Valdir Cardoso (*)
Está mais fácil os cinco
vereadores que são acusados de “suposta” compra de votos perderem os
mandatos do que o prefeito Alcides Bernal , de Campo Grande, ser
cassado pela Câmara de Vereadores. Esta é a opinião de analistas
isentos, que não são contra nem a favor do prefeito, pois tudo leva a
crer que os nossos “operosos” vereadores estão querendo apenas aparecer
na mídia, mais especificamente na disputadíssima página 3 do jornal
Correio do Estado, cujo passaporte para ser destacado em manchete é
“fingir” que está trabalhando pelo município e não querer de forma
alguma um “acerto com o prefeito”.
Prefeito Alcides Bernal: Foto/Reprodução
Se os cinco vereadores forem
mesmo cassados pela Justiça Eleitoral, o prefeito Alcides Bernal,
acusado de uma série de improbidades administrativas e comportamento não
condizente com o cargo que ocupa, terá mais facilidade para montar a
sua base de apoio, pois tomarão posse suplentes que foram REJEITADOS nas
urnas e sem muito compromisso com o eleitor.
Na verdade, o
prefeito precisa de apenas 10 votos para impedir que a “oposição” não
consiga os 2/3 para decretar a cassação do seu mandato e o consequente
afastamento do cargo. Se hoje conta com o apoio de pelo menos sete
vereadores, Bernal não terá nenhuma dificuldade em recrutar mais três
vereadores ávidos para se aproximar do poder executivo e desfrutar das
benesses que só alcaide pode lhes oferecer.
Na verdade, há um bom
(bom?) grupo de vereadores disposto a “sentar no colo” do “paraguaio
enlouquecido” e surfar nas mordomias que hoje só prefeito desfruta, como
por exemplo, viajar para São Paulo “a serviço” e curtir com assessora e
dar um rolê pela Paulicéia desvairada, cheia de atrativos para oferecer
a prefeitos interioranos que buscam “momentos de privacidade” entre os
milhões de habitantes da grande São Paulo, principalmente quando se
trata de gestores que comandam cidades bem estruturadas e que possuem
muito recurso no cofre.
Enquanto os vereadores fazem esse joguinho de
cena, a cidade continua com a sua administração atravancada pela
incompetência de um secretariado inexperiente e “catado a laço” e um
prefeito que “surtou” assim que foi confirmada a sua vitória nas urnas
em 2012.
Desta forma os campo-grandenses continuarão vendo o
prefeito rir das palhaças dos vereadores que fazem “biquinho” para dizer
que “bravinhos” com o prefeito e, por baixo do pano, dão indícios de
que desejam mesmo e fazer parte do grupo que se beneficia das falcatruas
já denunciadas com contratações emergenciais para prestação de serviços
à municipalidade.
É preciso que seja dito: “não há virgens nesta zona”. Todos são culpados, até prova em Contrário.
Na
verdade, enquanto a justiça e a própria população não tomarem atitudes
contra os dois lados, a bandalheira vai continuar e o prefeito poderá
navegar em águas tranquilas, porém águas que formam um verdadeiro mar de
lama.
E assim caminha a nossa Campo Grande, que nos últimos 10
anos melhorou a condição de vida da sua população, mas que poderá
regredir muito em apenas um ano, o seu Índice de Desenvolvimento Humano
–IDH – se a anarquia comandada pelo prefeito e respaldada pelos nobres
edis continuar.
Oremos, pois, para que tudo seja resolvido.
(*) O autor foi vereador, presidente da Câmara Municipal, prefeito de Campo Grande e deputado estadual. É diretor do site www.ojornalms.com.br
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