Aluguel anual de 10 eletrocardiogramas e 6 ultrassons, que juntos custam R$ 700 mil, sairá por R$ 2.100 milhões.
Valdir Cardoso (*)
Sob o título “SAMU aluga aparelhos por valor 3 vezes maior
que o de aquisição”, o jornal Correio do Estado, em reportagem de elevado
interesse público e assinada pela jornalista Gabriela Couto, denunciou mais uma
possível malversação dos recursos públicos, como já aconteceu no passado,
mostrando porque o setor de Saúde, mesmo com grandes recursos orçamentários é o
foco das principais reclamações da população sul-mato-grossense.
A principal causa do cáos na saúde pública está, sem sobras
de dúvidas na malversação dos recursos disponíveis e nas fraudes praticadas
pelos gestores que não fazem de graça, pois enriquecem desviando dinheiro que
deveria ser aplicado com responsabilidade e em benefício da população que pagam
seus impostos e taxas e não tem um retorno adequado.
De acordo com o levantamento minucioso feita pela
jornalista, a administração do prefeito Pr. Gilmar Olarte vai pagar à empresa
HBR MEDICAL Equipamentos Hospitalares “para alugar, durante um ano, seis
ultrassons portáteis e dez conjuntos de eletrocardiogramas” e se destina ao Serviço de Atendimento Movel de Urgência -SAMU-.
Segundo o levantamento, com o valor que a Prefeitura vai
desembolsar para a empresa HBR MEDICAL (R$ 2.153.400,00, Dois Milhões, cento e
cinquenta e três mil e quatrocentos reais) daria para adquirir três vezes a
mesma quantidade de equipamentos, que custam no mercado em torno R$ 700.000,00
(Setecentos Mil Reais).
O secretário de Saúde, vereador licenciado Jamal Salem, se
declarou “surpreso” chegando a afirmar que “Não pode ser tudo isso. Tem alguma
coisa errada no Edital”, enquanto a assessoria de comunicação da SESAU não
permitiu o acesso dos jornalistas ao contrato com a empresa beneficiada.
EM DEFESA DO ABSURDO
Somente o médico Eduardo Cury, coordenador do SAMU na
capital, e o diretor da HBR Medical defendem o aluguel dos equipamentos, com
desculpas pouco convincentes, alegando que necessário investir para melhor o
atendimento. Tudo bem, investir é preciso, mas sem malversação do dinheiro público.
OLARTE NÃO SABE DE NADA
Mais preocupado em regar a imprensa provinciana de campo
Grande com elevados recursos do tesouro municipal e, ao mesmo tempo “cortando
desspesas” com a eliminação do planatões médicos, e ainda “se virando nos 30” para
atender sua “basae de apoio” na Câmara de Vereadores e fazendo o possível para
não demitir os “irmãos pastores” que ocupam mais de 50 cargos em comissão na
estrutura da Prefeitura, o prefeito Gilmar Olarte não se manifestou, até porque
– pasmem- “não sabia de nada”.
ALÔ VEREADORES, ALÔ MINISTÉRIO PÚBLICO
Diante da irresponsabilidade apontada na conduta dos
gestores municipais, só resta a esperança de que alguns vereadores assuma esta
briga em defesa da saúde pública que pode estar sendo lesada em benefício SSUMAM
ESTA BRIGA EM DEFESA DA Saúde e que o Ministério Público Estadual e o Federal
também, porque deve ter recurso do governo da União nesta possível malversação
do dinheiro público, inclusive com o pedido de quebra do sigilo bancário dos
persogens envolvidos, caso sejam encontrados indícios de corrupção passiva por
parte de servidores e ativa por parte de empresários.
Não custa nada uma boa investigação para esclarecer os fatos
que manccha ainda mais a já péssimna reputação dos ddirigentes municipais.
(*) O autor foi vereador por dois mandatos, prefeito de
Campo Grande, chefe de Gabinete da Secretaria de Estado da Saúde e sub-chefe da
Casa Civil do Governo de Pedro Pedrossian. É jornalista há mais de 40 anos.
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