Com a decisão do PMDB de acatar os resultados das pesquisas
qualitativa e quantitativa encomendadas com o objetivo de optar por um dos três
nomes que disputavam a indicação do candidato que terá o apoio do governador
André Puccinelli e do prefeito Nelson Trad Filho, o engenheiro Edson Giroto é o
sétimo nome entre os postulantes para a disputa da sucessão municipal em Campo Grande.
Nelson Trad Filho e Edson Giroto (Foto: Reprodução)
O pré-candidato peemedebista foi o deputado federal mais
votado no pleito de 2010 e é um profundo conhecedor dos problemas de Campo
Grande e tem a seu favor o fato de ter bom trânsito em Brasília, onde sempre
assessorou o governador André Puccinelli e o prefeito Nelson Trad Filho no
acompanhamento dos projetos encaminhados aos Ministérios.
Os outros prováveis candidatos à sucessão do peemedebista
Nelson Trad Filho são os deputados federais Reinaldo Azambuja (PSDB), Vander
Loubet (PT), o deputado Alcides Bernal (PP), o empresário Antonio João Hugo
Rodrigues (PSD), o dentista Elizeu Amarilha (PSDC) , o vereador Athayde Nery
(PPS) e o ex-deputado Federal Dagoberto Nogueira (PDT), tornando o pleito da
Capital mais interessante diante de tantas opções o que, também, aponta a
possibilidade da disputa ser levada para o segundo turno, como ocorreu pela
última vez em 1996, quando o governador André Puccinelli derrotou o José
Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, por uma pequena margem de votos.
Entre os analistas políticos é quase consenso que o número de postulantes, no
“frigir dos ovos”, na hora de saber “quem tem garrafas pra trocar” o número de concorrentes
será reduzido em pelo menos três, pois entre os pré-lançados, suspeita-se que
haja alguns colocando o nome apenas para “valorizar o passe”. O problema é que
“pé duro” quando é escalado para entrar em campo o faz de maneira bisonha, com
fraco desempenho o que os inabilitam para conseguir “contrato$” futuros.
Conhecendo bem a política local o governador tenta
arrebanhar para o palanque do peemedebista Edson Giroto o apoio de pequenos partidos
bem estruturados na capital como é o caso do PSL, cujos dirigentes estadual e
municipal, respectivamente, Alceu Bueno e Nonato de Carvalho, apesar do bom
relacionamento com outros partidos têm grande simpatia pelo nome do candidato
peemedebista.
AJ NÃO DESISTE
O empresário Antonio João Hugo Rodrigues reagiu forte após a
divulgação de notícias dando conta de que ele poderia desistir da candidatura.
Via Face book, o pré-candidato do PSD esbravejou: ”Tem gente espalhando
que não sou mais candidato, que fiz acordo. São os falastrões que procuram
disseminar boatos, para enfraquecer opositores. Sou candidatíssimo. Não arredo
um passo deste meu propósito. Vou fazer o possível e o impossível para vencer em outubro. Tenho fé
que vencerei. E que poderei implantar uma gestão moderna e de resultados”.
Pré-candidado Antônio João Hugo Rodrigues (Foto: Reprodução)
Isto tudo ocorreu depois da divulgação de uma curiosa foto
do empresário em companhia do governador André Puccinelli e do prefeito Nelson
Trad Filho, no regresso de uma pescaria, na qual os participantes afirmam não
terem tratado de assuntos relacionados com a política.
De fato o persistente empresário tem razão porque não vedado
em nenhum código de ética política o bom relacionamento com adversários
políticos e muito menos a existência de amizade verdadeira entre pessoas que,
politicamente, pensam de forma diferente. Desta forma pode se afirmar com
segurança: O Antonio João continua candidato, mas continua mantendo a velha e
firme amizade com o prefeito Nelson Trad Filho. E ponto final.
ASSEDIO AO PSDB
Já o deputado Reinaldo Azambuja receberá, sem dúvidas, o
assédio do governador e do prefeito para manter a aliança com o PMDB e a
proposta pode ser algo praticamente irrecusável: O compromisso de apoio à
candidatura de Aécio Neves à Presidência da República pelo PSDB, bem como o
convite, já delineado, da entrega da vaga de vice na chapa de Edson Giroto para
os tucanos, com a leve insinuação de que “deverá ser preenchido por uma
mulher”. Diante disso “tucanos” já analisam, antes mesmo do convite, a
possibilidade do partido ser representado pela bem avaliada, ativa e competente
vereadora Professora Rose, irmã do deputado do deputado Rinaldo Modesto.
Rinaldo e Rose têm um grande trabalho na área social em Campo Grande e isto
poderá pesar na hora da definição. Mas, por enquanto Reinaldo Azambuja mantém a
disposição de encarar os antigos aliados.
Reinaldo Azambuja e Professora Rose Modesto (Foto: Reprodução)
VANDER NA BRIGA
Já o deputado Vander Loubet, que disputou a eleição para
prefeito da Capital em 2004, representará o PT e anda muito animado com a
suposta união entre os maiores líderes do partido, o senador Delcídio Amaral e
o ex-governador Zeca do PT. Ele vem mantendo contatos com lideranças de outros
partidos e deverá tentar uma aproximação maior e verdadeira com escorregadio
PDT de Dagoberto Nogueira, que ainda insiste em manter uma candidatura
praticamente inviável.
Deputado Federal Vander Loubet (Foto: Reprodução)
ELIZEU AMARILHA É CANDIDATO
O presidente do PSDC, mesmo tendo outros nomes com intenção
declarada de disputar o cargo, deverá ser escolhido para representar o Partido
nas eleições municipais, indo na contramão do tipo de política praticado pela
maioria dos “pequenos partidos”, uma vez que a cúpula da sua agremiação entende
que só crescem os partidos que se apresentam com candidaturas próprias.
Amarilha já disputou o governo do Estado em 2006, se recusando a fazer aliança,
mas em 2010 apoiou Zeca do PT. Agora vai de “vôo solo”.
Elizeu Amarilha (Foto: Reprodução)
ATHAYDE NERY, UMA INCOGNITA
Mesmo fazendo parte do grupo integrado pelo PSDB, DEM e PPS,
o vereador Athayde Nery vem mantendo a disposição de apresentar o seu nome à
sucessão do prefeito Nelson Trad Filho, mesmo sem apoio de outras agremiações.
A decisão do deputado Luis Henrique Mandetta de se manter no grupo liderado
pelo prefeito campo-grandense e uma possível desistência de Reinaldo Azambuja
poderão fazer com Ataíde reveja seu projeto, para não ficar isolado na disputa.
Vereador Athayde Nery (Foto: Reprodução)
BERNAL, APOIO DE QUEM?
O deputado estadual Alcides Bernal, que sempre reage forte
quando instado se realmente será candidato, já chegou a admitir que sem
estrutura seja muito difícil entrar numa campanha. E a falta de estrutura,
portanto, pode encerrar o seu projeto, apesar de bem avaliado nas primeiras
tomadas da posição da opinião pública.
Deputado Estadual Alcides Bernal (Foto: Reprodução)
Mesmo afirmando que possui o apoio “da cúpula do PP
nacional”, o deputado não deve estar esperando ajuda financeira para encarar a
disputa, pois o apoio por ele propalado vem do senador e ex-ministro Francisco
Dornelles, senador pelo Rio de Janeiro, mas de origem mineira, sendo sobrinho
do ex-presidente Tancredo Neves, que segundo analistas, “tem uma cascavel no
bolso”. Portanto, esperar estrutura financeira de Brasília é sonho que acaba
antes da convenção.