeiros e
dificuldades para o sucessor governar.
O prefeito Alcides Bernal não desceu do palanque até
porque ainda não “caiu a ficha” de que ele foi eleito para suceder dois
prefeitos que, nos últimos 16 anos, transformaram Campo Grande em uma cidade
boa para se viver, porém com problemas iguais aos das demais metrópoles do
País, principalmente nas áreas de saúde e transportes.
Dizer que seus antecessores foram maus administradores é uma
heresia, para não dizer uma demagogia descarada e uma mentira deslavada que não
aguenta qualquer tipo de questionamento.
Nem os detratores de André Puccinelli e N. Trad Filho,
dentre os quais eu me incluo, principalmente em relação ao antecessor de
Bernal, podem admitir que a Capital Sul mato-grossense fosse mal administrada e
muito menos dizer que não recebeu grande apoio do Governo Federal nos governos
de Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Bernal, que não desce do palanque, quer plantar na cabeça do
povo que ele está sendo prejudicado pelas administrações anteriores, pela Câmara
de Vereadores e até pela sombra do N. Trad Filho, mas na verdade está atrapalhado
pela fragilidade da sua equipe de governo, formada na maioria por figuras
inexpressivas e sem conhecimento técnico, com raras exceções (Chadid, Semy
Ferraz e Santini), que – não se sabe se por ordem do prefeito ou por decisão
própria – que emperram a máquina pública, transformando o slogan da
administração “AS PESSOAS EM PRIMEIRO LUGAR” para “A GENTE EM PRIMEIRO LUGAR”, como
se fossem donos do mundo e não devessem satisfação aos munícipes que pagam seus
impostos e garantem os seus salários.
Neste momento Campo Grande precisa de uma administração que
não atrapalhe o seu crescimento quer por incompetência, quer por desejo de enxovalhar
as administrações anteriores. ACORDA BERNAL!
(*) O autor é
jornalista e foi vereador, deputado estadual, presidente da Câmara de
Vereadores da Capital e prefeito de Campo Grande. É diretor do Site
www.ojornalms.com.br
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